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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

MINHA QUERIDA TIA NICE.

                                                                               NICIA SIDNEY DE CASTRO

 Esta beldade da foto, é a minha querida tia Nice, casada com o meu tio Wantuil de Castro, irmão do meu pai. Tia Nice é uma pessoa pela qual eu tenho o maior carinho do mundo, desde o momento em que a conheci no dia do seu casamento com o meu tio, no princípio da década de 50. Eu era ainda menino quando ela me abraçou e me disse: “ Eu agora sou sua tia e você pode me tomar a bênção.” E eu fiquei todo radiante por ter uma tia tão bonita como ela. E hoje, ela com 94 anos e eu com 77 o carinho recíproco entre nós é ainda muito maior.

Mas o nosso convívio que se iniciava naquele dia foi me mostrando que tia Nice não era bonita só por fora, era bonita por dentro e por fora e muito bonita. --- Durante toda essa vida, eu não me lembro de vê-la falar mal de ninguém; e nem criticar alguém. Uma esposa fiel em todos os sentidos. Uma amiga leal em todos os momentos. Uma mãe dedicada com toda a força do amor.

Ela é tão especial para mim que eu sinto me faltar palavras para descreve-la e também, explicar a maravilha desse sentimento de amor e carinho. Sinto que o meu coração está enraizado profundamente com esse carinho recíproco.

Tia Nice, o mundo seria tão melhor se as pessoas a tomassem como exemplo, assim tão isenta da maldade, da vaidade e do orgulho.

Que bom que o meu livro tem a colocado em distração. Naturalmente estará conferindo os meus casos, com os quais ela também terá convivido.

Um beijo minha querida tia, e que Deus abençoe.

Seu sobrinho, Armando Melo de Castro.

 

ESSE BOTEQUIM É O TÚMULO DO BAR PILOTO.


 --- Lamentável, para uma história tão bonita ---

Quando eu vejo esse nome, Bar Piloto, referindo-se ao nome de um botequim, que não tem nada a ver com o histórico Bar Piloto em Candeias, eu fico triste e meu coração chora por sentir a indiferença daqueles que não souberam preservar um capítulo tão importante da história de Candeias: “Bar Piloto”.

O Bar Piloto situava-se ao lado da Farmácia São José, onde posteriormente veio a ser o Paladar Mineiro, sem guardar nenhuma recordação do passado daquele lugar, depois de ter sido o cartão de visitas da nossa cidade, durante décadas. Um bar, talvez, dos melhores da região, foi arrancado de seu berço, substituído por “Paladar Mineiro” sem uma demonstração do passado daquele lugar, que poderia estar preservando pelo menos o nome de Piloto, numa homenagem ao Sr. Mário Rigali, um Italiano que veio juntar-se a nós na construção da história de Candeias. Um homem que tanto fez por Candeias e não vimos ainda nenhum reconhecimento por parte da política municipal.

Mario Rigali nascido na Itália e veio juntar-se a nós para a construção da nossa história. Trazido pela família Bonaccorsi, e em Candeias viveu, trabalhou e foi enterrado, onde no epitáfio do seu túmulo está esta frase que muito me emociona:

“O coração que se desfez em vida, doce Candeias por te amar, eu te dei, agora, dê-me tu, a graça de me sentir em ti, desfeito.

É lamentável que as novas gerações candeenses não sabem como reconhecer através da história quem foi Mário Rigali, o Piloto, fazendo com que se comportem como ingratos inocentes através de uma escolha que afasta o reconhecimento e o amor que todos nós desejamos.

É triste ver o nome de Bar Piloto, representando o nome de um botequim, o que para quem conheceu o Bar Piloto no passado, o vê como o túmulo de algo tão representativo para a história Candeense.

LEIA MAIS: CRONICA SOBRE O VERDADE BAR PILOTO

https://candeiasmg.blogspot.com/2011/04/bar-piloto.html

Armando Melo de Castro.


domingo, 27 de agosto de 2023

O MEU AMIGO FERNANDO SILVA.

                                                                              Fernando Silva.

A boa amizade entre duas pessoas que se consideram amigas tem a mesma força de uma irmandade. A boa amizade é aquela em que existe afinidades, os amigos querem ver o outro feliz, tendo uma boa relação e uma conexão verdadeira. A boa amizade nem a distância consegue apaga-la. Amizade é carinho, atenção e lembrança.

Fernando Silva foi sempre meu amigo. Eu nunca vi Fernando triste e nem reclamar da vida. Era sempre com aquele sorriso aberto e alegre. Frequentei muito a casa de sua mãe, minha querida Dona Dirce que fundou comigo a Confraria Alan Kardec. Desde a minha chegada à cidade de Luz, em 1989, como gerente do Bemge, Fernando esteve entre os meus amigos da cidade.

Assim que me mudei para Lagoa da Prata, Fernando apareceu lá para fazer umo vereador Geraldo Braga na Rádio Tropical, numa campanha política. --- programa de 30 minutos, aos domingos, através de um horário pago pel Fernando que era muito amigo do Geraldo teria sido o seu locutor do programa. Terminado esse tempo, de um horário pago, o dono da emissora, Rádio Tropical ofereceu um horário para o Fernando, das 17 às 19 horas.

Nesse período eu arrumei para ele um lugar para pernoitar no almoxarifado do Banco, até ele arrumar um lugar mais adequado. Ali estivemos juntos por algum tempo, quando eu escrevia para ele as crônicas as quais eles às apresentava às 17,30. Essas crônicas deram a ele muita audiência e ele nunca se esqueceu disso. A rádio de AM chegava em todas as cidades da região, e o número de correspondência que ele recebia era muito bom. Posteriormente Fernando levou também o Zé das tintas que acabou fazendo um programa aos domingos à tarde. E os dois acabaram seguindo carreira de radialista. Com o advento da Rádio Alvorada em Luz, Fernando aceitou uma proposta melhor e Luz lhe seria mais conveniente. Tivemos uma boa convivência e ele foi sempre muito agradecido com o pouco que fiz por ele. Sempre teve por mim um grande carinho, pela minha mulher e minha filha.

A notícia de sua morte me deixou abalado. É mais um sorriso perdido. É mais um voto de felicidade também perdido. A amizade do Fernando não era uma amizade de interesses. Era o desejo de ambos, de ver o outro feliz e satisfeito.

Que Deus o tenha meu amigo Fernando, e muito obrigado pela lealdade da sua amizade.

Armando Melo de Castro.

 

 




sexta-feira, 11 de agosto de 2023

UM ADEUS A JÚLIO CEZAR VIGLIONI.

 

                                                           Júlio Cezar Viglioni

Chocamo-nos com a morte, porque ela é a ausência definitiva de alguém que amamos e consideramos. Mas ela é covarde e traiçoeira. Parece até que se compraz com o sofrimento humano, porque muitas das vezes nos surpreende levando de nós alguém tão vivo, tão alegre, sem conter nenhum vestígio mortal; quando ninguém poderia imaginar aquele alguém morto e ausente definitivamente, deixando-nos extremamente assustados, chocados e até mesmo sem uma palavra de conforto.

E foi assim meu caro Júlio, que você nos deixou assustados e chocados. Essa ausência de sua voz; da generosidade de suas palavras; o seu riso estão nos fazendo falta. ---- O Grupo de Amigos que você criou para unir o povo candeense ficou desamparado depois que você conseguiu reunir 4 mil pessoas com o intuito de amar a nossa terra. ---- Tínhamos um bem em comum. Ainda no sábado que antecedeu a sua partida conversamos e como poderia eu imaginar que no outro dia você não existiria mais... Conversávamos como dois irmãos, sempre falando de nossa terra mãe Candeias. E agora cadê você para dar as boas vindas aos novos amigos dessa confraria?

A sua ausência instalou no peito de sua grande família e de seus muitos amigos uma dor que será difícil se livrar dela.

Adeus, amigo Júlio e que Deus o tenha sempre em sua Graça.

Armando Melo de Castro.

 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

TACANDO O PÉ NA BUNDA.

  Próximo de minha residência, em Juiz de fora, tem o Parque Halfeld, onde eu gosto de ir para lá e tomar sol e bater um papo com os meus contemporâneos de setenta anos para cima. Afinal, o que não falta aqui em Juiz de Fora é velho para bater papo. E ontem eu me deparei com um senhor de 81 anos, bem prosa, corpo mediano; trajando um terno cinza já batido e uma camisa branca com o colarinho preso no pescoço;  cabelo cortado tipo militar; um bigodinho fino e um rosto bem escanhoado. Uma figurinha rara do álbum.

  O velho mostrava ter  uma saúde verbal perfeita, falava no pé da letra colocando palavras, pontos e virgulas nos seus devidos lugares. No introito da conversa cheguei até a pensar que se tratava de um professor da língua portuguesa, mas era um engano, tratava-se de  médico aposentado da Santa Casa de Misericórdia. Uma dúvida, contudo, não fugiu de mim, foi a de que se tratava de um representante da pederastia juiz-forana.

 Apresentou-se com o nome de Gilberto e já começou a conversa me especulando tudo de minha vida, faltou apenas perguntar qual era o meu sexo. Daí partiu para falar da vida dele como médico, profissão de mais três irmãos. De sua mãe querida e dos quatro casamentos sem filhos.

 Falando em quatro casamentos sem filhos pairou sobre mim uma curiosidade no que me levou a lhe fazer sobre isso, uma pergunta que mereceria quatro respostas:

 A minha primeira esposa chamava-se Cândida. Era uma mulatinha dengosa, enfermeira lá da Santa Casa, cujo nome já era uma contradição com a sua cor. Mas ela tinha um problema queria sexo todo dia e eu chegava cansado do trabalho, queria descansar. As vezes tinha que me levantar de madrugada para atender e ela estava sempre pronta para o remelexo. O casamento foi ficando desgastado, e ela acabou me botando chifres e eu acabei tacando o pé na bunda dela.

 A segunda, não se cansava de falar que na vida dela os primeiros a serem amados, seriam os seus pais; os seus irmãos porque tinham o sangue dela. Depois sim é que vinha eu. Ora, uma mulher ficar falando isso para o marido, eu acho que está querendo um pé na bunda, e foi o que eu fiz, taquei o pé na bunda dela.

 A terceira eu conheci na praia do Rio de Janeiro. Muito bonita e carinhosa. Mas de repente apagou o fogo. Não parava nem aqui em Juiz de Fora e nem lá no Rio de Janeiro. Eu já andava desconfiado, taquei o pé na bunda dela.

 A quarta esposa foi um caso muito diferente. Eu descobri que ela era uma mulher muito porca e se tem uma coisa que eu não tolero é porcaria. Sou nojento mesmo! Certo dia eu dei vontade de comer uma maionese de legumes, um prato que eu gosto muito, e a maionese dela era das melhores. Eu me encontrava na sala assistindo um futebol de onde eu podia vê-la picando os legumes. Eu vi quando ela enfiou a mão dentro da calcinha, coçou, coçou e “recoçou” o fiofó e depois continuou a picar os legumes sem lavar as mãos. Se ela tivesse lavado as mãos eu já iria ficar com nojo, imagine ai então? Foi a gota d’água para eu tacar o pé na bunda dela.

 É não sei não!

 Armando Melo de Castro.