Na política foi juntamente com Dona Maria José Nogueira Pena, a primeira mulher eleita a deputada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde foi, também, líder do seu partido. --- Após anos afastada da política, se elegeu vereadora de Belo Horizonte. ---- Presidiu a associação Mineira de Professores Aposentados até a década de 90.
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terça-feira, 27 de março de 2018
UMA CANDEENSE ILUSTRE.
Na política foi juntamente com Dona Maria José Nogueira Pena, a primeira mulher eleita a deputada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde foi, também, líder do seu partido. --- Após anos afastada da política, se elegeu vereadora de Belo Horizonte. ---- Presidiu a associação Mineira de Professores Aposentados até a década de 90.
sexta-feira, 23 de março de 2018
A DIGNIDADE DE CANDEIAS.
----- Ninguém segue a cartilha desse homem que dedicou toda a sua vida a trabalhar por Candeias e o seu povo. ---- É lamentável.
terça-feira, 20 de março de 2018
AO AMIGO FLÁVIO RIBEIRO.
sábado, 17 de março de 2018
CANDEIAS! UM DIA DE INFERNO!
No principio da década de 60
Candeias foi palco de um dos maiores acidentes ferroviários. Naquele tempo, o
trem era o meio de transporte de passageiros e de carga mais usado na nossa
região. Ainda não existiam ônibus e sim umas pequenas jardineiras que transportavam
no máximo vinte e cinco pessoas
A opção rodoviária em Candeias era apenas uma dessas jardineiras que fazia a linha de Campo Belo a Formiga, passando por Candeias, quando, ainda, não existia a via asfaltada e o itinerário era uma estrada de chão, via Arrudas. Além disso, a passagem era cara.
A viagem de trem além de mais confortável era muito mais barata, apesar de ser bem mais demorada.
As linhas de trem eram feitas por trechos onde faziam as conexões para outros rumos. ----- Candeias estava localizada no trecho que ligava Ribeirão Vermelho a Garças de Minas, ---- no município de Iguatama, ali havia as baldeações para Goiás e Belo Horizonte. ----Não é difícil imaginar como era difícil ir de Candeias à Belo Horizonte naquele tempo.
De Bambuí para baixo era considerado sertão, o queijo artesanal, por exemplo, fabricado em toda aquela região, era chamado “queijo do sertão”.
Eram quatro os horários dos trens de passageiros: O misto e o noturno, que desciam e subiam diariamente, sendo que posteriormente foram alterados para três vezes por semana. O misto descia às 10,30 h. Da manhã e voltava por volta das 17 h. ----- Isso quando estava no horário, mesmo porque, esses trens nunca andavam no horário. ---- E o noturno que descia pelas 23 horas e voltava pelas 5 da manhã.
Certa madrugada, por volta das 2 horas, o povo de Candeias foi despertado assustado, com o alto-falante da igreja Matriz no ultimo furo tocando uma música fúnebre e o apelo do Monsenhor Castro, pedindo ao povo que se dirigisse rumo à comunidade da “Santinha,” a fim de socorrer as pessoas acidentadas com o desencarrilhamento do trem noturno. -----
Meu pai na mesma hora se levantou e chamou-me para acompanha-lo. A cidade já
estava alvoraçada. Até as pessoas que não foram até ao local do acidente,
saíram pelas ruas aguardando notícias.
O acidente se deu num local de difícil acesso, nas imediações da comunidade chamada “Santinha”, há poucos quilômetros de Candeias. ---- Sabe-se que os acidentes ferroviários têm esse problema, por se darem em locais isolados e, às vezes, de difícil acesso. -----Era um tempo ainda muito atrasado, muito sem recursos de comunicação e de transporte.
Os vagões de madeira com a base de ferro caíram de bruços, numa grande depressão ao lado da estrada ---- ferro sobre madeira –--- deixando os passageiros presos dentro dos vagões.
Até que a
notícia do acidente chegou à cidade... Até que chegou algum recurso no local,
já havia nove mortos. Pessoas quebradas, sangrando e desesperadas. –Não é
difícil alguém imaginar a dimensão dessa tragédia.
Entre os mortos, apenas um candeense que teria tomado o noturno minutos antes, quando seguia para Campos Altos, onde era a sua moradia com a sua família. Tratava-se do senhor Laerte do Bilú, pai do Paulo ex-funcionário do posto de gasolina do Dalton Freire e casado com uma tia do Miguelzinho Simões.
Lembro-me que eu e meu pai ainda chegamos ao local quando as pessoas encontravam-se desesperadas, e o povo que chegava, não tinha como ajudar, totalmente impotentes diante de tamanha desgraça. Pessoas chorando de dor, sangrando-se e sem ter como ser ajudadas. Pessoas já mortas e outras morrendo.
Depois de muitas dificuldades, muita correria, muito desespero, os corpos ficaram a disposição na igreja matriz, quando esta estava em reforma. Foi improvisada uma grande mesa com o material de andaime da construção e ali foram expostos os corpos do jeito que foram retirados do local do acidente. Ensanguentados, machucados e roxos e desconhecidos. Houve muita dificuldade na identificação dos corpos. As pessoas naquele tempo não se preocupavam em portar documentos.
Laerte do Bilu era amigo do meu pai e os dois estiveram conversando na esquina do sobrado próximo à matriz, no dia em que ele embarcaria para Campos Altos. Teria vindo estudar a possibilidade de voltar a morar em Candeias. Lembro-me de ouvi-lo falar isso.
---- Mal
sabia ele que no outro dia, naquele mesmo horário ele estaria exposto em meio a
outros mortos de outras cidades, bem próximo dali, na igreja matriz, morto e
quase irreconhecível, pois teria ficado com o rosto totalmente negro. Quem fez
o seu reconhecimento foi o Wantuil Delminda, meu tio, que estivera com ele,
também, no dia anterior e ele estava com a mesma roupa; calça marrom, camisa
azul claro e paletó azul marinho. ·.
Até hoje
não se sabe a quem atribuir à culpa dessa terrível tragédia. Na época diziam
tratar-se de que o maquinista estava embriagado e operou com excesso de
velocidade... Outros já diziam tratar-se de problema com a linha. Enfim, nada
ficou apurado; nada ficou esclarecido e nada chegou ao conhecimento do povo
candeense.
Recordar aquele dia... Aquele quadro trágico é como voltar ao tempo de maneira desastrosa. É como se tivesse conhecido o inferno por algum momento. Por mais que eu viva, jamais sairá das minhas retinas o sofrimento daquelas pessoas sangrando, gritando, chorando e morrendo diante da falta de socorro; da falta de recursos que só chegaram quando aqueles que se encontravam em estado mais graves já teriam falecido. Um quadro difícil, muito difícil até de ser lembrado...
Armando Melo de Castro
Candeias
MG Casos e Acasos.
sábado, 10 de março de 2018
CELIBATO, UM ARMÁRIO DA VERGONHA!
---A palavra evangelização tornou-se num produto de venda enquanto a teologia dogmática vem sendo esquecida. Cobram a fé do cristão sem cumprir o seu compromisso de despertá-la ao fiel da sua igreja. Cobram, como se a fé pudesse ser encontrada debaixo da cama, ou numa chuva que lhe caísse à cabeça.
---Logo que o Papa Francisco tomou posse como chefe da Igreja, disse que o celibato não é um dogma da Igreja. Apesar da claridade da frase, eu gostei muito de ouvir isso, principalmente quando ele disse que iria rever essa questão. Mas foi uma frase dita ao vento, lamentavelmente.
----Apesar de respeitar a profissão religiosa eu discordo quando vejo um padre defender com unhas e dentes o celibato clerical. Principalmente quando ele faz isso através do púlpito da sua igreja. Se ele diz, por si, sobre o celibato, tudo bem, é uma questão subjetiva. Agora, se diz por um todo, ele está, completamente equivocado.
----Subentendo, todavia, que os padres falam por si como, também, manifestam as suas opiniões pluralizadas. Existem padres que se sentem indignados quando vê a sociedade se manifestar sobre o celibato como mera restrição sexual. ----- Eu acho que a sociedade está também indignada de ver um celibato descumprido e corroído pela pedofilia. Celibato que oculta tendências ----------homossexuais deturpadas para aqueles que as têm e não quer expô-las.
----Acho que defender o celibato, nestas alturas do campeonato, seria um tanto arriscado para qualquer padre. Esta questão anda muito evidente na vida católica, contudo, está mais do que claro que um sacerdote que se beneficia do celibato tem mais é que defendê-lo, mesmo sabendo que estará prejudicando a igreja.
----O celibato tornou-se numa questão política; interessante e atraente àqueles
cujo casamento não lhes oferece conforto e o estado de solteiro incomoda a
sociedade. ----- O celibato não tem amparo bíblico. E se não tem amparo bíblico
e perdura por tanto tempo, podemos imaginar que a escolha, por ser padre, tem
sido uma conveniência isolada onde, por si, é encontrada a solução de um
problema pessoal.
----Bastaria à conscientização do candidato a padre sobre a necessidade de ser solteiro ou não. E para quê celibato? Portanto, está mais do que provado de que as justificativas oriundas dos defensores do celibato são vazias e sem cerne. Um homem que não alimenta o desejo de ter um filho, de ter uma esposa é, no mínimo, um conselheiro teórico e a teoria não acoplada à prática não tem consistência.
----O celibato esta relacionado com o homossexualismo deturpado; com a pedofilia e até com a prostituição. A prova maior disso são os casos de padres pedófilos, homossexuais e deturpadores de famílias que povoam a Igreja Católica e que a mídia divulga constantemente, e nem o Papa encontra uma solução para moralizar isso.
----Um padre renunciar a uma família para se dedicar à evangelização?! Como se explica, então, os apóstolos de Cristo, exceto João, serem casados? ------- Os médicos, com o seu Juramento de Hipócrates, pela tarefa de defender a vida humana em todos os momentos de suas vidas. Juramento que, inclusive, faz prevenção sobre as concepções religiosas. Mais ainda: e essa ociosidade visível dos padres, dentro das Igrejas?
----O Crime do Padre Amaro, história de Eça de Queiroz, encontra-se em evidência nos dias atuais. O celibato fez, faz e continuará fazendo as suas vítimas: filhos órfãos de pai, pedofilia e prostituição.
1-27: “Deus criou o homem a sua imagem. Criou o homem e a mulher. Deus os
abençoou: Frutificai e multiplicai-vos”.·.
“Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja
adequada.”. 2.18
2.24 “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para unir-se a sua mulher”
Candeias MG Casos e Acasos.