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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

UM PECADO CORRIQUEIRO



  ESTE TEXTO FOI TRANSFERIDO PARA O LIVRO CANDEIAS MG CASOS E ACASOS.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NO MEIO DOS POBRES.

                                         
                                                     JARDINEIRA CHEVROLET 1954

 Por volta do ano de 1962, eu fui cobrador de uma jardineira que fazia a linha Candeias / Oliveira. O veículo era da marca Chevrolet, de fabricação estrangeira, do ano de 1954, e já se encontrava ultrapassado e vencido pelo tempo. Teria sido colocado a correr naquela linha em condições precárias, cheio de problemas, mesmo porque, não havia a fiscalização governamental como existe nos dias de hoje. O motorista era o Jésus Teixeira,  irmão da Luzia do vico.
Trazíamos, no seu interior, um cacho de banana verde para esfregar nos buracos do radiador a fim de evitar o vazamento de água. Levávamos, também, uma lata vazia, sendo que era necessário parar, em quase todos os córregos do itinerário, para completar a água do radiador. ------ Essas duas coisas ficavam expostas ao lado do motorista. Não tinha como esconder isso dos passageiros. O veículo possuía apenas um pequeno porta-malas sobre o seu teto. Ali ficava amarrada uma enxada encavada para os atoleiros nos dias de chuva, junto a bagarem dos passageiros.
A jardineira era uma fotografia em preto e branco, da pobreza e do desleixo. Aliás, naquele tempo, a pobreza rondava Candeias em quase todos os sentidos. Suponho que os pobres de hoje tenham uma vida muito mais confortável do que os ricos daquele tempo.

A lotação era de apenas 25 passageiros. Saía do seu ponto às seis horas da manhã, na Avenida 17 de Dezembro, da porta do antigo Bar Rodoviário de propriedade do Sr. Raimundo do Antero, estabelecido numa velha casa que existia onde atualmente há um lote vago nas imediações do Cartório da Marília Viglioni.

Do seu ponto inicial, subia pelo Alto do Cruzeiro e tomava a estrada de chão passando pela fazenda do Sr. João Pinto de Miranda, na comunidade do Retiro, na Cidade de São Francisco de Paula (Naquele tempo era distrito) e, finalmente, Oliveira.

Até São Francisco de Paula eram poucos os passageiros. Dali para frente, a velha jardineira ia lotada e apertada tal qual uma lata de sardinha. Por ser, ainda, um distrito, a população de São Francisco dependia muito da presença em Oliveira. Havia dias que o veículo de 25 passageiros transportava nada menos de 40 pessoas o que causava um tremendo desconforto entre todos os passageiros. ----- Era uma situação difícil: se existissem 100 passageiros, todos queriam viajar assim mesmo. Todos num só momento, com um só pensamento diante de uma aleatoriedade sobre direitos, capacidade de lotação, necessidade de viajar e mais um monte de motivos, principalmente, em dias de chuva.

A volta era o mesmo transtorno. Portanto, a viagem de Candeias a São Francisco de Paula era tranquila e vice e versa. De Candeias a Oliveira quase não apareciam viajantes. Dificilmente, aparecia um.

Juca da Virgínia era um cidadão muito requintado. Descendente de duas famílias íntegras e tradicionais da sociedade candeense: Alves e Alvarenga. Era um homem bem informado e falava ao pé da letra. Naquele tempo, era o único leitor, em Candeias, da Revista: “O Cruzeiro” e do Jornal “O Correio da Manhã”, dois dos mais conceituados veículos de comunicação do Brasil. Juca era, portanto, muito esclarecido, bem falante e bem afeiçoado. Enfim, uma pessoa interessante e extremamente vaidosa.

Certo dia Juca aparece para viajar de Candeias para Oliveira. Estava todo banhado, cheiroso, bem vestido e satisfeito por estar indo fazer um passeio à casa de amigos na cidade vizinha. Ao vê-lo, o motorista já cochichou nos meus ouvidos: “Hoje tem”. 

Notava-se, durante a viagem, o mal-estar do Sr. Juca dada à poeira da estrada penetrando dentro da jardineira e criando um ambiente bastante desagradável. Contudo, Juca não poderia imaginar o que o esperaria  lá em São Francisco de Paula.

Era chegada a hora, naquela cidade, da superlotação. Veio tomar assento, junto ao Juca, em uma poltrona sem divisória, uma senhora gorda, que mal caberia sozinha na poltrona, deixando-o duplamente desconfortável. ------ A situação era muito difícil que eu, apesar de ser, então, bem magro, não tinha como me locomover dentro do carro para cobrar as passagens e para isso era preciso, sempre, parar a jardineira antes da chegada à cidade de Oliveira para acertar com os passageiros. Mesmo porque, o percurso de São Francisco de Paula a Oliveira é de apenas 17quilômetros.

Nesse dia, aconteceu um fato inusitado. A passageira assentada ao lado do Juca, em pleno estado de necessidade, soltou os intestinos causando um tremendo desconforto a todos os passageiros e, principalmente, ao seu colega de poltrona que já vinha horrorizado com a viagem.

A situação daquela senhora foi  triste e difícil até de descrevê-la dado o excesso dos dejetos lançados. Ao vê-la descer do carro, logo na entrada da cidade, os passageiros sentiram um misto de nojo e pena daquela pobre mulher tão humilhada diante daquelas circunstâncias.

Pouco à frente, nas proximidades da fábrica de balas Santa Rita, todos os passageiros desceram, exceto o Sr. Juca que terminaria a sua viagem na Rodoviária que já se encontrava próxima. Descendo da lotação, postou-se com um ar de revolta, com nojo, cheirando as suas vestes, protegendo o nariz com um lenço branco quando trajava um belo terno de casimira azul e fazendo, finalmente, o seu pequeno discurso para o qual não lhe faltava o dom da eloquência:

---Olhem, meus amigos Jésus e Armando: Jamais me verão, de novo, dentro dessa jardineira de vocês! Não existe cruz maior do que viajar dentro de um veículo tão desconfortável, empoeirado e em meio a passageiros sem requintes de higiene. ----- Parece-me que fui premiado nesta viagem desastrosa. Isso para mim é um espírito malfazejo colocando-me como colega de viagem junto a uma senhora sem válvulas intestinais, defecando-se ao meu lado o tempo todo. Estou, simplesmente, horrorizado. Esse cheiro fétido não sairá fácil do meu nariz. Viva eu cem anos, lembrarei sempre dessa viagem. Voltarei para Candeias por outro meio. Talvez a pé, mas, longe de vocês. Desculpem-me a franqueza!

Eu, um garotão ingênuo, não sabia o que significava aquelas palavras tão diferentes, até então estranhas do meu vocabulário. Pedi ajuda ao motorista Jesus. Lembro-me de que quando me foi traduzido “defecar e fétido” eu ri como um bobo alegre. Afinal, eu acabara de aprender um jeito chique de falar “cagar fedendo”.

 Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O PEQUI E O VIAGRA





Certa vez eu vinha da cidade de Formiga para Candeias, quando vi parado, àbeira da estrada, um micro ônibus cujo motorista me fez um sinal  para parar. Como havia mulheres e crianças ao redor do veículo, resolvi parar imaginando que estariam precisando de algum socorro. ----- Logo, tomei conhecimento de ser o veículo da cidade do Rio de Janeiro e sua lotação era de uma irmandade crente, em uma excursão pelo interior de Minas (suponho que estavam indo prestigiar um casamento gay em algum lugar). Eram todos cariocas, pois pareciam ter um “x” na ponta da língua que chiava mais do que bico de chaleira.

A primeira a me abordar foi uma mulher morena, estatura mediana e cabelos pintados de roxo. Parecia estar coberta com um jaleco comprido cor-de-rosa. Braços e pescoço, excessivamente, ornamentados, com brincos argolados e um sorriso agradável. Enfim, a ex-donzela tinha uma estampa genuína de perua. Bem diferente do padrão dos crentes daqui das nossas bandas. Veio com um punhado de pequi nas mãos e me perguntou: -------

---Moço, essasx frutinhasx são osx famososx pequisxx? 

Apesar de saber que o tratamento de moço seria uma força de expressão, respondi, contentemente, como um velho rejuvenescido:

---Sim! Isso aí é o pequi, sim! E ibrugado pelo "MOÇO"

Pensei, cá comigo: Que gente frouxa. Parar um carro para saber se isso é pequi. Todavia, como já que eu havia parado, resolvi ser um mineiro hospitaleiro e dar asas à curiosidade daquela gente. Tornei-me, portanto, voluntariamente, em um guia turístico.

Verifiquei que aquela confraria de crentes cariocas não conhecia o pequi e estava próximo de uma grande árvore carregada da fruta. Todavia, diante de uma incógnita, pois conheciam a fruta apenas pelo nome. Alguns já teriam consultado a internet. Afinal, estavam bastante curiosos sobre como consumir aquele produto do cerrado que vem sendo tão difundido nos últimos tempos e que muito se comenta sobre os espinhos de sua castanha.

A faixa etária do grupo variava de dez a cinquenta anos. Cada qual mais curioso. Um queria saber como fazer licor, entretanto, foi logo contestado por um irmão mais conservador que lhe disse: 

---“Crente não bebe álcool e licor tem isso”. 

Já queriam saber como fazer pequi com arroz, com galinha, com isso e com aquilo. Queriam saber, também, como se livrar dos espinhos. Acho até que eles pensaram que eu era algum mestre cuca do pequi, haja vista me perguntarem como fazer o doce de pequi, no que respondi: "Doce de pequi eu nunca comi. Se existe eu não conheço."

Da janela do ônibus, uma mulher de uns cinquenta anos, mais ou menos, apenas ouvia as conversas e não falava nada. Entretanto, quando eu fui saindo, ela resolve fazer a última pergunta:

---Olha, aqui, meu senhor! Essa frutinha é, realmente, afrodisíaca como dizem? Falaram para o meu marido que é melhor que viagra! Será verdade? Se for, eu vou voltar para o Rio levando um saco para o meu marido."

A turma caiu toda na risada. Afinal, carioca é um povo muito bem humorado.
Foi quando eu pensei cá comigo: Já começou a avacalhação... A resposta poderia me comprometer. Supondo uma maliciosa intenção para a pergunta, já fui respondendo: 

--- Dizem que é, mas isso eu não sei. Inclusive, por aqui, os meses que mais nascem crianças são setembro e outubro, ou seja, nove meses após a safra do pequi. Mas, isso pode ser lenda.

Dois gays comiam uma maçã encostados no ônibus, em silêncio, e apenas observando o movimento. Não estavam nem aí para o assunto de pequi. Assim que eu respondi a pergunta da mulher, eles riram e, com ar de gozação, vieram para cima de mim a fim de tirar um sarro e comentaram:

---Nossa! Que exagero! Então, é por isso que mineiro tem a cara de pequi, assim, meio amarelaaaaaaada???

Aí, eu mandei a minha resposta com voz forte e severa:

---Não, seu moço! Nós, em Minas, temos cara é de cobra para quem não tem medo de picadura! E fui saindo, quando um deles exclamou:
---Nossa! não fale ssim comigo senão eu gamo! Que mineiro violento!

---Ai! Afrodisíaco para mim é esse sotaque de mineiro! Ai, Ai, Minasxx Geraisxx. Meus Deusx, isso aqui é uma locuuuura!

Dessa maneira, aquela bulha de crentes ficou rindo e se divertindo às minhas custas; e olha que eram crentes, hein! Imagine se fossem favelados

Armando Melo de Castro
Candeiasmg casos e acasos

sábado, 7 de janeiro de 2012

MORTO E SAFADO



O velório, apesar de ainda existir, vem, aos poucos, deixando de ser na residência do morto. Hoje, a exemplo das grandes cidades, existem os locais destinados a esses rituais, onde o finado é velado em um ambiente apropriado em que os veladores possam estar mais confortados para passar uma noite junto ao defunto.

Aqui, em Candeias, era comum o velório ser na própria residência. Quanto mais estimado fosse o falecido, maior dificuldade enfrentava a família para dar acesso aos amigos visitantes.

Atualmente, com o advento das funerárias nas pequenas cidades tendo instalações apropriadas, as coisas estão melhoradas. Inclusive, já se falam em velório virtual, pela internet, quando parentes podem acompanhar a cerimônia à distância, através da instalação de câmeras no local do funeral.

Quando essas inumações eram preparadas nas residências, dava-se um banho no defunto e lhe colocava a melhor roupa, normalmente, que era poupada para esse momento. No homem, comumente, vestia-se um terno com gravata e na mulher costumava-se preparar uma mortalha. Quase toda pessoa tinha uma muda de roupa usada apenas para ir à missa e ser enterrada. Às vezes, acontecia do morto ou a morta ficar meio exprimido dentro da roupa, talvez, por ter engordado ou inchado com a morte. Nesse caso, abriam-se, por detrás, as vestes que serviam de mortalha. Sempre se dava um jeitinho. Não havia flores sobre o defunto. As flores de velório eram apenas duas jarras que ficavam próximas aos castiçais na cabeceira do finado. Muitos enterravam os seus mortos com sapatos e roupas novas e eram comuns as histórias de cadáveres assaltados pelos coveiros. Esses lhes roubavam as roupas, os calçados e a dentadura com dentes de ouro. Isso pode parecer absurdo, contudo, era a pura verdade, principalmente, nas grandes cidades.

Nos tempos em que Candeias não tinha uma funerária, eu auxiliei, por muitas vezes, o Alvino Ferreira, nessas tarefas de preparar defuntos para as quais ele se oferecia. Éramos voluntários da Vila Vicentina. Os caixões eram simples e resumidos em um engradamento coberto com pano roxo e noventa por cento das pessoas eram enterradas no chão. Havia gente que ficava impressionada com a fragilidade do caixão e imaginando o momento em que a terra batesse em cima daquilo! Coisas de pessoas de mente fértil com relação à morte.

Havia grande diferença entre um velório de pobre e um velório de rico. O rico, normalmente, tinha um banheiro dentro de casa, uma sala ampla e se dava um café reforçado para os presentes, sucos, refrigerantes, etc. Na saída do enterro, era a hora de fechar o caixão, os enlutados colocavam óculos escuros para esconder as lágrimas e choravam em silêncio. As providências, obviamente, eram tomadas por familiares.

Já o velório de pobre era diferente. A casa nem sempre cabia todo mundo. Fazia-se uma fogueira no terreiro e providenciava um garrafão de pinga quando a vizinhança se incumbia do tira-gosto. A noite varava e, quase sempre, alguém ficava embriagado. As pessoas ficavam contando piadas e rindo. No local onde estava exposto o morto, cada qual comentava os seus problemas. De hora em hora, era rezado um terço e, na maioria das vezes, comentava-se, entre os participantes, o estado degenerativo do falecido. Alguns chegavam a beirar o caixão e observar se havia algo de errado, se o cheiro do defunto estava normal. Isso porque não existiam os cuidados existentes nos dias atuais. Ali, todo mundo dava palpite e a casa do morto virava uma "casa da sogra". Na hora de fechar o caixão, a gente via de tudo: gente desmaiando, outros não querendo deixar fechá-lo e havia quem aos gritos dizia: ---“Num vai, não, meu pai!” ou “Num vai, não, minha mãe!” --- Meu Deus! O que será de mim com essa fiarada!? O quê qui o sinhor fez cumigo, meu Deus do Céu!? Outros já berravam em cima do caixão: Eu quero morrer, tamém! Exclamações das mais variadas e não só choravam os familiares como, também, os vizinhos e os parentes diante de tamanho drama. Todavia, hoje as coisas estão modificadas para melhor.
Certa vez, trouxeram, das bandas dos Vieiras, um homem para ser enterrado. Veio trazido, em uma padiola, tipo de uma escada rústica. Teria sido emprestada à família do morto, uma casa que ficava no quarteirão da minha residência, na Rua José Furtado. A casa era de roceiros que a usava apenas nas ocasiões de festas. Era uma casa velha com uma pequena sala onde o morto foi depositado. O enterro foi marcado para o dia seguinte, às 8 horas da manhã. Não se fazia enterro à noite e, durante o dia, as providências não foram suficientes para que o sepultamento se desse antes.
A vizinhança se mobilizou para o velório. Dona Ester já deu as suas voltas convocando a confraria. Ela e Maria da Sinhana já se apresentaram como puxadoras do terço. Maria do Ônor buscou flores entre os vizinhos e Alvino Ferreira estava pronto para dar banho e fazer a barba, etc. A confraria do bairro se fazia presente, cada um querendo prestar algum tipo de serviço. Naturalmente, todos tinham débitos com Deus e não queriam perder a oportunidade de fazer um resgate.

Minha família morava ali perto e eu acompanhei o meu pai pela noite inteira, nesse cumprimento do dever com a divindade. Aliás, eu acho que aprendi a beber cachaça foi em velórios. Meu pai sempre me permitia um golinho para tirar a friagem.
Lá pelas tantas, para um cavalo à porta da casa, apeia dele uma mulher magra, cabelos compridos e lisos, mal vestida e feia, com uma lanterna na mão, sem cumprimentar ninguém, iluminou a cara do defunto e já começou com o seu discurso de bêbada:

--- Pois é, seu safado! Cê morreu de repente pra me dexá na mão. Agora, quem vai tratá de mim? Isso era hora docê imbora pus inferno? Pois é, seu cachorro! Eu te dei por mais de dez ano e ocê acabou num me dano nada. Safado, cê só quiria o bem bão. Só quiria cumê a fruta! Na hora de apruveitá de mim ocê apruveitô de todo jeito. Agora tá aí todo gostosão, parece até qui lá vai pruma festa. Seu trem! Trem ruim. Agora, nem Deus vai querê me ajudá!

Nesse momento, entra em cena a dona do defunto, ou seja, a viúva:

---O quê que é isso? Onde já se viu isso? Ocê tá doida? O que ocê tá falano, Cumá Mariquinha? O Joaquim andava co'cê? Eu num acridito, num pode ser, meu Deus! Acho que eu morri e tô no inferno. Num pode! Isso num pode. Ocê andava com ele, Cumá Mariquinha!?
E a outra respondeu:
---Não Cumá Tiana, ele qui andava cumigo. Ele qui vivia inrrabichado ni mim e tem mais: se ocê qué sabe, meus dois minino é fio dele.

Logo, saiu resmungando, montou novamente no cavalo e saiu.
Nesse instante, a viúva olhou para o caixão e disse:

---“Era ela a sua canseira, né, disgraçado! Ah! Se ocê num tivesse murrido! Ocê ia chegá no inferno era vivo, mardito”.

Armando Melo de Castro
Candeias mg casos e acasos