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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O MEU AMIGO ZÉ PORTELA.

                                                                     José Santos Portela

Recebi, agora há pouco, por intermédio do meu amigo Wander Sena, uma notícia que me deixou sentido. Trata-se do falecimento, nesta data, de um amigo; de um grande amigo:

JOSÉ SANTOS PORTELA.

Fomos amigos no nosso tempo em Candeias e depois, num outro tempo em Divinópolis.

Zé Portela, como era mais conhecido, era natural de Bambui, MG e chegou a Candeias levado pelo médico Dr. Pery Malheiro Simões, o médico que cuidava do surto da lepra no nosso município.

Posteriormente, esse serviço foi transferido para Divinópolis o que o levou para aquela cidade. Lá eu acompanhei o seu trabalho, digno do maior respeito.

 Zé Portela lidava com os leprosos de forma natural, uma doença tão cheia de cuidados e preconceitos, coisa que Zé Portela deixava passar longe de si. Um ser humano maravilhoso. Posteriormente, tendo sido encerrado esse tipo de trabalho, ele foi transferido para a Receita Federal.

Zé Portela morou muitos anos em Candeias onde era muito estimado pelos Candeenses. Foi vereador e Presidente da Câmara Municipal, num tempo em que Vereador não tinha salário. Homem inteligente e que prestou relevantes serviços ao nosso município.

Casou-se com Dona Celinha, filha do Sr. João Eleutério, irmã da Dona Zélia Eleutério e de Enir Parreira.

Por mais de uma vez eu fiz contato com ele, pois queria colocar aqui no nosso Blog a sua biografia e o Candeense por adoção que Candeias havia ganhado. Mas talvez, pela sua humildade não tivemos esta oportunidade.

Esta nota que eu faço, é para que seja lembrado pelos nossos conterrâneos que o conheceu como um grande amigo que participou da nossa história. Aos familiares fica aqui o meu abraço e o meu sentimento.

 E a você meu caro Portela, eu tenho a certeza de que você vai estar bem junto de Deus porque o seu trabalho aqui na terra terá sido por uma boa escolha do Pai Celestial. Aqui vai o meu abraço.  Não de despedida, porque pessoas como você a gente não se despede, porque elas continuam vivas dentro de nós quando os respeitamos e admiramos.

 Armando Melo de Castro.

 

 

 

 

AO AMIGO DIVINO MACHADO.

                                                                   Sidneia Alvarenga
 

 A morte de um filho só pode ser avaliada pelos pais que perderam um filho. É uma dor sem nome; é um sofrimento tão grande que jamais alguém o desejaria para o seu maior inimigo. Eu não acredito que possa existir um sofrimento maior. É natural o sentimento pela morte dos pais. Afinal, os filhos são, desde criança, preparados para enterrar os seus pais. Mas os pais nunca estarão preparados para enterrar um filho.

O falecimento de sua filha, nossa tão querida amiga Sidneya, meu caro Divino, deixou-me sem palavras no momento em que essa notícia chegou a mim. Conheço bem esse momento de vida que você passa porque já passei por ele meu amigo. Momento em que nos leva a pensar que nada na vida paga a pena. Parece que o céu escurece e que o sol não voltará. Sentimo-nos subtraídos, infelizes, e a cabeça parece que não pensa mais nada de bom, porque naquele momento tudo se transforma.

Eu perdi uma filha aos 30 anos de idade nessas mesmas circunstâncias meu caro Divino. E sei o quanto é difícil. Mas Deus não nos abandona, mais cedo ou mais tarde Ele lhe enviará o consolo, mas a saudade fica, esta será eterna para o seu coração. Enterrar um filho é o mesmo que enterrar um pedaço de si. Parece até que nunca mais teremos a mesma alegria, é como se fosse um fim. Mas o conforto de Deus vem nos encontrar. Mais cedo ou mais tarde.

De uma forma ou de outra, você é feliz pela filha que você teve. Mas os desígnios de Deus são insondáveis. Você vai demorar algum tempo a entender isso. O conforto dos amigos; as suas orações; as palavras de ânimo, nada disso entrará aos seus ouvidos neste momento. Só o tempo poderá ajudar você meu amigo. Portanto, tenha essa esperança, dando tempo ao tempo.

Receba o meu abraço e que Deus o abençoe.

 Armando Melo de Castro.

sábado, 10 de setembro de 2022

UM PASSEIO AO PASSADO.


                                                    Segundo ano primário Escola Estadual Padre Américo.

Para quem gosta de criança esta foto será realmente maravilhosa. E quem for uma delas, com certeza, irá se sentir muito feliz por esse momento tão significativo de sua vida. Eu daqui, vou ficar imaginando como será o pensamento de cada um, ao se deparar com esse minutinho de suas vidas guardado no coração de cada um.

Um grupo de crianças ainda no verdor dos anos, podemos entender que é o retrato da felicidade. Isso porque podemos ver e sentir que a criança não conhece bem a tristeza; não tem ganancia e nem maldade. A criança ainda não sofre a dor da saudade. A criança aprende a amar sendo amada.

Esta linda foto me foi fornecida pela minha prima Marília Sidney de Castro. Trata-se de um registro da sua turma do segundo ano primário, cuja professora era Maria das Graças de Castro, a Mariinha de Dona mariquita.

Marilia está na ponta direita da foto,  --- Interessante é que ela, mais tarde viria a ser a diretora dessa Escola.

Eu não conheço todas essas crianças, mas posso entender que o olhar da infância é um olhar sem pecado. Você que participa desse grupo, ao ver essa foto, vai voltar no prefácio da história da sua vida. E naturalmente vai sentir saudade, coisa que naquele tempo você ainda não sentia. Você vai adorar esse minutinho tão significativo guardado por tanto tempo para a alegria do brilho dos seus olhos.

Gostaria que cada participante que se identificar como presente neste documento tão interessante, deixe aqui um pequeno comentário para atender aqueles, que gostariam de reencontrar com os antigos colegas; se inteirar de onde estão; trocando informações, buscando notícias, inclusive da professora, no sentido de um reencontro, hoje tão fácil através da internet. Essa pequena iniciativa, vai, com certeza, se identificar com o objetivo de nosso Grupo Sô das Candeias como muito orgulho. --- Afinal, entre tantos colegas, evidentemente houve uma dispersão por ordem natural da vida.

Lembrando aqui a canção do Cantor Francisco Alves, onde se via o coral de Crianças cantando a canção da criança:

“Criança Feliz, Feliz a cantar, alegre a embalar um sonho infantil.! Oh meu Bom Jesus, que a todos conduz olhai as crianças do nosso Brasil”.


Um abraço a todos.

 

Armando Melo de Castro.

 

 

 

 

 

 

 


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

AS MULHERES.

                                                                             Celina Guimarães Viana

 Recentemente numa viagem que fiz a Belo Horizonte, tomei aqui próximo de minha residência um taxi para me conduzir até a rodoviária. E o condutor do taxi era uma mulher muito simpática e atenciosa. ---- Chegando a rodoviária, ao tomar o ônibus, defrontei-me novamente com uma mulher motorista daquele ônibus. -------

 Uma mulher miúda e sorridente. Diante da baixa estatura  daquela motorista, inspirei-me a lhe dizer: “Minha vida está em suas mãos, cuide bem dela” E ela gentilmente com um sorriso espontâneo me disse: “O senhor pode ficar tranquilo porque as minhas mãos estarão nas mãos de Deus”. Observei durante a viagem tratar-se de uma excelente motorista, tranquila e com gosto pela profissão.

 Eu tenho observado que a mulher, felizmente, pouco a pouco vem tomando o seu lugar na sociedade, fazendo sumir dos ouvidos o antigo termo de que a mulher é o sexo frágil. Se observarmos podemos ver que existem muito mais viúvas do que viúvos. E a mulher de frágil não tem absolutamente nada. Entendo que o homem pode até ser fisicamente mais forte, mas nos demais termos a mulher é bem mais resistente.

 No passado eu me recordo o quanto a vida das mulheres era difícil. Elas se levantavam cedo e já começavam com a luta pela vida. Fazer o café... O café era torrado e moído em casa; lavar roupa, cuidar dos filhos, arrumar a casa etc. Isso era uma rotina diária. Fazer as refeições diárias não era tão fácil como nos dias atuais.

 Não existiam geladeiras, e nem fogões a gás e as donas de casa tinham que fazer almoço e janta. Até hoje existem homens criados neste esquema, que não se acostumaram a jantar com comida requentada. – E a esposa tem que arcar com a labuta de fazer almoço e janta. As casas, nem todas, tinham água corrente, muitas tinham que ir para os córregos lavar as roupas de suas família, e muitas dessas donas de casa ainda lavavam roupa para fora. ---

 Meu Deus! Como era difícil a vida de uma dona de casa. Elas não tinham sábado, domingo e nem feriado. Muitas trabalhavam doentes. O dinheiro nesse tempo era raro principalmente nas pequenas cidades como a nossa Candeias, num tempo em que as famílias não tinham controle de natalidade. E como diziam, era um no bucho e outro no saco. --- Saia um entrava outro. --- Quantas mães morriam durante o parto sem ter a gloria de criar o seu filho... Principalmente nas roças. ---- Quando se via uma mulher grávida, era como se visse alguém sob o jugo da morte. Um exemplo, foi a Sra. Mãe do nosso querido Monsenhor Castro, que não conheceu a sua mãe, que teria falecido 20 dias após o seu nascimento com complicações com o parto. O Monsenhor foi criado pelos seus avós maternos.

 E quantas não tinham que ainda tolerar os maridos que muitas das vezes bebiam e pioravam a vida dessas mulheres ainda mais. --- Por mais abastada que fosse a família, a vida da mulher era difícil. Seria difícil relatar tudo aqui neste pequeno texto, porque ainda tinham que enfrentar o machismo de certos maridos, que além disso não tinham a responsabilidade com a manutenção da casa, deixando faltar alimentos, levando essas senhoras a buscar recursos na lavação de roupas e na costura.

 Hoje, as coisas ficaram muito mais fácil. O feijão é fácil de ser escolhido porque praticamente não existem pedras como antigamente.  Um par de cuias era a ferramenta das mulheres para lavar o arroz e apurar as pedras. Lembro-me de minha querida mãe, cantando e lavando arroz para o almoço e quando às vezes ouvi ela dizer: “Nossa esse arroz é a pura pedra. Hoje, o arroz nem precisa ser lavado e pedra no arroz é coisa do passado. ---

 A mulher de hoje, principalmente as filhas de famílias de pouca renda, não faz ideia como foi a vida de suas avós. Ainda falta muito para a mulher ser verdadeiramente reconhecida. Mas estamos chegando lá. Hoje a mulher está integrada com mais força na sociedade, apesar de ainda estar faltando muito para assumir o seu verdadeiro lugar. Mas não podemos negar que elas estão vencendo a batalha da igualdade. Afinal, a nossa população de 216 milhões de brasileiros, 52% é de mulheres e 48% são dos homens. Isso quer dizer que existem mais mulheres  e em bom número, do que homens. E hoje já estamos vendo as mulheres em todos os seguimentos da sociedade, inclusive se despontando na politica.

 Uma mulher que não pode nunca ser esquecida, principalmente pelas mulheres, é o da professora  CELINA GUIMARÃES VIANA que faz parte da história brasileira como a primeira eleitora mulher registrada a votar no nosso país. --- Celina não foi a primeira eleitora por acaso. ---- Ela lutou muito por isso como ativista. Ela foi uma mulher que voou, navegou e caminhou no seu tempo. Foi protagonista em seu trabalho de professora no Estado, no Rio Grande do Norte. Naquele tempo os estados tinham autonomia na legislação eleitoral e a Constituição do Brasil, não proibia as mulheres de fazer o uso do voto. E o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado a se organizar sobre o primeiro voto da mulher cujo registro data de 25 de novembro de 1927.

 Celina Guimarães Viana, era potiguar, nasceu em Natal Rio Grande do Norte, em 15 de novembro 1890. Casou-se em 1911 com Eliseu Oliveira Viana, com quem viveu por toda a vida.

 Faleceu em Belo Horizonte, em 11 de julho de 1972. Um exemplo para a mulher brasileira que vem lutando pelo seu espaço.

 Armando Melo de Castro.

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

UMA CAUSA POR DOIS LITROS DE LEITE.


 Reclamar é um direito sem dúvida, e pode ser também até uma necessidade. Mas entendo que uma reclamação tem que ser fundamentada. Reclamar de tudo e de todos mostra ser, a meu ver, uma pessoa pedante e pouco esclarecida.

Uma reclamação merece, portanto, uma causa justa e dirigida ao verdadeiro responsável pela causa. Mas a grande parte das pessoas vivem reclamando de tudo e para quem não tem nada a ver com a causa.

Uma reclamação deve antes ser estudada, pensada e fundamentada. Mas infelizmente tem gente que sai reclamando a torto e a direita. – Reclamam do espinho da roseira, mas não se lembram que o espinho traz a rosa. Não sabem que na vida todo custo traz algum benefício.

Reclama dos preços, para o dono do armazém. Não se lembra por exemplo que aquele ali está é um intermediário, ele vende o que comprou pois não foi ele que plantou ou colheu o feijão que você diz que está muito caro. Aquele que plantou também teve por força  da realidade ter tido os seus custos majorados.

Reclama do preço dos remédios como se o dono da farmácia fosse o dono do laboratório que produz o remédio. Enfim: está reclamando na hora errada e para a pessoa errada. Com certeza aquele que vai enfrentar o consumidor, vive procurando ganhar mais na compra do que na venda. Isso porque o seu fornecedor sendo um para cada produto, o consumidor são vários para cada um.

Eu como os candeenses da minha era, fomos criados comendo esse tipo de produto plantados em nossos quintais e na nossa zona rural.  --- O leite, por exemplo, era trazido pelo leiteiro à nossa porta. Durante anos eu vi o grito do leiteiro à porta de nossa casa em Candeias: “Ó O LEITE!”

 Aqui próximo de minha residência, no parque Halfeld, em Juiz de Fora, tem uma feirinha aos domingos organizada por pequenos sitiantes daqui da região. Ali encontramos ovos caipira, verduras sem agrotóxicos, frango caipira já arrumado, queijo, mel de abelha, enfim, aquilo que se produz num sítio. Não são fazendeiros, são produtores limitados em pequenos pedaços de terra. --- Muitos nem dormem às vésperas desta feira preparando os seus produtos, por morarem em cidades próximas.

Eu não consigo me acostumar com o leite de caixinha, nem ovos e frangos de granja. Sabendo que nesta feira aqui bem próximo tem uma barraca de duas irmãs sitiantes, onde vendem o seu leite produzido por apenas uma vaca. Leite com o qual fazem doces de leite e alguns litros para a feira. Todas as manhãs de quinta feira eu estou lá para apanhar o meu leite. Caso eu não apareça, elas já o deixa reservado para mim quando me atraso em chegar lá. Se não vou aparecer aviso isso para elas.

São pessoas, humildes e pobres que vivem do seu trabalho no pequeno sítio do qual tiram a sua sobrevivência. E eu sempre brinco com elas perguntando se eu encontrar um lambarí no fundo da garrafa, o que é? E elas sorridente me respondem é um brinde para o senhor que é um bom freguês nosso.

Ontem quando lá estive chegou junto comigo chegou uma senhora, do tipo reclamador de tudo e de todos. – Pegou os seus dois litros de leite, normalmente vendidos em garrafas aproveitadas de refrigerantes e ao dar o preço, $ 12,00 – O preço teria sido alterado de $ 10,00 para $ 12,00 = A velha berrou em termos agressivos. Isso é um absurdo, passar o leite para 6 contos o litro. E não duvido que esse leite de vocês tem água... Essa feira aqui está uma verdadeira ladroagem. Falou, falou e ainda bordou. E olhando para mim disse: E o senhor vai pagar calado?

Eu olhei para ela e lhe disse: Minha senhora, eu não pretendia entrar nessa conversa. Mas já que a senhora me dirigiu essa pergunta cabe-me responde-la:--- Eu não penso como a senhora. Um litro de leite de caixinha, de qualidade inferior ao leite dessas senhoras, está custando mais caro  e não tem a mesma qualidade. Se a senhora ver como estão as pastagens, atualmente, o gado para sobreviver estão sendo tratados à base de ração. E ração é cara. E além disse o trabalho que essas senhoras têm para fazer chegar às nossas mãos esses dois litros de leite por apenas $ 12,00 Reais... --- Quando eu falei assim, ela virou as costas e me disse alto e em bom som: o senhor deve ser muito rico né?

E eu respondi: e o que essas senhoras tem com a sua pobreza?

Olhei para a senhora que me serviu o leite e ela estava chorando, eu tive que acalenta-la.

A palavra, às vezes, fere mais do que uma faca!

Armando Melo de Castro.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

UM EXAME DE URINA.


 --De seis em seis meses eu tenho o hábito de fazer uma bateria de exames de laboratório sem ir ao médico, para que eu mesmo faça o acompanhamento para saber se tem algum bicho me comendo, e felizmente tenho dado a sorte de que tudo vem estado normal. --- Aliás essa coisa de fazer exames de laboratório quando cai no hábito de um hipocondríaco parece que vira um vício. Não é bem o meu caso, penso eu, mas se um exame der resultado diferente do anterior, eu quero logo fazer o exame de novo ou em outro laboratório.

--Eu tive um colega de Banco em São Paulo, o Orlando, que fazia constantemente esses exames, e quando dava um resultado normal ele quase sentia um orgasmo, mas quando dava uma diferença qualquer  em comparação ao exame anterior ele corria para o médico. --- Certa vez ele fez 4 exames de PSA dentro de um mês. E em cada laboratório ele obtinha um resultado diferente. Isso o incomodava muito, até que um dia ele tomou posição.

-- Acontece que ele tomava uma cervejinha e pensava que isso não ia alterar os exames; andava de bicicleta sem saber que isso também prejudicava o resultado. Tomava o comprimidinho de cibalena e não imaginava que esse medicamento, então corriqueiro, poderia alterar o resultado dos exames. Ele apenas diminuía, mas achava que um simples copo de cerveja não iria nunca colaborar para um efeito negativo pois já teria o mijado no dia anterior.

-- A única coisa que Orlando, cumpria rigorosamente era as trepadinhas, isso porque também já não era muito chegado. Coitado,  a mulher dele era daquele tipo bruaca. E ele mesmo dizia que com mulher ele vivia roendo o ruído.

 --Eu conheci a esposa do Orlando numa visita que lhe fiz na sua residência em Guarulhos  na grande São Paulo. Conclui que se fosse feito um concurso  para a mulher mais feia de Guarulhos, ela poderia não ganhar em primeiro lugar, mas em segundo eu apostaria. Ela não possuía absolutamente nada que pudesse atrair um olhar masculino.

--Mas voltando ao laboratório. A última vez que estive num laboratório para os exames de rotina, aconteceu um fato engraçado. Era um laboratório recém fundado, o pai do dono era meu amigo e eu resolvi experimenta-lo para comparar com os exames anteriores feitos no então laboratório de meu costume.

Na espera de atendimento havia uma senhora do padrão da esposa do Orlando. Se fosse feito na cidade de Divinópolis um concurso para escolher a mulher mais feia, ela ganharia não em segundo lugar, mas em primeiro. Eu apostaria.  Dava para pensar que ela estava ali aguardando um exame para dotes físicos.

Apresentou-se ao atendente com um vidro improprio para colheita de urina. Dava para supor um meio litro de urina. --- O jovem que a atendia, perguntou-lhe o horário em que aquele material teria sido colhido. E ela então respondeu que fora na noite anterior  lá na roça. Fizeram as contas e a urina já teria sido colhida há 12 horas. No que o atendente disse que aquele material já estaria sendo impróprio para o exame. --- Diante do clamor daquela senhora porque teria que voltar ao médico para levar o exame, o atendente disse-lhe que ela poderia colher ali no laboratório o material necessário, e para isso lhe forneceu um pequeno recipiente próprio para tal e indicou-lhe a cabine feminina. ---- Acontece que a cabine onde teria sido apropriada para isso, dividida em duas, uma para senhoras e outra para homens, ficava muito próximo daquela sala de espera.

Aquela senhora então, entra para aquele cubículo extremamente acanhado e não saia de lá. A sala de espera lotada de clientes aguardando para serem atendidos, inclusive alguém esperava a liberação do cubículo, quando na maior altura ouvirmos o som estridente de um peido. Daqueles tipo metralhadora quando solta uma saraivada de balas.

De repente a porta daquela pequena cabine se abre, e aquela senhora sai, com a cara de quem estava voltando do inferno, colocou o vidrinho vazio sobre o balcão, e saiu resmungando e a gente ouviu quando ela saiu pela escada dizendo: “ Prifiiro morrê imlubrigada do vorta aqui nessa merda”.

As pessoas gostam do mal feito! Quem não riu teve vontade!

Armando Melo de Castro.