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sábado, 31 de dezembro de 2016

CANDEIAS SOB NOVOS RUMOS!

                                         

Enfim, livres dessa oligarquia que quase acabou com o município de Candeias. Essa politica de compadres que formou uma panela e fizeram de Candeias um curral particular durante três gestões.

Felizmente poderemos ver pelas costas o prefeito que terá marcado a pior gestão de todos os tempos. É como se o povo candeense estivesse sendo ABSOLVIDO de um pecado que cometeu quando votou num professor pensando que este iria dirigir com seriedade os destinos de Candeias. Lembremos aqui o velho rifão: “Não há mal que dure sempre e nem bem que não se acabe”. Felizmente.

Quanto ao novo prefeito, Sr. Rodrigo Lamounier, no momento, sobre ele, temos pouco o que falar. Afinal ele não representa, ou não inspira grandes mudanças. Trata-se de um político jovem e que não demonstrou liderança como vereador. As mudanças verdadeiras, só poderiam vir de um candidato isolado dessas oligarquias, assim, como o Sr. Ênio Bonaccorsi que trabalhou mais do que o prefeito na busca de recursos para o município. Contudo, cumpre-nos aguardar, mesmo porque, as coisas podem se reverterem. E é para isso que estaremos torcendo. Afinal o novo prefeito de Candeias teve uma votação tão expressiva que o fará pensar duas vezes sobre a responsabilidade do cargo que lhe foi conferido pelo povo Candeense.

É de todo patente que o novo prefeito, também vem de uma oligarquia como sobrinho, filho e neto de ex-prefeitos, que não foram isentos de erros graves, mas que conseguem, inda, deter prestígio dentro do eleitorado candeense. Contudo, os erros não são atribuídos ao herdeiro de votos. Portanto, resta-nos aguardar o comportamento do novo gestor, dando satisfação ao povo que o elegeu numa votação expressiva. Que este saiba honrar essa confiança de um eleitorado cansado de tanta incompetência, promessas e mentiras.

Ainda esperamos, que o novo prefeito de Candeias que se demonstrou frágil e sem liderança na Câmara de Vereadores, como o vereador mais votado quando eleito, possa mudar o seu perfil como prefeito. 

Que busque entre os seus pares, pessoas competentes e honestas para que lhe ampare na sua inexperiência. Que não aguarde ofertas de políticos das esferas superiores que as prometem como troca por votos. Todavia, que corra atrás delas não para dar votos em troca de benefícios, mas para cobrar os direitos constitucionais que cobrem os municípios. 

Afinal, só um prefeito pidão consegue ter o seu município recebendo benefícios, indo sem errar o caminho para Brasília e Belo Horizonte, privando-se dos lazeres de um rancho de pescaria.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.


sábado, 26 de novembro de 2016

QUE SAUDADE DA RETRETA!

                                            Foto do Álbum de Clara Borges

Poucas são as cidades que têm o privilégio de possuir uma corporação musical que venceu todas as dificuldades durante anos e mais anos, mas não deixou de existir graças ao amor dedicado por todos aqueles que dela participaram no decorrer dos tempos.

A Corporação Musical Nossa Senhora das Candeias, é um capítulo vivo da nossa história. É motivo de muita alegria, saber que esse capítulo continua sendo escrito e com muito carinho pelos atuais integrantes.

Esta foto me transporta ao passado. Leva-me à minha juventude e faz com que eu sinta presente bem ali ao lado do fotógrafo que guardou este momento tão significativo para mim, e, com certeza, significativo para muitos candeenses.

Posso me imaginar estar acompanhando a procissão da sexta feira santa, ou estar à porta da Igreja Matriz em épocas das barraquinhas; dos ensaios, na alfaiataria do Sr. Abelino Salviano... Parece até que foi ontem e eu posso ouvir o som da retreta nas datas comemorativas, dessa nossa querida “FURIOSA” carinhosamente denominada pelos candeenses brincalhões.

A saudade é um trem danado! Parece até coceira de bicho de pé; ou então um vazio daquilo que esteve e não está. É uma coisa que parece que foi e não foi; é um sentimento doído que ocupa um espaço imenso dentro da gente e que vai enchendo até transbordar pelos buracos dos olhos.

Esta foto realmente me sacudiu... E como diria um primo meu, ela me “balangou” por dentro vendo esses amigos e recordando deles... Américo Bonaccorsi, Chico do Sudário, Nicodemos Ribeiro, Chico de Assis, João Virgílio Ribeiro, Zinho Borges, Ninico Ribeiro, Antônio Salviano, Zé Pretinho, Emílio Langsdoff e Bibiu. As crianças me confundem, mas suponho que entre elas estão a Clarinha e o Wagner do Zinho e a Jussara do Chico do Sudário.

Tem gente que gosta de matar a saudade, mas eu não. Portanto, numa emulação ao poeta Adalberto Dutra, eu digo: “Eu não mato a saudade! Eu deixo a saudade viver! Afinal, um coração sem saudade, perde a razão de bater”.

Lembro-me perfeitamente desse grupo e desse tempo. Sinto muita saudade. E esta saudade não morrerá dentro de mim, ela morrerá junto de mim.

A esses amigos que já partiram, onde quer que estejam recebam o meu abraço, como também, àqueles que felizmente ainda estão entre nós.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.


BAR E RESTAURANTE PINGUIM.


No local onde hoje está situada a Casa do Vaqueiro, teria sido no passado uma velha casa de portais verdes, onde residiam Dona Maroca e sua filha Zulma. A casa tinha um cômodo de comercio, fechado, ali antes teria sido uma farmácia do marido de Dona Maroca, então falecido. Dona Maroca e sua filha eram proprietárias da lanchonete que ficava junto à entrada do cinema. Com o falecimento da mãe, a senhorita Zulma, transferiu-se para Campo Belo, para estar junto de parentes, e alugou a casa para o Lulu que instalou ali um pequeno Bar e Restaurante, ao qual deu o nome de Pinguim, aonde eu vim a ser o único funcionário quando contava 15 anos de idade.

A casa que não era ampla teve os seus quartos transformados em reservados onde eram servidas as refeições. E na pequena cozinha, Dona Terezinha, a esposa do Lula, executava os seus dotes culinários e tinha como especialidade um grande bife de filé, que com a mudança do restaurante para outro ponto, tomou o nome de BIFÃO.

O quintal da casa era extenso e naquele tempo como era permitida a criação de porcos na cidade, esse era um gosto do Lulu que tinha um grande chiqueiro onde criava os seus piaus e carunchos.
O meu salário era de C$ 2.000,00 (cruzeiros) por mês o que representaria hoje em reais, a importância de mais ou menos uns 300 reais.

Eu não tinha uma função certa. Fui pagem dos filhos do Lulu, Marco, Sergio e Claudio. Nesse tempo nem o Geraldo e nem o Erivelto ainda tinham vindo ao mundo. Era, também, função minha tratar dos porcos e lavar o chiqueiro. Servir mesas aos clientes e atender balcão. Enfim, eu era um pau de toda obra.

Lulu como sempre foi muito querido, tinha uma grande freguesia no seu comercio. Nesse tempo ele também bebia os seus goles, às vezes xingava os fregueses, e a impressão é de que quanto mais ele brigava com o freguês mais o freguês se tornava seu amigo. Parece que o anjo ou o santo do Lulu tinha por ele um apreço especial.

Certa vez um freguês da zona rural, estatura média, chapeuzinho de palha corroído, calça de brim e blusa de flanela xadrez, rosto lampinho e um bigodinho fino. Chegou e falou com o Lulu: 

---- Oia sô Lulu, eu passei aqui só pá cumê o pastilinho da patroa do senhor...

----O pastel aqui é da Dalva do Bebé. Por que você não experimenta a minha linguiça? Vê lá! cumê o pastilinho da minha muié!...
---- E o caipira sorrindo meio sem graça respondeu: Ôua Sô Lulu, Ôua, sai fora!...Ah eu cum medo do senhor!

Lulu era aquele que buscava na linguagem popular uma autenticidade genuína que faz da palavra à realidade e não apenas uma representação da realidade. Lulu marcava uma presença com tamanha pregnância dentro do balcão do seu restaurante, o que o fazia muito observado. E nessas observações, sobressaía o bom coração que trazia dentro do seu peito. Ele tinha a língua solta, como tinha, também, as lágrimas de seus olhos livres para molhar os seus lábios.

Meu bom amigo Lulu, onde quer que esteja receba o meu abraço.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

VICENTE TEIXEIRA.



A pessoa que teve a ideia de colocar o nome de “VICENTE TEIXEIRA” no velório da Vila Vicentina pode estar contente porque teve uma feliz ideia. Dessa forma, com certeza, Vicente permanecerá vivo entre o povo de Candeias.  A impressão que se pode ter num sentido amplo é de que São Vicente iluminou essa mente a fazê-lo, achando por bem merecido registrar o nome do seu xará Vicente como gratidão aos relevantes serviços prestados à sua casa de caridade em Candeias.

Vicente Teixeira era casado com a Sra. Lourdes, filha do Sr. Augusto de Melo. ----  Filho do Sr. João Teixeira descendente direto do patriarca da família Teixeira em Candeias o Sr. Francisco Teixeira, nome que está registrado nos anais da Vila Vicentina de Candeias. Sabe-se que a família Teixeira tem uma grande tradição de cidadãos trabalhadores, religiosos, caridosos, honrados e grandes participantes da nossa história de Candeias.

Vicente Teixeira foi funcionário único da Vila Vicentina na época das vacas magras. Ali não havia sequer um banheiro decente. Era uma pobreza humilhante porque apenas a ajuda voluntária do povo era o sustento daquela instituição. Não havia aposentadorias e a bem da verdade muitos ali morriam à míngua. Felizmente, hoje, trata-se de uma instituição bem administrada e contendo recursos outrora inexistentes.

Eu participei daquela instituição durante muitos anos, quando a miséria vigiava a pobreza, ainda no tempo em que o cobrador das mensalidades era o pai do TIGUINHO, tratado de João Ciganinho.  João Ciganinho com uma pastinha debaixo do braço, batia de porta em porta colhendo as pequenas ajudas que o povo dava. A família que fazia uma pequena doação para a Vila Vicentina tinha na sua porta uma plaquinha contendo um coração.

Levado pelo meu avô, João Delminda, ainda menino, como confrade, até nos tempos dos Srs. Alvino Ferreira quando eu cheguei a ajuda-lo a dar banho em defuntos, quando ainda não havia serviço funerário em Candeias. Colaborei, também, com o Sr. Juca Ricarte, quando morei na cidade de São Paulo, pedindo, nos laboratórios, medicamentos de amostra grátis. Eu pude, portanto, dar o meu testemunho sobre o trabalho caridoso de Vicente Teixeira, imbuído do mais puro espírito de caridade Cristã, orientado, naturalmente, por Jesus Cristo e São Vicente de Paula.

Havia na área da sede da Vila uma horta onde alguns dos internados plantavam verduras e vendiam ali, em benefício da Vila.

Vicente tinha muita paciência com os velhinhos, dava-lhes banho, curava-lhes as feridas, dava-lhes remédio e até comida na boca.

Onde quer que esteja amigo Vicente Teixeira, com certeza você estará bem porque você cumpriu com louvor a sua missão aqui na terra, e com certeza estará ao lado de São Vicente de Paula.

Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

ACONTECEU NO HOSPITAL!


                         Foto para ilustração do texto.          

A alma de uma criancinha é pura. A criança ainda no verdor dos anos não mente, não inventa, não calunia. Ela só fala a verdade e quando se sente agredida de uma forma ou de outra, chora. A lágrima é o seu instrumento de defesa. Infelizmente, à medida que vai crescendo e convivendo com os adultos já começa a entrar no mundo da falsidade, da arrogância, da mentira, da calúnia, da hipocrisia e da violência física e verbal... Enfim no mundo do adulto será difícil encontrar alguém que não tenha inventado uma história maldosa, não tenha mentido; que não tenha sido abraçado pelo sentimento da inveja. E assim, aquela criancinha inocente ao sair da aurora dos seus anos passa a fazer parte dos sentimentos que deturpam a humanidade.

Semana passada, estando na cidade de Poços de Caldas acompanhando um internamento de minha mãe no hospital, foi quando eu tive a oportunidade de ver uma criança de uns quatro anos mais ou menos, mostrar a pureza da infantilidade na essência de sua exuberância.

Tratando-se de uma grande instituição de saúde de Poços de Caldas, o hall do hospital permanece com muitas pessoas aguardando o momento para visitar os seus doentes, cujo regulamento permite apenas a presença do acompanhante e mais duas pessoas. Portanto, normalmente, algumas pessoas ficam por ali esperando a sua hora de entrar para fazer a sua visita à base do revezamento.

Apesar de não ser permitida a presença de criança nas visitas aos doentes, ali estava uma criança de mais ou menos uns quatro anos em companhia de seu pai, enquanto aguardavam a esposa e a sogra que teriam subido para visitar, ao que parecera ser --- o avô da criança.

Nesse ínterim, enquanto o menino vai especulando o pai sobre tudo que lhe era visto à sua frente, quando de repente alguém solta um pum.

Aquilo que uns tratam de flato, mas a maioria conhece por peido. Aliás, uma pergunta clássica é aquela: “Quem peidou aqui?”. Eu que estava por perto só tive a certeza de que não teria sido eu. Contudo, pude imaginar que o ânus que emanou aquela carga de metano deveria ter um calibre 16 com uma carga cuja densidade não de 0,722 g/dm3, mas sim de 7.220 g/dm9, e 63 ao invés de 21 vezes mais do que o dióxido de carbono para a estufa. Isso dada à leveza que penetrou nos narizes ali presentes. ---- Se fosse, no Japão, tudo bem, lá se peida sem nenhum constrangimento dentro das pequenas lojas que existem por lá. O vendedor peida enquanto atende o freguês e não é por isso que é amarelo. Faz parte da cultura deles peidar livremente. Mas aqui no Brasil é diferente. Brasileiro gosta de querer saber: “Quem foi esse?”...

O hall do hospital ficou totalmente poluído, quando aquela criança gritou:

--- Papai, você peidou aqui?

E o pai, todo sem graça, bem trajado tal qual um executivo público, ou um bispo da igreja evangélica, negou, é claro!... Mas o menino continuou falando alto:

----Você peidou sim papai, eu conheço o fedor dos seus peidos. Todo dia você peida lá na nossa casa, e a mamãe xinga você... E o cheiro está igualzinho...

---- E o pai, com aquela cara de quem nunca deu um peido na vida, continuou negando...

---- O que é isso Celinho, papai não faz essas coisas assim não...

É, e o pai peidorreiro querendo comprometer o pessoal ali presente na maior cara de pau. Nisso abre uma porta de vidro de onde saem a sua mãe e a avó vindas da visita ---- e o menino fala alto e num tom de gozador:

---Mamãe, o papai tá dando cada peido aqui e tá falando que não é ele, quer ver mãe, puxa pra senhora ver, o cheiro é igualzinho os lá de casa.

E a mãe tenta desconversar, mas o menino insiste:

---Mamãe, puxa pra senhora ver a catinga do peido do papai...

E aquela família tratou-se de cair fora logo, comentando a saúde do internado e fazendo de contas que não ouvia o que o garoto falava.

E o menino agora começava a chorar e dizer, mamãe escuta eu falar, o papai peidou e está falando que não foi ele... O papai é mentiroso mamãe!

E você que acabou de ler isso? Acredita no menino ou no pai dele?

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.

sábado, 8 de outubro de 2016

BERNARDO BONACCORSI.


 Candeias, na década de 20, tinha um teatro que ficava localizado onde hoje está à residência da Professora Maria do Carmo Bonaccorsi.  O teatro era uma iniciativa de Dona Guilhermina Bonaccorsi, esposa do Sr. Celestino Bonaccorsi.  Teve, ainda, nesse tempo, um cinema, o primeiro cinema de Candeias, ainda nos tempos do cinema mudo, no mesmo local e, também, de propriedade da Sra. Guilhermina Bonaccorsi.

Faziam parte da trupe de artistas teatrais de Candeias, os jovens Bernardo Bonaccorsi, filho do primeiro casamento da Sra. Guilhermina Bonaccorsi e adotivo do Sr. Celestino Bonaccorsi, seu segundo marido.

Nesse convívio artístico, iniciou-se o namoro do jovem Bernardo Bonaccorsi com a jovem Nica de Barros, irmã do Sr. Erasto de Barros.

Desse teatro nasceu um romance verídico, uma verdadeira história de amor entre o Sr. Bernardo e a Sra. Nica, pois a família italiana não aceitava o seu filho se casar com uma moça pobre e não italiana.
 Mas o amor venceu. Casaram-se, tiveram muitos filhos e foram muito felizes. Infelizmente, o Sr. Bernardo teve uma morte trágica que abalou não só Candeias, mas todas as cidades da região. Jamais foi visto em Candeias um sepultamento onde houvesse tanta gente de Candeias e de fora.

A história de Candeias não pode esquecer a figura querida que foi Bernardo Bonaccorsi. Um homem honesto, trabalhador, que amava Candeias e o povo de Candeias. Era visto em quase todos os sepultamentos na cidade, estava sempre a levar a sua palavra de conforto e amizade. Se ele estava trabalhando na loja e passasse um enterro, ele tomava do seu paletó e acompanhava o cortejo mesmo sem saber de quem era.

– O meu Xará Armando Bonaccorsi, filho caçula do casal, escreveu um livro que conta toda a trajetória da família Bonaccorsi desde a saída da Itália. Paga a pena lê-lo, acredito que a Biblioteca Municipal de Candeias tenha um exemplar cuja leitura eu recomendo. A história da família Bonaccorsi é digna de louvor, de respeito e gratidão pelo povo candeense. A família Bonaccorsi é um marco decisivo na nossa história. Candeias tem dois tempos: antes e depois dos Bonaccorsi.

Armando Melo de Castro.

Candeias MG Casos e Acasos

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

TERÁ ALGUÉM VOTADO COM O ESTÔMAGO?



Certa vez, o Lula disse, antes de ser presidente, que a maioria dos brasileiros vota com o estômago; por isso que se distribui no Brasil muitas bolsas família como compra de votos. Será que em Candeias alguém vota com o estômago?

A recente eleição para vereador em Candeias deixou muito a desejar uma mudança mais radical por parte dos eleitores. Lamentável, foi o resultado final da eleição da Câmara Municipal. 2.007 eleitores reelegeram cinco vereadores da eleição passada, conservando-os por mais quatro anos mamando nas tetas da nação candeense, após terem mostrado de todas as formas que não estão nem ai para o município; depois de terem demonstrado incompetência parlamentar e social como vereadores.

Esses 2.007 eleitores que votaram pela permanência desses vereadores que durante quatro anos souberam apenas figurar como vereadores na Câmara Municipal de Candeias, consequentemente são eleitores que desconhecem a função de um vereador; que desconhecem o legitimo significado do voto e que votam por votar, pois ignoram que o voto não é para dar de presente a um amigo, ignoram que o voto não é objeto de troca e nem para deixar se levar pela conversa de um explorador, e sim para eleger uma pessoa competente e honesta que propõe ser um servidor público.

Infelizmente esses eleitores incompetentes são aqueles que fazem o politico incompetente. Afinal, politico não dá em árvores. E as causas do comportamento de um eleitor que não tem conhecimento do que está fazendo na hora de votar, é triste porque retrata o retardamento político do nosso município, e do nosso país.

De outra forma, pudemos observar o quanto a politica em Candeias está precisando ser revisada. A maioria dos candidatos a vereador demonstrou incompetência para assumir o cargo letivo. 622 eleitores votaram em 24 candidatos sem condições de se elegerem ----- incapazes inclusive de fazerem uma autocritica no sentido de verificarem a sua impossibilidade de se elegerem. 

Ora, se uma pessoa se candidata e consegue menos de 50 votos, como foi o caso desses 24 candidatos, alguém desse grupo, se eleito, seria um estrago violento na politica do município, é o que naturalmente vem vindo acontecendo. Tanto o eleitor consciente precisa verificar a qualidade do candidato, como, também, o candidato deve se olhar e ver que só vai entrar para atrapalhar. ------ É lamentável que dentre esses 24 candidatos, houve aqueles que tiveram 3, 4,5, votos e até “0” voto, o que demonstra que a coisa virou brincadeira de eleição.

Ainda mais a demonstração da insatisfação dos candidatos completamente em desagrado com a politica de Candeias. Isso porque votaram em BRANCO 400 eleitores e nulos 401.

Resta-nos esperar que os quatro novos vereadores eleitos possam moralizar a Câmara Municipal de Candeias, não deixando se levar pela incompetência ali instalada e nem pelo rodízio viciado de presidentes, cuja incompetência é patente, porém camuflada para o eleitor, também, incompetente.

Finalizando lembremos o que disse o barão de Itararé: “SE HÁ IDIOTAS NO PODER É PORQUE AQUELES QUE OS ELEGERAM ESTÃO BEM REPRESENTADOS”.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

VEREADORES



Enfim, o vereador tem o poder de polícia no município. Agora eu pergunto o que essa Câmara que ainda ai está fez disso! Nada. Não foi transparente, o Presidente um incompetente e os demais foram vaquinhas de presépio para o prefeito mais incompetente da história de Candeias. A começar um vereador açougueiro, não via ou não quis ver as irregularidades que levaram ao fechamento do Matadouro Municipal. Ninguém fiscalizava nada, ninguém olhava nada e o prefeito dormiu no dia que assumiu o cargo e só irá acordar no momento em que sair. Mas, o povo respondeu dando a vitória de 70% dos votos ao prefeito eleito. Dando fim, também a essa panela de compadres.

Armando Melo de Castro.
Candeias MG Casos e Acasos




segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PREFEITO ELEITO DE CANDEIAS MG.

                                   Rodrigo Morais Lamounier - Prefeito eleito Candeias MG 2016
Enfim, nos livramos da panela, da oligarquia que se apoderou da prefeitura de Candeias, não para construir Candeias, mas para destruí-la. É como se Candeias passasse por um pesadelo durante esses doze anos. O município de Candeias ficou durante o mandato desses dois últimos prefeitos, desmoralizado decaído e atrasado, vitima da incompetência, da negligência administrativa, e da irresponsabilidade de gestores públicos totalmente despreparados.

O resultado da eleição para prefeito, inegavelmente, foi bom. Mostrou que o povo de Candeias estava realmente revoltado com a administração do atual prefeito e do ex-prefeito querendo voltar depois de demonstrar que sua administração foi voltada apenas pelos seus interesses num comprometimento de compadres onde entra um sai o outro.

É muito cedo para falar sobre o governo municipal que nos chega na pessoa do Sr. Rodrigo Lamounier. Mas cumpre-nos ter a esperança de que dias melhores virão.

Talvez não fosse ele o ideal para uma mudança radical que o momento exige. Afinal, Rodrigo não se destacou sendo o vereador mais votado nas ultimas eleições. Não brigou, não chegou a presidente da Câmara; não fiscalizou o prefeito incompetente e nem o município, manteve-se pacífico num tempo em que precisava certa agressividade. ----- Mas de uma forma ou de outra, mostrou que tem um grande prestígio herdado dos ex-prefeitos, seu avô Ananias Lamounier e de seu pai Celinho, cujos mandatos foram acrescidos de envolvimentos com a corrupção eleitoral, mas que sem dúvida eles são detentores de um grande prestígio no eleitorado candeense; o que não pode ser isentado e precisa ser respeitado diante do grande número de votos recebido pelo herdeiro.  Assim é o Estado de direito democrático.

Apesar dos transtornos de seus governos, eles não deixaram de construir Candeias e não se pode nem comparar a inferioridade dos dois últimos prefeitos de compadres, com os antecessores da família de Rodrigo. Uma coisa podemos ter a certeza: melhor do que está com certeza vai ficar.

O povo candeense, com certeza, espera que a partir desta eleição possa ser governado por homens de bem, transparentes, corretos e que não faça do município candeense um curral de sua propriedade.

Resta claro e com certeza far-se-á verídico que diante do elevado número de votos recebidos pelo prefeito eleito, Rodrigo, isso o fará ainda mais comprometido com os nossos anseios, além de podermos sentir que a prefeitura de Candeias se encontrará com olhos para o futuro sem um portador do pessimismo e da atribuição de culpa à crise quando esta só pertence aos incompetentes.

Cabe-nos, portanto, aguardar com confiança e esperança a gestão do novo prefeito eleito, que sendo jovem e dedicado à sua terra, poderá se unir de pessoas honestas, responsáveis, e competentes, para que possamos ver de novo a nossa Candeias organizada e moralizada.

---- ÊNIO BONACCORSI.  Não podemos deixar de reconhecer o esforço do Sr. Ênio Bonaccorsi no sentido de buscar Candeias de volta para o lugar que merece. Contudo, dado ao seu pouco suporte político e o estigma maldito que tomou conta do seu partido, dissolvendo-se pelo Brasil afora, o PT, do qual ele já estaria comprometido com a ética, não o fez reconhecido pelas urnas. Contudo, é de todo patente que a moral, a dignidade, a competência, e a transparência do cidadão Ênio Bonaccorsi, cuja honestidade jamais esteve em dúvida, o fará crescido e valorizado perante a sociedade candeense por esta demonstração de amor a Candeias. Candeias precisa de homens como o Sr. Ênio Bonaccorsi e com certeza poderá continuar a contar com ele na construção da nossa história.

Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O DRAMA DE UM VIAJANTE.



Num dia desses, o açougueiro que me atende em domicílio me ligou e me disse que tinha chouriço. Com essa pandemia e o alto preço das carnes, os donos de açougues estão apavorados para vender os seus produtos e estão procurando os fregueses em suas casas. --- Eu lhe perguntei se estava fresquinho porque chouriço passado torna-se num alimento perigoso. Existem cidades, que a comercialização desse produto é até proibida. E o magarefe me responde com todas as letras que era um produto fresquinho, pois teria chegado naquele dia. 


Dizem que adorar é um tratamento destinado aos Deuses. Mas eu peço perdão ao mundo celestial para dizer que adoro chouriço. E diante da oferta, não pensei duas vezes e lhe encomendei uma boa porção e já fiquei imaginando o meu tira-gosto, que a bem da verdade, não seria tira-gosto e sim um rebate. Afinal, para quem gosta, um pedaço de chouriço e um gole da pinga João Cassiano é um casamento feliz no céu da boca e uma bela lua de mel no estômago. Mas tem que ser chouriço fresco, senão vira briga.

 

Na madrugada seguinte por volta das 3 horas da manhã despertei-me com um barulho de uma cachoeira dentro da minha barriga. Fiquei um pouco assustado. Da minha cama até ao banheiro deve ter menos de três metros. Eu que estou acostumado a me assentar na cama antes de ir ao banheiro, na costumeira visita que faço durante a noite, pareceu-me que fui levado pelas águas da cachoeira que parecia estar recebendo uma enchente. Adentrei-me no banheiro feito um helicóptero acidentado e me salvei, pois já cai sobre o vaso. Um segundo teria sido muito tempo para mim naquele momento.

 

Não tive tempo para pensar nada. Salvei-me numa barca furada em meio a uma tempestade. ---- Respirei fundo. --- Mas quando olhei dentro do vaso, lembrei-me do desgraçado do açougueiro, que me dissera que o chouriço estava fresquinho e que teria chegado naquele dia. Ter chegado naquele dia não seria prova de que estava fresco. Sei lá de onde teria vindo? Fiquei puto da vida. – Daí só imaginando se eu tivesse sujado a cama com aquele barro preto... Nossa! Minha mulher ia me matar. Se a cachorrinha daqui de casa que é tratada de filhinha da mamãe; tetequinha, tequinha,  e alimenta-se de forma balanceada, já andou tomando umas tapas no dia em que soltou o barro fora do seu tapete-banheiro? Não é bom nem pensar se ela acordasse levada por uma essência de sangue podre, ou coisas dos urubus!

 

Dai tomei um belo banho e pude vir para o computador com a intenção de escrever alguma coisa. Mas escrever o quê? A história que florescia a minha memória era só merda; mas falar sobre isso? Se bem que a palavra merda tem, às vezes, parecido um doce na boca de muita gente, mas trata-se de algo nojento e polissêmico usado na linguagem vulgar. Só de tratar-se de resíduos fecais, já traz uma conotação de insulto e pode até ser também uma expressão de desagrado.

 

Mas de repente bateu na minha cabeça a lembrança daquela crônica do famoso escritor Fernando Veríssimo, “UM DIA DE MERDA” quando ele se borrou todo no aeroporto enquanto aguardava o avião para Miami. Dai então, resolvi falar em merda e abrir o verbo. Tomei de uma das gavetas do armário das minhas memórias e bem lá no fundo encontrei essa passagem de quando eu fui cobrador de jardineira, no ano 1962. Nesse tempo eu pude conviver por mais de uma vez com esse tipo de drama quando um viajante pode estar sujeito.

 

Eu tinha, então, os meus 16 anos e era cobrador de uma jardineira que fazia a linha de Candeias a Oliveira. Saia de Candeias às 6 horas da manhã e estava de volta às 6 da tarde. O motorista era o Jesus Teixeira. E foi nesse tempo de minha vida que eu pude guardar coisas que até hoje fermentam o mosto das minhas lembranças. A jardineira levava passageiros com destino a Belo Horizonte e que faziam uma conexão em Oliveira.

 

Ananias Misael era um fazendeiro bastante conhecido em Candeias pela sua sovinice. Por causa de um real seria capaz de andar de gatão por toda a cidade. Era famoso pelo seu apego ao dinheiro. Dava a entender que o dinheiro era o seu deus. Apesar de ser sempre visto na casa de Deus. ---- Certo dia nós o tivemos como nosso passageiro, na ida e na volta até a cidade de Oliveira. Na ida ele divertiu os demais passageiros quando se sacou de um canivete, tirou a dentadura e começou a raspá-la enquanto ia comentando com o seu companheiro de poltrona:

 

---“Essa dentadura foi o Bonerge que fez pra mim bem baratinha dipois deu chorá no preço. Cobrô barato mais ela tá me crucificano. Ele falô cumigo que a hora que machucá é pá rapá. Tô veno que num vai sobra dentadura”...

 

Após esfarelar a dentadura ele a esfregou nas calças e a colocou na boca. E de quando em vez dava uma cuspida no piso da jardineira. --- Na volta, no outro dia, a coisa foi diferente. Quando estávamos mais ou menos no meio do caminho, ele olhou para mim e disse em voz alta:

 

--- “Cobradô, fala pu chofer dá uma paradinha porque eu tô precisando de dá uma “viajinha” com urgença”.

 

Eu, que era um menino bobo, inexperiente, ainda não entendia essas metáforas, fiquei sem saber o que realmente aquele senhor estava pretendendo, fazer uma “viajinha” com urgência? Se ele estava viajando? Que viagem seria essa? ---- O Padre José Albanez, então reitor do seminário de Oliveira, estava na jardineira e vendo o atropelo verbal em que eu me encontrava, resolveu me ajudar e disse-me: “Ele deve querer descer para fazer necessidades fisiológicas, disse”.

 

Ai então a coisa ficou do mesmo tamanho. Alias, ficou mais complicada. Eu jamais iria saber o que seria fazer necessidades fisiológicas. Isso para mim era palavra de igreja, de reza, de padre.

 

Mas, felizmente o João Resende, que também estava na jardineira e tinha um português mais claro disse-me em voz baixa: Ele está é apertado para dar uma cagadinha. --- Ai ele falou na minha língua ---- A jardineira que trafegava na antiga estrada do João Pinto parou e deu para os passageiros notarem que a cueca do Ananias já havia levado a pior. Ele desceu e embrenhou-se numa moita e não mais voltava. Ficou por lá um tempão e quando voltou veio chorando a perda:

 

Que merda sô, tive qui limpá as parte com a cueca”. Uma cueca boa sô; ainda ia longe, Pois me dero um diabo dum chouriço que divia tá perdido e eu intrei nele cum vontade. Churicinho iscumungado sô”. 

 

Agora os amigos podem imaginem como foi o resto da viagem?

 

 Armando Melo de Castroasos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ONDE O POVO NÃO SABE VOTAR NÃO HA REMÉDIO.

ESSA MATERIA CIRCULOU NO ANO PASSADO PELA INTERNET E OS VEREADORES E PREFEITO DE CANDEIAS NÃO DERAM A MÍNIMA, PARECE TEREM PENSADO QUE A GENTE IRIA ESQUECER DO POUCO CASO QUE FIZERAM: VEJAM:
POPULAÇÃO PEDE REDUÇÃO DOS SALÁRIOS DO PREFEITO E VEREADORES DE CANDEIAS MG.
Os vereadores de Candeias recebem mais que parlamentares de cidades maiores (Foto: Paulo César Gomide)
Ninguém da prefeitura quis falar sobre o assunto (Foto: Paulos César Gomide)
 
Assim como em várias cidades mineiras, os moradores de Candeias, no sul do estado, estão insatisfeitos quando se fala na remuneração dos agentes políticos do município. Na cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, os problemas são muitos. Maquinário precário, falta de remédios nos postos de saúde e atraso no pagamento dos servidores, o que deixa os candeenses ainda mais revoltados.
De acordo com a Câmara Municipal de Candeias, hoje, a remuneração paga ao prefeito Hairton de Almeida (PDT) é de R$18 mil. Já o vice, José Pedro Rodrigues Neto, o Zé Orico (PSDB) recebe R$9 mil. Os nove vereadores que ocupam as cadeiras do legislativo recebem mensalmente cerca de R$13,7 mil. Os valores foram fixados em 2012.
Para impedir um novo aumento e solicitar a redução dos salários dos agentes políticos, a população de Candeias se uniu e criou um projeto de iniciativa popular que já recolheu cerca de 700 assinaturas. Segundo um dos organizadores do projeto, Dênis José da Silva Saldanha, a motivação para criar o grupo no município veio após acompanhar o resultado do empenho da população de outras cidades do interior do estado, como Carmo do Cajuru e Perdões.
“É um movimento que tem se espalhado por toda Minas Gerais. A população está acordando e quer melhorias”, destaca.
Ainda segundo Dênis, a cidade passa por problemas como o sucateamento dos veículos públicos, a falta de remédios em postos de saúde, o atraso no pagamento de servidores municipais e até o transporte de alunos da zona rural está comprometido. Um texto pedindo a redução dos salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários e as assinaturas recolhidas serão protocoladas junto ao poder legislativo.
“Não houve retorno da Prefeitura e Câmara para um diálogo com a população, que não está satisfeita e exige a redução dos salários. Queremos que seja algo compatível com o que a cidade pode pagar e com a função em que eles atuam”, disse.   
Não se manifestaram
Ninguém da prefeitura quis falar sobre o assunto.
 
Assim como em várias cidades mineiras, os moradores de Candeias, no sul do estado, estão insatisfeitos quando se fala na remuneração dos agentes políticos do município. Na cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, os problemas são muitos. Maquinário precário, falta de remédios nos postos de saúde e atraso no pagamento dos servidores, o que deixa os candeenses ainda mais revoltados.
De acordo com a Câmara Municipal de Candeias, hoje, a remuneração paga ao prefeito Hairton de Almeida (PDT) é de R$18 mil. Já o vice, José Pedro Rodrigues Neto, o Zé Orico (PSDB) recebe R$9 mil. Os nove vereadores que ocupam as cadeiras do legislativo recebem mensalmente cerca de R$13,7 mil. Os valores foram fixados em 2012.
Para impedir um novo aumento e solicitar a redução dos salários dos agentes políticos, a população de Candeias se uniu e criou um projeto de iniciativa popular que já recolheu cerca de 700 assinaturas. Segundo um dos organizadores do projeto, Dênis José da Silva Saldanha, a motivação para criar o grupo no município veio após acompanhar o resultado do empenho da população de outras cidades do interior do estado, como Carmo do Cajuru e Perdões.
“É um movimento que tem se espalhado por toda Minas Gerais. A população está acordando e quer melhorias”, destaca.
Ainda segundo Dênis, a cidade passa por problemas como o sucateamento dos veículos públicos, a falta de remédios em postos de saúde, o atraso no pagamento de servidores municipais e até o transporte de alunos da zona rural está comprometido. Um texto pedindo a redução dos salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários e as assinaturas recolhidas serão protocoladas junto ao poder legislativo.
“Não houve retorno da Prefeitura e Câmara para um diálogo com a população, que não está satisfeita e exige a redução dos salários. Queremos que seja algo compatível com o que a cidade pode pagar e com a função em que eles atuam”, disse.   
Não se manifestaram

FONTE:  DN  DESTAKNEWS

Essa pouca vergonha tem que acabar. O povo de Candeias precisa salvar o nosso municipio. Essa gente só pensa neles. O nosso município nunca foi tão humilhado. Os visitantes filhos da terra ficam triste quando vêm aqui. Nem placa nas ruas esses incompetentes colocam. É preciso ter muito cuidado agora na hora da eleição. Eles mentem, inventam, tentam comprar o voto das pessoas pobres e humildes, fazem tudo quanto é trapaça para ganhar o voto da pessoa humilde e pobre como se o voto dessas pessoas fossem produto de troca. VAMOS FICAR DE OLHO MINHA GENTE AME O SEU VOTO ELE É MUITO IMPORTANTE PARA CANDEIAS, PARA MINAS E PARA O BRASIL.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.

sábado, 23 de julho de 2016

SÍLVIO, O BOM PIOLHO.




Em regra geral as pessoas gostam de se mostrarem boas amigas, caridosas, fraternas, solidarias e amorosas. Mas poucas são as pessoas que assim se comportam com fidelidade, sinceridade e lealdade com o próximo. Infelizmente a sociedade humana vai a cada dia se mostrando mais desgastada no seu convívio. – Podemos observar que tudo melhora na vida do homem, menos o homem. Ele continua matando, roubando e traindo, como sempre fez em toda a sua existência. Vejamos os exemplos de nossos políticos principalmente num momento tão difícil como estão passando o povo brasileiro; eles estão envolvidos é em suas reeleições e seus interesses. Não se vê um sentimento baseado no amor por parte desses senhores.


Todos os sentimentos aliados ao amor são extraordinários para o crescimento humano e a base de uma comunidade saudável e feliz. Está mais do que patente de que onde há o amor sincero, a amizade, a fraternidade, a solidariedade, a caridade, enfim todos esses sentimentos sendo oriundos de um amoro sincero e vivo, o sinônimo disso é a felicidade que todos querem. E o doador de todos esses sentimentos é normalmente silencioso e solitário.


Remexendo nas gavetas do armário das minhas memórias, encontrei-me com um candeense que está ali muito bem, guardado. E toda vez que me lembro dele eu me sinto tomado por um sentimento maravilhoso. Chamava-se ele, Silvio Souto.


Silvio era membro da família Souto muito conhecida em Candeias. Tinha como primos: o Antônio Souto, o expedicionário que serviu o Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial; o Everto do Alonso, o maior goleiro candeense de todos os tempos; o Dedé do Alonso grande jogador do meu querido e amado Rio Branco Esporte Clube; o Bigode que era cantor e jogador de futebol, tendo ido parar no Rio de Janeiro e São Paulo. Bigode foi bem sucedido e chegou a cantar na Rádio Record em São Paulo. Mas desistiu e veio embora. No Rio chegou a jogar num grande time de futebol profissional. Mas, abandonou tudo isso, sem mais e sem menos, para cortar cabelo em nossa cidade.


Ninguém conhecia Silvio pelo seu nome. Era conhecido pelo apelido de Piolho e no popular era “piôio”. Apenas uma pessoa o chamava de piolho, monsenhor Castro. Os dois eram muito amigos. Nos campos de futebol, principalmente, nos jogos da Associação Esportiva Candeense. Nas festas da Igreja, barraquinhas etc. Piolho sempre estava ao lado do Monsenhor, como um guardião do reverendo. Mas nunca era visto participando de um ritual religioso... ---


Trabalhava no Matadouro Municipal, junto ao Lico da Sinhana. Era um homem simples, que escondeu em si durante anos a sua benevolência; o seu caráter cristão e o seu amor ao próximo. Piolho era bem afeiçoado, mas de aparência muito humilde. Estatura mediana, rosto redondo, fala baixa e a barba cerrada e mal escanhoada que lhe fugia o pescoço grosso.


Certa vez nas imediações da curva da linha, local conhecido por uma volta fechada da estrada de ferro que corta as nossas Candeias, situada nas imediações de um local denominado “Santinha”, certa feita, começou a aglomerar-se um bando de urubus, naturalmente aguardando o “urubu rei” para dar inicio ao consumo de uma carniça por ali. Alguém, que não se sabe quem, ao aproximar-se do local observou que se tratava de um homem morto cujo corpo já se encontrava em estado de decomposição.


O mau cheiro já exalava a ponto de se tornar insuportável. A polícia foi comunicada, contudo, o contingente policial, à época, consistia em um cabo e dois soltados. Como o cabo estava ausente, o comando estava sobre as ordens de um soldado que junto de seu companheiro estiveram no local e à distância, alegavam aos presentes terem “estômago fraco”. Apenas tomaram conhecimento de que o morto teria passado pela Estação Ferroviária, dias antes seguindo o caminho da linha, e lavraram uma ocorrência.


Naquele tempo a nossa sociedade era muito desorganizada. Não havia essa responsabilidade de hoje. Mais do que patente é o fato das coisas haverem melhorado e muito... Nos dias atuais o comportamento social é muito diferente... É muito melhor!...


A polícia tentava encontrar entre os curiosos ali presentes, alguém que tivesse a coragem de resgatar aquele corpo pronto para o “bico do urubu”. Mas, naquela hora, onde estavam os caridosos? Onde estavam os religiosos? Onde estavam os representantes da saúde? 


Se até a polícia enrolou quem mais iria dar conta de tal tarefa? Ninguém arriscava colher aquele pobre, mas, filho de Deus, num estado adiantado de putrefação. Ninguém ousava sequer chegar perto tocar naquele corpo humano cujo mau-cheiro atraia a cada vez mais os urubus.


Aparece alguém com esta disposição deixando a população de Candeias toda surpresa. Silvio, o Piolho. Tomou-se de um cobertor, e com as mãos sem nenhuma proteção colheu os restos daquele homem cuja carne já começava a soltar os ossos. Saiu abraçado com aquela trouxa levando aquela encomenda de Deus para ser enterrada no Cemitério São Francisco.


Este foi o maior exemplo de caridade cristã que eu já pude presenciar até hoje em toda a minha vida. Ninguém jamais pudera imaginar que Silvio, o Piolho, pudesse fazer aquilo. Ele sim pode demonstrar o que é amor ao próximo... O que é ser adepto de Cristo no cerne da filosofia cristã.


Portanto, Silvio, nosso bom piolho, onde quer que esteja, receba o nosso abraço, pois, com certeza, estará recebendo as bênçãos de Deus depois do seu feito aqui na terra. Muita gente gostaria de fazer o que você fez, mas não terão jamais a coragem que você teve. O ânimo, e o espirito de caridade. É preciso ser forte, é preciso ser nomeado por Deus para fazer aqui o bem que você fez. Como se sabe você ficou com aquele cheiro por muito tempo perturbando o seu olfato.

 Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.