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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

CUIDADO COM AS DORES DE CABEÇA.


                                                        Foto apenas para ilustrar o texto.

Esta crônica vai para você cuja esposa tem problemas de dor de cabeça ao se deitar.

Durante a minha carreira bancária eu tive um colega que se chamava Orlando. Éramos dois caixas numa agência do Bemge em São Paulo.

 Orlando era daqueles que falam chorando; está sempre reclamando de alguma coisa. Reclamava da sogra, do cunhado, dizendo que eles não saiam de sua casa e eram como ratos de dispensa.

Certo dia ele chegou reclamando da esposa. E já abriu o leque da reclamação:

“Armando, eu tô muito chatiado com a minha muié. Eu chego cansado do sirviço na minha casa, tomo um banho, janto, vejo um pouco de televisão e já quero cama. E só aos sábados eu tenho ânimo para cumprir o dever de casa, o dever de marido. E a minha muié já tem três sábados que eu faço o convite para brincar e ela diz que está com dor de cabeça. --- Ontem eu brinquei e falei que vou arrumar uma muié sem dor de cabeça, prá brincá cumigo e ela então me disse que vai arrumar um home que não precisa enforcar a cobra para ela ficar brava e falô rindo. Eu fechei a cara e num falei mais nada.

----- Será que ela quer me trair? Será que eu intindi errado? O que ocê acha disso Armando?

----- O que eu acho? Não acho nada Orlando...

Mas pensei:

Coitado do Orlando, agora que os chifres dele estão esbarrando na cabeceira da cama ele está acordando.

Armando Melo de Castro.

 

 



quarta-feira, 29 de novembro de 2023

UMA CATINGUINHA RUIM.

                                                            Foto apenas para ilustrar o texto.

 Esta crônica vai para você  que não é chegado em tomar banho e nem usar desodorante.

Na minha carreira bancária, na cidade de Divinópolis, na Agência havia um guarda de segurança realmente asseado, andava impecavelmente limpo. Sua farda mostra o quanto ele era caprichoso. O perfume do seu desodorante  contava de longe qual era a sua marca. Eu brincava muito com ele, quando passava por mim: Ê Rexona! E ele sorria contente.

 Passado algum tempo ele se amigou com a filha de uma vizinha e estava muito feliz. Contudo, ao passo de uns 30 dias, ele chegou se queixando dizendo que achava que não iria dar certo com a mulher e que graças a Deus que não teria se casado na igreja. --- E a pergunta foi imediata e a resposta veio junta:

 

---- O que houve de errado Antônio?

---- É que ela tem uma catinguinha ruim no subaco...

---- E você já viu catinguinha boa?

---- Não nunca vi. Eu tô veno é uma rodela moiada debaixo do braço dela e uma catinguinha danada de ruim. Ai eu perco até a vontade...

---- Vontade de quê?

---- Kakakakakaka Sei não!


Armando Melo de Castro.

                                


     

sábado, 25 de novembro de 2023

O MEU AMIGO JOSÉ ORLANDO VILELA


                                                                       José Orlando Vilela

 Apesar de morarmos em pontos diferentes da cidade,  eu e Zé Orlando fomos grandes amigos desde a nossa adolescência em Candeias. Fomos funcionários do Clube Recreativo Candeense no princípio da década de 60, quando o clube nesse tempo era animado, abria todos as noites para receber os sócios. Ali funcionava o barzinho, num tempo que cerveja gelada e refrigerante não eram muito fáceis, pois não existia, ainda, a CEMIG em Candeias. O Club teria adquirido um balcão frigorífico, uma coisa rara, então, em nossa cidade. --- Uma boa mesa de ping-pong; jogo de damas e baralho; para o jogo de buraco. No mês de junho ensaio da “Quadrilha de São João” cujos marcadores eram os senhores Geraldo Vilela e Alvino Ferreira. Um som muito especial para a época, pois o Clube teria adquiro uma caixa de “Alta fidelidade” coisa recente, então, no mercado. E além disso uma discoteca bastante atualizada. A minha tarefa era o bar no dia-a-dia e preparar o salão para os dias de bailes, assim como suprir de bebidas, encomendar as empadas para a Tereza do Candinho, a melhor empada do mundo... e encerar o salão.

-----  A tarefa do Zé Orlando era receber as mensalidades dos sócios, para isso ele vivia correndo atrás dos sócios com a sua pastinha na mão. E, também, o responsável pela discoteca  ---

 Naquele tempo uma música ficava meses nas paradas de sucesso. E dentre a nossa discoteca esses cantores eram os grandes sucessos. Roberto Carlos ainda não havia se destacado e ainda não tinha nenhuma gravação dele na nossa discoteca. Mas podemos lembrar alguns artistas já famosos: Claudio de Barros;  Nelson Gonçalves; Cauby Peixoto;  Edith Veiga; Teixeirinha; Agnaldo Timóteo surgindo; Miguel Aceves e o grande sucesso americano The Platters  com a música Only You. – Orlando Dias com a música “Tenho ciúme de Tudo” Esse era o cantor e a música preferida do Zé Orlando. Ele encomendou esse disco ao Raimundo do Antero, que viajava para o Rio de Janeiro levando galinhas. O dia que esse disco chegou, Zé Orlando parecia um menino que ganhou um sorvete. ---Lembro-me de quando a Nancy ia chegando, ele falava: La vem a Nancy com o seu  Only You, dela? Zé Orlando não era muito chegado em músicas estrangeiras não...

 Os sócios mais frequentes cujos nomes eu me lembro eram Luizinho Bonaccorsi; Nestor Lamounier; Wandinho do Américo; Antônio Macêdo; Gabriel Carlos;  Cristovão Teixeira e seu irmão Zé Antônio; Marley do Peruca; Titoco; Caveirinha; Waldir da loja; Antônio Alves; Guilherme e Flavio Ribeiro; Galba Moraneli e seu Irmão Tomé e tantos outros que seria muito difícil lembrar aqui agora. ---- As moças mais lembradas eram Nancy do Zé Belarmino; Letícia; Engrácia; Aparecida Fernandes; Bahia da farmácia; Magda Sena; Teré; e tantas outras. --- As mulheres não precisavam ser sócias.

 O Clube Recreativo Canadense era um ponto de encontro muito agradável. Só não abria nas segundas feiras. Quando faltava a luz da usina, o clube possuía um lampião a gás de 500 velas.

 Tanto eu quanto o Zé Orlando gostávamos do nosso trabalho. Tínhamos um salário igual de CR$ 600,00 cruzeiros por mês. Mas, como o tempo sempre nos reserva surpresa, certo dia o Zé Orlando chegou dizendo que seria o seu último dia de trabalho ali, pois teria conseguido um emprego no banco Mineiro da Produção S.A. na Agência de Candeias. Ele estava todo feliz e radiante. Restou-me desejar-lhe muita felicidade no novo trabalho, e eu assumi agora o seu lugar também. O meu salário dobrou, mas o serviço também dobrou. Eu feliz por ter sido promovido no Clube e ele feliz porque iria ser bancário. Posteriormente, eu também vim a ser funcionário do Banco Mineiro da Produção S.A em Divinópolis e ele na cidade de Lagoa da Prata, voltamos a ser empregados do mesmo patrão, na mesma região 10 anos mais tarde. Posteriormente Zé Orlando fez um acordo com o Banco e voltou para Candeias, onde se estabeleceu com um bar e veio a ser Juiz de Paz.

 Quando encontrávamos, o que perguntasse primeiro como o outro estava, a resposta era a mesma para os dois: Estou pobre de dinheiro, rico de amor e bonito. Zé Orlando era muito inteligente. Tínhamos algo em comum: éramos conservadores. E  aprendemos muito um com o outro durante a nossa convivência. Tomamos muitas cervejas juntos; bebemos muitas pingas; contamos muitas piadas; falamos de futebol e de mulheres; de trabalho e da vida alheia; Nunca nos faltou assunto quando nos encontrávamos. Na internet trocávamos muitas informações. Poucos dias antes dele ser chamado por Deus, ainda tivemos contato.

 Eu sei o quando ele sofreu com a sua viuvez, com a perda de seu pai e sua mãe. Era uma pessoa bastante sensível e bom. Foi um grande amigo meu. Numa emulação ao poeta Vinícius de Morais, eu diria que eu tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos... E você meu caro Zé Orlando, onde quer que esteja, pode crer você foi um amigo que não imaginava o quando você era meu amigo.

 Tomei conhecimento da sua partida para a espiritualidade e levei um susto, isso porque aconteceu num momento em  que eu procurava você para fazer-lhe uma pergunta na internet e encontrei essa notícia.

 Onde quer que esteja receba o meu abraço. Amigos como você não morrem eles apenas devolvem o corpo à terra e voltam para junto de Deus.

 Armando Melo de Castro.


HUM HERDEIRO LÉGITIMO DO AMOR A CANDEIAS.


                                                                    ÊNIO BONACCORSI

Grande parte dos filhos de Candeias, saíram da terrinha, mas Candeias não saiu deles assim como o nosso conterrâneo Franz  Borges, eu e muitos outros. --- Também, os filhos dos candeenses ausentes que vivem e ou já faleceram fora, e que não conhecem Candeias, mas acompanham a vida de nossa cidade e prometem vir conhece-la de perto. Sinto isso através dos textos que edito sobre Candeias.

  Candeias tem viajado através de nosso Blog Candeias MG Casos e Acasos; o nosso Grupo sou das Candeias com muito orgulho, e do nosso livrinho, também sobre casos de Candeias, (a disposição na Papelaria Risque e Rabisque distribuído pelo preço de custo) Eu tenho recebido manifestações dos quatro cantos do Brasil, como também do exterior, de pessoas  filhos, netos e até bisnetos de Candeenses e eu fico muito feliz com isso.

 Podemos observar também, o carinho de nossos candeenses adotivos que vieram juntar-se a nós na construção da nossa história quando estiveram de passagem temporária ou fixaram residência, seus filhos tendo chegado ao mundo como candeenses.  ----- Eu entendo que a nossa terra é uma terra querida por quem nasce ou reside aqui. Filhos adotivos das cidades vizinhas como Cristais, Campo Belo, Formiga, Camacho, Itapecerica e muitos outros lugares, que vieram juntar-se a nós quando somos todos candeenses.

 Infelizmente, assim como eu, muita gente não teve a gloria de permanecer próximo do seu berço. --- Uma cidade pequena sem oferecer  um futuro melhor, levava os seus jovens ou pais de família a procurarem outras plagas para a  sobrevivência.

 Entendemos que a história de um município não se resume  simplesmente em contar fatos do passado e sim fazer prevalecer o sentimento que pulsa os corações pela vida do lugar. Mas também, não podemos esquecer os nomes dos líderes que deram sentido a luta e as dificuldades enfrentadas. Portanto, relembrar o nome do Dr. Zoroastro Marques da Silva em qualquer relato histórico de nosso município vem a ser um dever. Dr. Zoroastro que era filho do Coronel Marques, este então que tinha como ascendente o desbravador Domingos Rodrigues Lima Tendais, deixaram um grande legado aos seus descendentes e para nós candeenses, sejam nativos ou adotivos.

 Dr. Zoroastro Marques da Silva, dedicou a sua vida de corpo e alma para Candeias. Foi vereador e Presidente da Câmara de Campo Belo, quando Candeias era uma vila de Campo Belo. Vejam por aí o poder político desse homem. Ele foi quem liderou a emancipação de Candeias, quando foi o seu primeiro prefeito e líder da primeira comarca em Candeias, auxiliado pelo seu sobrinho, que também muito trabalhou por Candeias, José Marques Viglioni.

 E quem são hoje em dia, os herdeiros desse  amor, essa dedicação e vontade de ver a sua terra melhorar e o desejo de vê-la sobressair no cenário político? Esta é uma pergunta que muitos candeenses formulam e aqui vai a resposta:

 São muitos os herdeiros da dignidade política do Dr. Zoroastro Marques da Silva. Mas atuante com os mesmos princípios políticos só nos resta um. Felizmente a história sempre reserva algo favorável. Ainda nos dias atuais podemos sentir o tempo em que a política do amor à terra existia em nossa cidade, sem contar simplesmente com o poder nas mãos. Temos ainda em nosso meio um grande candeense, que dispensou um emprego de diretor dos Correios, para não sair de perto de Candeias e nem do Estado de Minas Gerais. Um candeense que poderia estar numa posição invejável fora de Candeias, tendo em vista a sua competência como engenheiro. --- Estou falando do nosso conterrâneo:

 ENIO  BONACCORSI.

 Ênio  Bonaccorsi ama Candeias. E sua filiação e participação partidária não é visando interesse próprio, mas sim para o município. Haja vista, o que tem feito por Candeias sem estar exercendo nenhum cargo político, como podemos observar o seu interesse  e participação, pois juntou-se ao prefeito e vereadores de Candeias, para apoiar a construção de uma fábrica de doces, salgados e quitandas na comunidade de Pimentas, como podemos observar a sua participação:

 1-) Vem, labutando em favor da fundação de uma fábrica de doces, salgados e quitandas, na comunidade de Pimentas, quando conseguiu todo o equipamento para a fábrica e além disso uma caminhonete. Na construção do prédio houve uma participação ativa do prefeito e os vereadores.

2) Para a Comunidade  dos Vieiras, há três anos, Ênio conseguiu, através de seus amigos deputados, uma máquina de limpar café e um secador.

 3) Recentemente  através de uma emenda parlamentar do deputado  Ulysses Gomes, em atenção aos pedidos de Ênio Bonaccorsi a Prefeitura de Candeias concluiu uma licitação de um trator  Fergusson de 80 cavalos que será locado na Associação Comunitária dos Vieiras.

 Candeias precisa de políticos pidões, que sabem pedir, exigem com moralidade e credibilidade e Ênio Bonaccorsi sabe fazer isso porque o seu amor pelo município está acima dos interesses particulares, assim como era o nosso saudoso Dr. Zoroastro Marques da Silva o seu tio-avô.

 A política do município depende muito dos políticos que a lidera, não são os partidos, que hoje em dia não cobram mais a sua fidelidade. O ser humano continua sendo a melhor escolha, porque se assim não for, ele será transformado pelo esquema, que todos nós brasileiros conhecemos.

 Esta fábrica de doces na comunidade dos pimentas; a máquina de limpar café na comunidade dos Vieiras, as ideias que fermentam o cérebro de Ênio Bonaccorsi a favor de Candeias precisam ser reconhecidas pelo nosso povo. É preciso  que a nação canadense esteja conscientizada de que um município é a célula, é a razão, é o sangue da pátria. Candeias precisa ser preparada para o futuro.

 Ênio Bonaccorsi é um nome que precisa ser lembrado pelos candeenses quando chegar a hora de ser escolhidos os dirigentes de nosso munícipio, seja prefeito, vereador, secretário, seja o que for. Ênio precisa  fazer parte da administração de nosso município para que sua voz possa falar mais alto.

 Armando Melo de Castro.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

CUIDADO COM A INTERNET


 (Quem avisa amigo é)

A internet está cheia de ladrões. Ladrões para matar com pau. Ladrões em todos os seguimentos da sociedade. ---- É muita gente na internet querendo enfiar a mão no bolso do internauta. Hoje em dia até os médicos entraram ja jogada.

Antigamente médico era proibido de fazer propaganda do seu ramo. Hoje estão formando verdadeiras quadrilhas na internet. Inventam um coquetel de vitaminas e com essa facilidade de montar um CANAL, eles estão se inteirando da facilidade de tomar o dinheiro das pessoas que têm algum problema de saúde. Medicos fora de sua ética que estão desmerecendo até a ciência que os formou. Medico condenando comportamento de outros medicos para atingir o seu intento... Vê se pode uma coisa dessas?

Portanto meus amigos, se você tem algum problema de saúde como diabetes, coração, vista, coluna, artrite, rins, fígado, câncer de próstata, não caia na rede dessa gente, são todos larápios querendo passar a mão no seu dinheiro. Inventam uma história que mexe com a sensibilidade da pessoa que passa por um problema de saúde, não pode pagar uma consulta e acaba entrando nessa aberração como se fossem verdadeiros milagreiros que desafiam até a ciência.

E o pior, a grande parte deles são médicos, enfermeiros e aventureiros. Eles inventam uma história, quando ele foi curado, ou sua mãe ou sua esposa ou filhos. Dizem que querem ajudar as pessoas. Mas quem aguarda o final da conversa deles pode sentir as suas verdadeiras intenções de vigaristas, para pegar o seu dinheiro. Esses safados, exploradores do deslize humano usam da sensibilidade que atinge a pessoa com problema de saúde, para lhe arrancar dinheiro.

A internet está virando uma verdadeira sede da máfia da saúde. --- Médicos fazendo propaganda como se fossem verdadeiros donos da verdade. --- Os médicos que outrora pertenciam a uma classe respeitada, tem hoje a sua facção deteriorada pela moral. Oportunistas que se formaram apenas para se enriquecerem, mas que não cumprem o juramento de Hipórates quando se formaram, que diz: “Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestdade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, os quais terei como preceito de honra.”

Cuidado quando ouvir alguém falar de uma doença grave e falando em cura milagrosa. Veja um exemplo simples, que a internet vem mostrando:

O diabetes: Aqui apenas um exemplo:

O cara começa falando que o diabetes é uma doença incurável, mas que ele tinha diabetes a sua mãe, o seu pai, a sua esposa e todos foram curados com a sua formula. Uma formula simples que ele descobriu depois de muitos estudos. Com um produto fácil e barato. O abacaxi. --- O truque do abacaxi – Você não vai mais ser preciso ficar furando os dedos para testar a sua glicemia; não vai mais deixar de tomar café adoçado; não vai deixar de tomar a sua cerveja e nem comer o seu doce preferido. Enfim, a malandragem coloca o doente completamente curado com o abacaxi. Mas isso tem um truque que ele irá revelar daqui a pouco, mas fica ali o tempo todo enchendo a cabeça do internauta com conversa fiada. E sempre ameaçando, fique até o final do vídeo para você saber como é a cura. ---- Mas no final vem a conversa nojenta, o medicamento poderia custar até 2 mil reais, porque sairia mais barato do que o tratamento com um médico, remédios, e o risco de ficar cego, sem pernas e sem pé etc. e tal. ---- Como se estivesse fazendo a maior caridade do mundo, mostra um preço alto que pode ser pago em até 10 meses, manda para a pessoa um coquetel de vitaminas e dos próprios remédios que os médicos receitamos para baixa a glicemia, o que pode nos primeiros dias apresentar uma baixa na glicemia. ----- inventam uma rodela de abacaxi ---- E o pior da história: Isso dá chance para os falsificadores fazerem o mesmo colocando nesse coquetel açúcar, maisena ou farinha de trigo.

Já não bastasse a exploração dos laboratórios e das drogarias, com as suas explorações, temos agora, médicos mentindo e receitando pela internet. Abra o olho meu amigo, se você estiver com algum problema de saúde não caia nesse buraco da internet. E consulte os preços em mais de uma farmácia. Pois cada uma tem um preço.

Armando Melo de Castro.

 

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

EU VI O HOMEM PIORAR.

                                                 Dia da cidade Candeias MG 17 de dezembro de 1960.

 Aos 77 anos, tenho observado o quanto a vida está ficando a cada dia mais difícil de ser vivida em termos da moralidade. Esse calendário que acomoda em minha mente me faz reviver um tempo que o cotidiano das pessoas não era fácil, mas o respeito, a disciplina, o bom princípio fazia parte da vida das pessoas. Posso garantir que a vida melhorou, mas nem tudo. Algo ficou para trás, algo muito importante.

 Deus, o nosso Pai Celestial, nos colocou aqui para que buscássemos a perfeição. Para isso nos deu o livre arbítrio como seres únicos e assim podermos julgar os nossos próprios erros, na busca do arrependimento. Mas na minha humilde ótica, algo tão necessário de ser melhorado, não melhorou, pelo contrário piorou. Eu pude ver muitas coisas melhorarem nesses meus 77 anos de vida; ver, por exemplo, o quanto o homem é inteligente... É inegável a inteligência do homem, mas o seu comportamento social deixa-nos uma pergunta: Por que o homem tão inteligente não consegue melhorar a si mesmo?

Eu vi a lua ser conquistada; vi o computador chegar; vi a televisão e a internet aparecer. O avião teco-teco virar jato transportador de toneladas e mais toneladas voando feito um pássaro. ---- O Fordinho do ano 27 do Zé Ponte, vir a se transformar num Ford de luxo; Vi as vestes pretas do luto se transformarem em roupas de festas. Vi o antigo “permanente” do cabelo das mulheres se transformar no moderno “platinado”

Eu chego a ficar assustado quando vejo tanto progresso e o homem se regredindo. --- Vi o remendo sumir das roupas dos pobres e os pés no chão serem calçados. Vi os padres ficar de frente com os cristãos e o fim das missas em Latim. Vi o quanto era bonita a semana Santa em Candeias, quando a cidade se enchia de candeenses ausentes e amigos de outras cidades. O sermão eloquente do Padre Nereu, da cidade de Oliveira, que vinha a convite do Monsenhor Castro. Na Semana Santa sempre vinham sacerdotes de fora para colaborar com o nosso pároco. ----- A fé do povo era diferente; o amor era diferente e as amizades eram diferentes. --- Vi a construção da nossa nova Matriz, uma obra faraônica idealizada pelo nosso querido Monsenhor Castro.

Vi aparecer os supermercados e a grande variedade de produtos. --- Vi surgir o hospital de Candeias, um sonho do candeense. Vi a minha querida Candeias sair do barro, com todas as ruas calçadas e o grande número de praças lindas e bem planejadas. Vi o desaparecimento do cabaré do Bairro da Gruta. Vi e participei do carnaval de Candeias, a educação dos jovens e a participação dos idosos. O carnaval de Candeias era uma festa familiar onde o respeito estava acima de tudo.

– O Natal... Como era gostoso o natal em Candeias, jamais vou esquecer o presépio movimentado, dos irmãos Langsdorff, uma grande atração que se fazia receber até visitantes de outras cidades. Era uma atração gratuita, instalada na residência deles.

A festa do Congado, deixava a cidade toda movimentada e alegre, pois era um grande momento de encontro com  candeenses que residiam fora e as suas presenças eram sagradas nessa semana de festa. O Jaz Tiro-e-queda, do maestro Américo Bonaccorsi, e o cantor Zé Vilela, com os seus boleros apaixonados.

 Como determina a ordem natural são tantas coisas que tiveram um fim e outras remanescentes que sem dúvida melhoraram. Para relembrar todas o espaço aqui seria pequeno. Lembranças  que hoje são sinonímias que nem sempre   correspondem apesar da evolução que apresentam. Isso porque falta algo que não progrediu junto, ou seja, muita coisa melhorou, não podemos negar. Mas apenas o homem, o ser humano ele que promoveu as melhoras e a evolução, esqueceu-se de si e não participou de suas próprias metas. Pelo contrário ele PIOROU e se mantém como desde antes da civilização, continua matando, roubando, mentindo, insultando, cometendo barbaridades como animais irracionais e desrespeitando as leis de Deus... E o pior:  à cada vez pior.

 

Armando Melo de Castro.

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

PENSAR NÃO É PECADO.


       Este carro é um Ford 1946, foi um carrão da sua época. Foi também, o único taxi em Candeias durante muitos anos, os então chamados “CARROS DE PRAÇA”. Pertencia ao Sr. Edson Cordeiro. O carro ficava estacionado defronte o Bar Piloto, e o Sr. Edson permanecia quase o tempo todo dentro dele, ouvindo rádio. É preciso lembrar que naquele tempo não existiam as FMs e nem rádios à pilha. – Um rádio dentro de um carro era coisa muito rara e cara.

Naturalmente as pessoas que passavam e via o Sr. Edson naquela mamata, pensava com o último furo dos seus neurônios: “ Vai sê rico sô edso, isso é qui é vida boa... Que chique!...”

Edson Cordeiro foi o conferente da Ferrovia em Candeias. Teria sido ele o mais competente da equipe. Ele tinha a capacidade de traduzir todos os sinais do telegrafo de ouvido, coisa que nem todos tinham essa capacidade. Na época era um dos melhores empregos que poderia existir. Pois ele deixou tudo isso porque foi transferido para Lavras, mas preferiu ficar em Candeias e arrumar outra coisa para fazer. E entrou para o ramo de taxi. --- Era filho único, o pai folgado (Juca Cordeiro) Foi vereador e Presidente da Câmara por várias anos.

Onde quer que esteja meu caro Edson, receba o meu abraço.

Armando Melo de Castro.

 

 

 


OS ANTIGOS CARROCEIROS CANDEENSES

                                                                             Foto para ilustrr o texto.

 Remexendo aqui nas gavetas da minha memória, encontrei-me com os carroceiros antigos de Candeias. Naquele tempo não se falava charrete; era carroça de burro e o proprietário que tinha aquele veículo como seu ganha-pão era chamado carroceiro. – As carroças não eram  equipadas com pneus, como atualmente, e nem chamadas de charrete; eram simplesmente carroça de burro com rodas de madeira.

 Esse meio de transporte era o mais usado em Candeias. Serviam como taxi, quando era para transportar uma pessoa doente ou idosa; fazer mudanças de residência; transportar material de construção, que eram vendidos pelo grupo empresarial do Sr. Nicodemos Salviano. Sempre havia um carroceiro nas imediações esperando um freguês. Na estação ferroviária, os carroceiros aguardavam o trem, para apanhar as compras dos comerciantes, que chegavam.

 Nesse tempo em que me refiro, os principais carroceiros candeenses mais solicitados eram o Arlindo barrilinho, que tinha um burro da pata torta. --- Juca Cordeiro; Serafim e Nego da Zenóbia. ---- Existiam outros, mas desses eu não me lembro

 Para se ter uma ideia, o Arlindo barrilinho que era meu vizinho, tinha seis filhos, a esposa e a sogra para tratar e tirava tudo dessa carroça. E tem mais: não passava mal de boca não...

 A Rua Coronel João Afonso tinha muito mato, e  era ali o restaurante do burro dele, coitado, com aquela pata torta, entrava no chicote quando a carga era pesada, e quando eu via aquilo eu quase morria de dó, daquele pobre animal, a quem era servido água e algo para comer na porta da casa e depois amarrado a uma corda comprida para que pudesse pastar durante a noite.

 O interessante, é que essas carroças eram emplacadas pela prefeitura... Pagavam imposto! Todas elas tinham a sua placa afixada na parte traseira. Aliás, nesse tempo, o fiscal da Prefeitura, era como um guarda de trânsito, para pegar carroças e bicicletas sem pagar imposto.

 Armando Melo de Castro.    

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

OS ADOLESCENTES.

                                                                 fOTO PARA ILUSTRAR O TEXTO.

 O amor de adolescente é uma verdadeira loucura.  Ele entra e sai sem pedir permissão. Ele vem e vai sem dizer adeus. Ele chega ilude, mente e some. O amor de adolescente nasce cedo e morre à tarde. A cabeça de um adolescente não pensa, ela é pensamento. O adolescente sofre porque guarda o que não quer guardar, e solta o que não deveria soltar.

 Eu digo tudo isso porque fui adolescente. E ser adolescente no meu tempo sofria dobrado, era muito mais difícil do que nos dias atuais. As mulheres então, coitadas, sofriam mais que os homens. É lamentável que ainda hoje isso acontece, apesar do desenvolvimento em que vivemos nos dias atuais. Eu felizmente tive um pai que foi do bom diálogo aberto comigo, me orientava em todos os sentidos, e mesmo assim eu tinha cá comigo os desencontros com a realidade, pois eu tinha pensamentos que só a mim pertencia.

 Infelizmente existem pais que sequer dão o mínimo de orientação para um filho adolescente, isso porque retratam a cultura em que viveram e com isso cria-se um silêncio prejudicial entre pais e filhos. Os pais não entram no processo do despertar da sexualidade do adolescente, quando essa fase da idade é a travessia mais difícil na vida dos jovens. E é nesse momento que o adolescente, na sua busca constante, pode se encontrar com o mundo das drogas e caminhos perniciosos.

 O adolescente é naturalmente carente. E nem sempre os pais entendem isso. Eu fui adolescente há 60 anos. O mundo era muito diferente. Não existia a liberdade que crianças e adolescentes têm hoje. Uma filha, se engravidasse com o namorado, era expulsa de casa; o filho rebelde era expulso também.  A vara de marmelo era uma forma de correção no caso de um filho que contrariasse o pai, ou cometesse uma falta infante na escola.

 Eu fazia parte da confraria dos adolescentes   tímidos;  silenciosos e pensativos. Isso poderia resumir em uma palavra tudo: “Eu era um menino bobo, um bobão” apesar dos adjetivos que pudessem me desqualificar, suponho eu que o lobo frontal do meu cérebro era bom. Afinal eu sabia me imaginar no lugar de Tony Curtis com a Janet Leigh e ou o Richard Burton com a Elizabete Taylor. --- Eles eram ricos, bonitos, famosos e eu era pobre e bobo, mas eu saberia acariciar uma mulher tal qual eles faziam nos seus filmes. Os meus olhos viam tudo, eu não perdia nada quando uma moça bonita passava perto de mim. Eu não estava nem aí para a natureza. Queria eu lá saber da beleza das flores? Do Azul do Céu: do brilho do sol? Ora, ora, eu queria mesmo é ver o gingado daquelas nádegas obedecendo a cadencia das pernas grossas e torneadas. Dois seios pedindo um beijo ou uma mão... E aquele olhar que não foi para mim, porque eu fui apenas visto, mas na cabeça de adolescente o pensamento voa.

 Eu, e outros adolescentes do meu tempo, amávamos todas as mocinhas. A gente se apaixonava, por uma menina e ela nunca ficava sabendo.

 Eu me lembro de uma passagem  de minha adolescência que na época me deixou muito triste e que hoje eu não consigo lembrar sem soltar um sorriso. ---

Eu fui trabalhar na cidade de São Sebastião do Paraíso, no bar do Wanderley de Carvalho, o Lelei, irmão do Carmelio. Isso foi no ano de 1962 quando eu contava 16 anos. E foi lá que eu consegui encarar pela primeira vez uma menina. Até então tinha me faltado coragem em Candeias. E lá como eu estava longe eu arrisquei com uma desconhecida que tinha o Nome de Maria de Lourdes. Três encontros. Eu não falava quase nada; contava da sua vida e eu ouvindo. Parecia que aqueles assuntos não me interessavam. Eu queria era uma oportunidade de experimentar um beijo, apalpar os seus seios... Coisa de adolescente. Quando ela me disse: Sabe o que a minha colega Ana Zélia me falou sobre você?

--- De mim? O que ela disse? (Fiquei atento)

--- Ela disse que viu você lá no bar e que você tem até uma cara bonitinha, mas esses bracinhos seus são muito finos e ela nunca gostou de homens de braços finos.

 O namoro que contava três encontros encerrou ali naquele momento. E esta foi a última frase que eu  ouvi dela: ““Homens de braços finos”.  

 Armando Melo de Castro.

 

domingo, 24 de setembro de 2023

ISSO SEM FALAR DAQUELES QUE MORREM DE FOME.

                                                                     Foto apenas para ilustrar o texto.

Está correndo aí na internet a notícia do 2º transplante de coração, feito pelos cientistas americanos, num homem, com um coração de porco. O primeiro foi feito em janeiro de 2022, essa mesma equipe médica realizou o primeiro transplante do mundo de um coração de porco geneticamente modificado para um ser humano. O paciente que se chamava David Bennnetti conseguiu viver por dois meses com o coração do porco.

 Engraçado! Enquanto a ciência fica por aí, inventando moda, para postergar a morte de uma pessoa por um curto prazo, regado a remédio e sofrimentos, deveria se preocupar em descobrir uma forma de curar doenças incuráveis, como exemplo, Alzheimer, taquicardia, insuficiência renal, esquizofrenia, diabetes, epilepsia, Mal de Parkinson e muitas outras mais, numa forma de aliviar o sofrimento dessas pessoas. Está mais do que patente que muitas dessas doenças incuráveis têm cura, mas não se vê falar que serão curadas.

 Transplante do coração não se trata de estar salvando uma vida. Nada mais é do que protelar o sofrimento da pessoa, que viverá o resto dos seus dias banhados em medicamentos caros, e sem a esperança de vida longa. Se uma pessoa sem problemas de coração não tem a certeza de vida longa, o que uma pessoa com um coração de porco poderá esperar? Isso é uma verdadeira palhaçada, quando deveriam se preocupar mais com a alimentação do povo, e as doenças que não matam apenas judiam.

 De outra forma, os laboratórios farmacêuticos são verdadeiros traficantes de drogas e naturalmente devem estar aplaudindo ou até financiando  essa aberração científica, pois já ousam dizer que a ciência médica entra numa nova fase.

 Se você discorda comigo, desculpe-me, mas isso me transporta para a ideia de que a morte é um presente de Deus. ----  Feliz é quem amanhece pensando que vai viver mais 50 anos, e anoitece debaixo da terra.

 Armando Melo de Castro.

 

domingo, 17 de setembro de 2023

CANDEIAS MERECE O SEU CARINHO.

 (Não faça isso meu conterrâneo)

 Ontem eu assisti um vídeo na internet quando vi o Prefeito de nossa cidade, o Sr. Rodrigo Lamounier, na frente de um monte de lixo, na via de entrada de nossa linda Candeias, pedindo aqueles que estão jogando lixo nas vias públicas para não fazer isso.

 Essa promessa do prefeito, e sua preocupação é digna de louvor. Quem não gosta de uma cidade limpa? Quem não gosta de ver a sua cidade bem cuidada? E Candeias é uma cidade linda, praças maravilhosas, ruas calçadas com paralelepípedos, coisa rara nos dias de hoje. Pouca gente imagina o valor que tem esse calçamento de Candeias, ao invés de pavimentação com asfalto, o mais usado hoje, o que representa uma grande fonte de calor para o local.

 E esse comportamento de pessoas esparramando lixo justamente na entrada da cidade, isso é triste, é lamentável,  isso chega a ser um pecado com a nossa cidade. Porque quem assistir isso levara de nós uma péssima impressão. Afinal, uma cidade limpa é uma cidade de gente civilizada. E é tão bom quando recebemos alguém de fora, uma visita para amigos ou para participar de algum evento, essa pessoa sai elogiando a beleza e a qualidade do nosso povo.

 Candeias sempre foi uma cidade atraente para visitantes. Lembro-me que no passado, muita gente parava em Candeias para pernoitar no Candeense Hotel, ou tomar refeições no Restaurante do Lulu. A estrada de Formiga a Campo Belo passava dentro de Candeias, e ali era sempre um ponto de parada para viajantes. Nas minhas andanças sempre me encontrei com pessoas que conheceram Candeias e eu sempre engoli com uma saliva doce os elogios de minha terra.

 Recentemente eu visitei uma cidade da qual eu trouxe a pior impressão. Na via de entrada da cidade era o puro lixo. E eu ainda me esnobei com a pessoa que estava comigo. “Na minha terra não se vê isso. Em Candeias o nosso povo é civilizado.” E agora ao ver no nosso prefeito Rodrigo Lamounier fazendo esse apelo, eu fiquei triste, e gostaria de endossar o seu pedido aos nossos amigos para não fazer isso. Ame Candeias, ela merece o seu amor. Seja você um candeense nativo ou por adoção, o amor aqui não faz discriminação. Seja você de um partido politico ou de outro, seja católico ou crente, somos todos candeenses, e Candeias merece todos nós.

 Mas para a minha triste surpresa eu, assisti um vídeo na internet quando vi o Prefeito de nossa cidade, o Sr. Rodrigo Lamounier, na frente de um monte de lixo, na via de entrada de nossa linda Candeias, pedindo aqueles que estão fazendo isso para não fazer mais. O Prefeito dizia que tem elaborado um trabalho para a manutenção da cidade limpa e para isso precisa da colaboração do povo.

 Sabemos que na política existem os adversários, mas na verdadeira democracia, quando um ganha o outro perde e nós não podemos  prejudicar o nosso município por causa de nossas ideologias. Portanto eu quero, também fazer um apelo aos nossos amigos daqui do Grupo para colaborar não jogando lixo nas vias públicas e apoiar o prefeito nessa sua intenção de manter a nossa cidade limpa, porque isso é muito bonito. E com certeza quem ama Candeias com muito orgulho, não vai jogar lixo na rua.

 Nós participantes deste Grupo “Sô das Candeias com muito orgulho, podemos provar que somos orgulhosos mesmo, e ao ver alguém fazer isso, vamos pedir, para que não faça. Vamos dar a nossa contribuição. Candeias merece isso. Vamos todos apoiar o prefeito nesse medida.

 

Armando Melo de Castro.

 

 

                                                              Escola Estadual Padre Américo.

Não faz muito tempo, num momento em que eu navegava na internet vi um vídeo em que um grupo de ativistas do PT queimava a bandeira nacional e outros a pisoteavam e salientavam uma bandeira vermelha.

Eu não pude me conter. Eu sentia que o que caia no chão não eram lágrimas e sim os meus olhos. Eu nunca havia visto em toda a minha vida uma referência ao meu país tão violenta. E naquele momento veio à tona de minha memória o hino nacional quando era ouvido, seria com a mão sobre o peito e o coração. Silêncio absoluto, os militares em continência e as pessoas de corpo ereto.

Nem tudo no meu tempo era bom, era saudável, era felicidade. Mas a dignidade, a moral, a virtude, o conceito, o respeito, o cumprimento da cidadania, isso sim era bom e muito bom.

Hoje a bandeira não tem mais tempo e nem hora. E o Hino Nacional Brasileiro, sendo considerado tal qual uma canção de carnaval. E eu concluo:

As margens do Ipiranga já não são mais plácidas e o grito agora não vem de um povo heroico, e o brado retumbante, hoje passa a ser um grito de dor, porque o sol da liberdade não tem mais os raios fúlgidos e não brilha mais o nosso céu brasileiro.

O penhor da nossa igualdade, conquistado com braço forte já não tem mais no teu seio a certeza da liberdade. E o pior, já não desafia mais a própria morte.

Ó Pátria amada, a nossa esperança é Jesus Cristo. Chegar e cantar: Salvo! Salvo!

Ah! Meu Brasil, de um sonho intenso, e um raio vívido que alimentou de amor e esperança a terra já não desce. Nesse teu formoso céu, risonho e límpido a imagem do Cruzeiro já não mais resplandece.

A natureza caprichou, pois, fez de ti um gigante, belo, forte, impávido colosso. Mas a falta de brasileiros fieis, a falta de brasileiros patriotas, impediu que o futuro pudesse espelhar essa grandeza.

Minha terra adorada. Entre outras mil tu não és mais uma pátria amada. E dos filhos deste solo, já não és mãe gentil meu Brasil, porque estão tirando-lhe daqueles que te amam.

Não! Não já não estais mais em berço esplendido e nem ao som do mar e à luz do céu profundo. Sim querem vê-lo como um florão da China iluminado ao sol do velho mundo.

Não vamos nos enganar. Nossos campos já não são lindos e nem risonhos. As flores estão tristes, nossos bosques perdem a vida e nossa vida lendo do seu seio os amores.

Seria bom se de amor eterno fosse símbolo esse lábaro que ostenta estrelado; e se p verde louro da nossa bandeira pudesse garantir paz no futuro e glória no passado.

Mas a clava forte, é quem domina a justiça e os filhos em sua grande parte fogem a luta num ato covarde. Temem a morte aqueles que na infância não ouviram o Hino Nacional e nem foram apresentados à Bandeira do Brasil.

Armando Melo de Castro.

 


quarta-feira, 13 de setembro de 2023

VELHA USINA DE CANDEIAS

                                              RUÍNAS DA VELHA USINA DE CANDEIAS

 ---- Uma saudade! -----

    A Cemig foi criada em Minas Gerais no ano de 1952, mas só chegou a Candeias quase 20 anos depois. E mesmo assim foi com muita luta dos prefeitos José Pinto de Resende, Raymundo Bernardino de Sena e finalmente com o prefeito João Pinto de Miranda. Essa conquista não era fácil porque naquele tempo a Cemig estava ainda em expansão e as cidades pequenas não tinham preferência. E havia, também, uma série de exigências. portanto os nossos prefeitos tiveram que contar com o prestígio, o dinamismo e o perfil comunicativo do nosso tão querido e amado Monsenhor Castro, que podia ser considerado o embaixador de Candeias.

   A chegada da Cemig a Candeias foi muito esperada e trouxe para Candeias uma qualidade de vida muito mais avançada. Ruas mais iluminadas, o comercio agitado com a venda do padrão para a instalação, utensílios elétricos assim como chuveiros, fornos elétricos, ferros de passar roupa, enfim, tudo que fosse elétrico agora teria a fonte de energia.

   Até então, Candeias não tinha energia elétrica suficiente para atender a demanda da cidade. O fornecimento se limitava para cada residência numa ligação em série apelidada de pica-pau, com apenas 200 volts, cuja medida era através de uma lâmpada de 200 velas que ficava colocada na saída do poste o que com o vento, essa lâmpada batia levemente no poste dando a impressão que era o pássaro pica-pau.

  Contudo se em qualquer época do ano os 200 volts chegassem ao destino intactos, poderia quebrar o galho. Mas acontece que na época da seca, quando as águas baixavam, o fornecimento caia pela metade e as lâmpadas eram como um tomate. Assim esse fornecimento era suficiente para iluminar 4 lâmpadas de 40 velas ou equivalente. O único aparelho que funcionava era o rádio. Mesmo assim não poderia estar todas as lâmpadas acesas. Nesse tempo não existia ainda a televisão em Candeias e nem rádio à pilha.

   A energia era fornecida pela Empresa Força e Luz Candeense, de propriedade do Sr. Celestino Bonaccorsi. Essa empresa foi criada na década de 30, mas não acompanhou o crescimento da cidade, pois não houve nenhum investimento durante a sua existência.

  Antes da chegada da Cemig a Empresa Força e Luz Candeense foi vendida para a Prefeitura. E com a chegada da Cemig ela foi desativada, contudo sem o mínimo cuidado, ou respeito com a história que aquela empresa representava para o povo de Candeias.

  Nos domingos e feriados de verão pouca gente ficava na cidade. Idosos, jovens e crianças estavam se banhando ou pescando lá na “USINA”. Era o ponto turístico da nossa cidade. Como também do povo de Campo Belo e até do Camacho. --- Havia próximo da casa das máquinas o Clube dos 21, eram sócios que ali iam com as suas famílias, onde passavam o dia nadando, comendo churrasco e se divertindo. A pesca com fieira, até os meninos pescavam lambaris e pacus. --- Lembro-me de ver o Zequinha da Donate que nadava feito um peixe, quando mergulhava e saia com um peixe na mão de mais de um palmo de tamanho. Isso tudo ali bem próximo da casa das máquinas.

  Essa usina ficava localizada às margens do Rio Santana, na divisa com a cidade de Formiga. Hoje chamada de usina velha, mas lá não tem mais nada da usina, a não ser as recordações de quem era, então, criança ou adolescente até na década de 60 quando  funcionamento ali foi  encerrado.

  Outras cidades da mesma situação preservaram esse capítulo da sua história. Candeias não. O então prefeito da cidade, tratou de destruir a casa das máquinas onde hoje, só tem restos,  conforme as fotos acima o que deveria ser reservado pois já não tinha vida útil, mas guardava um belo capítulo da nossa história, isso foi leiloado a preço de banana, inclusive a rede de fios de cobre que  ligava a usina até Candeias numa distância de 14 quilômetros da cidade.

  O povo de Candeias imaginava que com a chegada da Cemig, a usina velha seria um ponto turístico importante da cidade. Ali seria reconhecido como um museu, para o conhecimento das nossas novas gerações. No entanto, resta-nos apenas a saudade e as lembranças que desceram dos cérebros e foram morar nos corações de quem viveu nesse tempo. Um tempo que não volta mais e não deixou seu rastro.

  Resta-nos, ainda, uma pergunta: Com quem ficou a casa de duas residências destinadas aos usineiros, Antônio e Alberto com as suas famílias??? Casa que ficava na entrada da área da usina, ao lado do canal de adução onde o povo adorava se banhar. Ali era como uma piscina de água corrente...

           Armando Melo de Castro.

 

domingo, 10 de setembro de 2023

ERA UMA VEZ EM CANDEIAS.

                                                                            José Pinto de Resende

   Dando uma olhada no retrovisor na estrada de minha vida, vejo então lá atrás, o final da década de 50 quando o nosso prefeito era o Dr. José Pinto de Resende, um jovem engenheiro,  com menos de trinta anos de idade, filho então do ex prefeito João Pinto de Miranda.

 Candeias ainda mostrava a imagem do distrito de Campo Belo, porque mesmo com as lutas de nossos políticos candeenses, liderados pelo Dr. Zoroastro Marques da Silva, o fundador de Candeias, teria sido ainda muito difícil, porque o município de onde surgiu a independência continuava trabalhando contra o progresso do emancipado. Não fosse, portanto, a competência política do Dr. Zoroastro Marques da Silva,  as coisas teriam sido ainda muito mais difíceis. O Dr. Zoroastro, como vereador do então distrito, chegou a ser o presidente da Câmara de Campo Belo. Por aí se nota a competência do nosso caldense da gema. Nas muitas vezes em que conversei com o Dr. Zoroastro, eu pude ver o quanto ele amava Candeias. Falar da história de Candeias, sem citar o nome do nosso querido Dr. Zoroastro seria falar do Vaticano sem citar o nome do Papa.

 Mas voltando ao Dr. José Pinto de Resende, eleito em 1955, vinha com toda a força jovem e vontade de trabalhar para o município. Foi como se viesse a virar Candeias de cabeça para baixo. Candeias que então encontrava-se estacionada, Saiu a viajar, para Belo Horizonte capital mineira e Rio de Janeiro Capital da República. O Dr. José Pinto de Resende era um homem, idealista, e apesar de ser um homem, rico e da elite candente, tratava todo mundo com grande  simpatia. Eu tive a oportunidade de conversar com ele muitas vezes, quando estive em sua fazenda trabalhando de pintor, na minha adolescência.

 Ao assumir a prefeitura de Candeias, a cidade não tinha sequer uma praça com espaço público que pudesse denotar uma qualidade arquitetônica e paisagísticas. E hoje quantas praças Candeias possui? O espaço aqui é pouco para contar tudo que o prefeito José Pinto de Resende fez. Vamos limitar em duas obras que desapareceram de Candeias, sem que tenha tido uma explicação convincente para a população. O Campo de Aviação e o Horto Florestal.

 Na época Candeias tinha um filho, que seria um futuro Coronel da Aeronáutica, hoje o Coronel aposentado Renato Paiva, que sempre quando ia visitar a sua mãe, a professora Elisa Paiva, ele dava para nós as demonstrações  e quase nos matava de medo ao ver aquele avião bamboleando e vindo rumo ao chão. A inauguração desse campo, mereceu a presença da esquadrilha da fumaça em Candeias, e o fato só não aconteceu porque os aviadores na noite véspera do dia, ficaram em Campo Belo, para chegar no outro dia em Candeias, foi quando aconteceu a catástrofe acontecida ao levantar voo em Campo Belo o avião do comandante bateu na torre da igreja matriz, quando foi morto. E a nossa festa de inauguração do campo ficou frustrada. ---

 A tarde desse dia foi a inauguração do Horto Florestal, o ponto de passeio dos candeenses durante muitos anos. Ele ficava onde está localizado o estádio do nosso querido Rio Branco Futebol Clube. Eu suponho que esta, com certeza, a maior festa oferecida ao povo de Candeias pela prefeitura. Um caminhão tanque de refrigerante, e churrasco à vontade, até quem não estava presente recebeu em sua casa pelos parentes que lá estiveram um pedaço de churrasco. Foi a maior fartura de carne, foram feitas varias valas, onde grandes espetos eram assados. Ninguém falou em miséria. Cerveja e pinga também estiveram presentes. Só não existia gelo nesse tempo.

 O campo de aviação situava-se defronte a antiga Parmalat.O Horto Florestal ficava onde está o campo do Rio Branco .

 Nesse tempo, um avião que tinha como destino a cidade de Campo Belo, aterrizava em Candeias e seguia de carro para Campo Belo.

 ----- Cadê o horto e o campo de aviação e que estavam aqui?

------Uai, o rato comeu!


Armando Melo de Castro






 

Armando Melo de Castro.

 

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O ADESUS AO NOSSO AMIGO CELINHO MELO.

                                                                        Celinho Melo
 

A morte de um idoso já doente, ou de alguém jovem sofrendo por uma doença incurável, leva-nos, também, a um grande pesar. Afinal, ver alguém sofrendo vendo a aproximação da morte para leva-lo é uma tristeza generalizada que será tomada pela própria morte. --- Mas despedir-se de familiar ou um amigo, cuja morte chega sem avisar, de forma inesperada é muito triste é um vale de lagrimas.

Na infância ou na juventude esse sentimento de perder familiares e amigos jovens ou idosos, não é uma rotina da vida. Mas o tempo que nos consome e que nos transforma em monstros não nos perdoa.

Apenas no mês de agosto, eu perdi nove amigos sendo quatro de Candeias e cinco de outras cidades. Sendo seis jovens; amigos do peito, com os quais eu sempre alimentei uma boa amizade.

Agora, para entrarmos em setembro, Deus manda buscar o meu amigo Celinho Melo (temos o mesmo Melo.) o que nos deixa chocados pela forma da qual foi levado. Mas afinal, os desígnios de Deus são insondáveis.

Quero deixar aqui os meus mais sinceros sentimentos, aos familiares, filhos e a esposa Heloísa que com Celinho formava um lindo e amado par tão admirável.

Portanto amiga Heloísa, é de todo sabido, que a morte não poupa sentimentos, mas você tem preparo para entender que uma morte prematura é um benefício que Deus transmite aos que se vão para se livrarem das misérias da vida como, também, das seduções que provocam desencontros.

Meu caro Celinho parabéns pela missão cumprida!

Armando Melo de Castro.

 

 

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

A MINHA VIZINHA DONA MARICA.


                                                                           Velha Basílica de Aparecida.


(Numa romaria à Aparecida do Norte)

Eu aprendi com a minha avó que sempre dizia que não sabia comer sem ver um verde no prato. Não existem folhas que eu não goste. Tenho as minhas preferências, é claro, as couves, tanto de folhas quanto a couve flor, o almeirão, repolho, alface, enfim, falou que é verde eu gosto.

No almoço de hoje comi um pé de alface inteiro e foi nesse momento que me lembrei da minha antiga vizinha, da Rua Coronel João Afonso, dona Marica da Melada, esposa do Sr. Quinca Guimarães, numa romaria que ela participou nos bons tempos do Monsenhor Castro. Ela ia todos os anos, e voltava de lá contando Tim-Tim por Tim-Tim para os vizinhos tudo que se passara durante a viagem.

E com isso Dona Marica se esnobava. Dizia que quando ia à Aparecida do Norte tinha lá um restaurante da sua preferência, que servia do que havia de melhor. --- Mas teve uma vez que ela voltou de lá contando desvantagem. Disse que lhe foi servida uma bela de uma salada de alface e outras coisas mais, mas quando chegou no fim da travessa havia ali uma lasca de uma lesma só faltava o caramujo.

Ela chamou garçonete e lhe disse que teria lhe pedido salada de alface e não salada de lesma. --- Quando eu ouvi essa história dela, eu imaginei que bafafá ela não teria arrumado nesse restaurante, porque eu a conhecia e sabia que quando Dona Marica ficava nervosa falava alto, não media o lugar e nem as palavras, Ela detonou o restaurante na vista dos outros fregueses, e disse: eu não vou pagar essa comida, porque isso é um absurdo, uma lesma na minha salada. E é claro, nesta altura do campeonato, a despesa não lhe foi cobrada.

Mas quando ela vai saindo, sempre tem alguém para atiçar lenha no fogo, uma senhora, que também tinha almoçado ali, se aproximou dela. Era do tipo dessas masoquistas e hipocondríacas, que nasceram com um espírito de medica, que entendem de toda doença e sabem curar todas. --- Já disse para a Dona Marica para ficar atenta, porque ela ia ter diarreia, excesso de gases, cólicas, enjoo e muita canseira e disse, olha a lesma transmite um verme muito perigoso; eu tive um tio que morreu disso. A senhora pode tomar cuidado porque deve ter sido infectada. O verme de caramujo causa uma doença terrível. (Eu suponho que essa mulher misturou o caramujo gigante africano, com esse caramujo das verduras.)

Era vésperas de voltar para Candeias. E a viagem de volta foi terrível. Tudo que a velha falou para ela lá na porta do restaurante, foi acontecendo e alguma coisa mais. O ônibus não tinha banheiro nesse tempo, e foi preciso parar várias vezes para ela dar uma “borradinha” na beira da estrada. Tinha medo de soltar gases porque poderia se lambrecar com a diarreia. O estômago estava virado de cabeça para baixo. E quem assistiu o drama chegou contando que durante toda a viagem foi aquele pandemônio, ela falava alto, para o marido: “Quinca eu vô morrê. Aquela lesma vai me matá.”

Agora imaginemos ela contando essa história para a vizinhança em Candeias: “ Eu me lembro só de uma frase, ela contando a história para a minha avó:

“Eu vim cagando, suano, injuano e com medo de peidar e me lambrecar dentro do ônibus. ---

Nunca mais cumi arface.

Armando Melo de Castro.