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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A LÍNGUA FERINA!

Na década de 50 ainda não existiam esses tijolos furados. Candeias possuía umas três ou quadro olarias. As mais conhecidas e próximas da cidade eram duas. A do Miguel Turco, que ficava nas imediações da Igreja do Rosário, num sítio do seu proprietário. A outra pertencia a um senhor chamado Sebastião Redondo e ficava às margens do Ribeirão Maçaranduva, nas terras do Mingote, que hoje se limita com o Bairro Jaci.


Sebastião Redondo tinha esse apelido por ser todo moldado em toucinho. Tinha a olaria; a sua família, a sua casa e um caminhão ¾ com o qual ele transportava os tijolos. Um veículo já bastante judiado pelo tempo que não tinha portas e nem capô, com um cano de descarga todo furado.

Subia a rua da igrejinha, hoje Rua Alvim Ferreira, com um barulho mais parecendo um avião. E acenando com a mão para quem o visse como se tivesse pilotando um jatão. E isso servia de chacota para as pessoas, que diziam: “lá vem o Bastião Redondo peidando fogo”. E da olaria até ao centro da cidade era só subida. E o velho caminhão não tinha folga. Se se subia estava cheio de tijolos e se descia estava vazio.

Além de tudo isso Sebastião tinha uma língua ferina que cortava mais do que uma faca afiada. Falava de Deus e o mundo e quando cansava, falava do mundo e de Deus. Era uma língua dinâmica. Para cair na sua língua, bastava aproximar-se dele.

Certa vez o seu “furrecão” quando subia a rua toldado de tijolos, disparou-se de fasto e isso foi um “Deus nos acuda”. Desde então, não se via mais o oleiro subir a rua fazendo aquele barulho de avião e acenando à mão, como se fosse político em carreata. Afinal ele só faltava dizer que aquele caminhão era o melhor do mundo.

Depois disso o gordinho resolveu mudar de ramo. Com a morte do Estevão da Rola, dono do antigo armazém do Divino, situado à Rua Expedicionário Jorge, Sebastião Redondo comprou o Armazém e ali permaneceu por muitos anos transferindo-o posteriormente para o Divino.

Com o advento do telefone em Candeias, o nosso conterrâneo redondinho, comprou um telefone e isso foi o maior chique. Até Jesus Cristo recebeu um aviso de que aquele armazém tinha telefone. --- 

Não demorou muito começaram os trotes, coisa muito usada naqueles tempos quando se inaugurava uma central telefonica, ou quando alguém adquiria uma linha. --- Ligaram da Alfaiataria do Leonardo, para o Sebastião Redondo:

----Alô!
----Opa! quem tá falano daí? Aqui é o Bastião!
----É o Sebastião?
----É ele memo...
----Olha Sebastião eu queria falar com o Pires...
----Pire, aqui num tem nenhum pire não...
----Não tem pires! Então onde eu vou colocar a minha xícara?
----Uai, coloca no “Ku” da sua mãe uai...

NB) Eu não vou dizer quem deu o telefonema em respeito à mãe dele.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

CEL. JOÃO AFONSO LAMOUNIER DO NASCIMENTO.


                                                         Coronel João Afonso Lamounier.

O homem faz a história quando está preocupado em deixar o seu legado nessa história. Mas nem todos que participam da construção de uma história permanecem nela com dignidade. Para que o homem construtor de história possa permanecer nela, é preciso ser ambicioso, inteligente e honesto, trazendo no seu seio os mais lícitos ideais. A História não mente. Aquele que não se comporta com honradez, com certeza, estará exposto na lata de lixo da sua própria história.

Hoje, vamos homenagear um Candeense que ocupa um relevante capítulo na história de Candeias. Um nome que orgulha os anais da nossa história.  Um homem que amava Candeias e que transmitiu aos seus descendentes todo esse amor.

Seu nome: Coronel João Afonso Lamounier.

João Afonso Lamounier foi Coronel da Guarda Nacional, Inspetor Escolar, Juiz de Paz e Líder político do distrito de Candeias, tendo sido Presidente da Câmara Municipal de Campo Belo quando Candeias ainda não havia sido emancipada. Um nome que está cravado na história de Candeias com cravos de ouro.

O Coronel João Afonso Lamounier, nasceu no ano de 1850 e faleceu no ano de 1932 aos 82 anos. Foi sepultado no cemitério de São Francisco, em Candeias, no primeiro túmulo a direita junto ao portão de entrada daquele campo santo.

Patriarca de família numerosa teve dezoito filhos, entre os mais conhecidos podemos citar: Sua filha Dona Julieta Lamounier Macêdo, mãe do ilustre candeense, Leônidas Macêdo (Honrado sargento da Força Expedicionária de 1945) e Antônio Macêdo, (empresário e fazendeiro candeense).

O Sr. Olínto Lamounier, casado com a professora Elisa Paiva e pai do Coronel Renato de Paiva Lamounier, (Coronel aviador da Força Aérea brasileira, residente no Rio de Janeiro). Olinto Lamounier foi que trouxe para Candeias a primeira Agência bancária do Banco Mineiro da Produção S.A.

Sr. João Sidney de Souza, pai do expedicionário João Sidney de Souza Filho e pai também da minha querida Tia Nice esposa do meu tio Wantuil de Castro, irmão de meu pai.

Sr. Nestor Lamounier, (pai do Sr. João Batista Nestor empresário candeense).

João Sidney de Souza e Nestor Lamounier foram prefeitos de Candeias.

O “Sansão”, chafariz público existente na Praça da Matriz, foi importado da Escócia, pelo Coronel João Afonso.

Eu nasci no número 304 da Rua coronel João Afonso. E esse nome foi sempre para mim muito familiar.

Onde quer que esteja Coronel João Afonso Lamounier do Nascimento, receba o abraço dos candeenses de bem que jamais permitirão que o seu nome seja usurpado ou confundido, nos capítulos da História de Candeias.

Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.










quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A ABSTRAÇÃO DA FELICIDADE.


Eu tive passagens na minha vida em momentos que cheguei a me imaginar no fundo de um buraco tão profundo que o meu céu teria ficado do tamanho da lua... Cheguei a imaginar-me dentro de uma lata de lixo do tamanho do mundo, quando fui vitima de um acidente de carro gravíssimo e mais quando perdi uma filha que desistiu da vida desfazendo-se dela da forma mais dramática possível.

Mas não me considerei perdido. A fé em Deus e a esperança sempre estiveram ao meu alcance. Sempre tive a minha consciência tranquila  e sempre quando sou julgado pelo tribunal da minha consciência, tenho a certeza da minha absolvição.

Os maiores inimigos do homem é o egoísmo, a falsidade, a mentira, a ambição pelo alheio, a falta de amor ao próximo. Tudo isso faz com que o homem venha a ser destruído por si mesmo.

Aprendi que mesmo nos momentos difíceis da vida devemos buscar a felicidade. Combater as tristezas da vida é buscar a real felicidade. É colocar a felicidade perto de nós. O poeta Vicente de Carvalho, disse no seu cantar poético, que essa felicidade que todos nós sonhamos, ela existe sim, mas nós não a alcançamos porque ela esta sempre apenas onde a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos.

A verdadeira felicidade não envolve dinheiro e nem bens materiais. A verdadeira felicidade é a tranquilidade de nossas consciências isentas de culpas. A verdadeira felicidade não escolhe o lugar para entrar. Às vezes ela prefere morar num rancho ao invés de estar numa mansão. ------ Não existem castigos de Deus. ---- O que existe é o tribunal da nossa consciência que nos cobra pelos nossos erros e pelas desobediências sobre os ensinamentos de Deus.

Nós brasileiros estamos presenciando a infelicidade nos olhos de um homem que teve tudo para encerrar os seus dias como um benfeitor; um estadista; rico de aplausos e respeito. Um governante  que chegou a conseguir a aceitação de 85% dos brasileiros. No entanto, hoje se encontra à beira de um abismo da imoralidade furtado pelas suas mentiras e falsidades; pela sua ganância diante do poder que o povo lhe conferiu. Ele esteve envolvido numa felicidade falsa que acabou transformada numa infelicidade sem limites e sem recursos.

------ O Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, ---- teve tudo para ser feliz e hoje está perdido, vitima de si mesmo; teve muita felicidade, porém, uma felicidade enganosa conseguida através da mentira e do crime. Julgado e condenado  pelas leis dos homens; mas a verdadeira lei que o condena de verdade é a lei de Deus, escrita na sua consciência  ---- É a pior condenação e está bem dentro dele; é aquela que não o prende atrás das grades, é a condenação do tribunal da sua consciência, quando ele dirá para si: Sim eu roubei do povo brasileiro, eu menti para o povo brasileiro; o Moro não é mentiroso; o Ministério Público não é mentiroso e nem a Polícia Federal. Sou eu o verdadeiro Mentiroso! Isso porque no Tribunal da Consciência, a toga é o travesseiro e a sentença é de morte cravada nas suas lembranças.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.