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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

UM EXAME DE URINA.


 --De seis em seis meses eu tenho o hábito de fazer uma bateria de exames de laboratório sem ir ao médico, para que eu mesmo faça o acompanhamento para saber se tem algum bicho me comendo, e felizmente tenho dado a sorte de que tudo vem estado normal. --- Aliás essa coisa de fazer exames de laboratório quando cai no hábito de um hipocondríaco parece que vira um vício. Não é bem o meu caso, penso eu, mas se um exame der resultado diferente do anterior, eu quero logo fazer o exame de novo ou em outro laboratório.

--Eu tive um colega de Banco em São Paulo, o Orlando, que fazia constantemente esses exames, e quando dava um resultado normal ele quase sentia um orgasmo, mas quando dava uma diferença qualquer  em comparação ao exame anterior ele corria para o médico. --- Certa vez ele fez 4 exames de PSA dentro de um mês. E em cada laboratório ele obtinha um resultado diferente. Isso o incomodava muito, até que um dia ele tomou posição.

-- Acontece que ele tomava uma cervejinha e pensava que isso não ia alterar os exames; andava de bicicleta sem saber que isso também prejudicava o resultado. Tomava o comprimidinho de cibalena e não imaginava que esse medicamento, então corriqueiro, poderia alterar o resultado dos exames. Ele apenas diminuía, mas achava que um simples copo de cerveja não iria nunca colaborar para um efeito negativo pois já teria o mijado no dia anterior.

-- A única coisa que Orlando, cumpria rigorosamente era as trepadinhas, isso porque também já não era muito chegado. Coitado,  a mulher dele era daquele tipo bruaca. E ele mesmo dizia que com mulher ele vivia roendo o ruído.

 --Eu conheci a esposa do Orlando numa visita que lhe fiz na sua residência em Guarulhos  na grande São Paulo. Conclui que se fosse feito um concurso  para a mulher mais feia de Guarulhos, ela poderia não ganhar em primeiro lugar, mas em segundo eu apostaria. Ela não possuía absolutamente nada que pudesse atrair um olhar masculino.

--Mas voltando ao laboratório. A última vez que estive num laboratório para os exames de rotina, aconteceu um fato engraçado. Era um laboratório recém fundado, o pai do dono era meu amigo e eu resolvi experimenta-lo para comparar com os exames anteriores feitos no então laboratório de meu costume.

Na espera de atendimento havia uma senhora do padrão da esposa do Orlando. Se fosse feito na cidade de Divinópolis um concurso para escolher a mulher mais feia, ela ganharia não em segundo lugar, mas em primeiro. Eu apostaria.  Dava para pensar que ela estava ali aguardando um exame para dotes físicos.

Apresentou-se ao atendente com um vidro improprio para colheita de urina. Dava para supor um meio litro de urina. --- O jovem que a atendia, perguntou-lhe o horário em que aquele material teria sido colhido. E ela então respondeu que fora na noite anterior  lá na roça. Fizeram as contas e a urina já teria sido colhida há 12 horas. No que o atendente disse que aquele material já estaria sendo impróprio para o exame. --- Diante do clamor daquela senhora porque teria que voltar ao médico para levar o exame, o atendente disse-lhe que ela poderia colher ali no laboratório o material necessário, e para isso lhe forneceu um pequeno recipiente próprio para tal e indicou-lhe a cabine feminina. ---- Acontece que a cabine onde teria sido apropriada para isso, dividida em duas, uma para senhoras e outra para homens, ficava muito próximo daquela sala de espera.

Aquela senhora então, entra para aquele cubículo extremamente acanhado e não saia de lá. A sala de espera lotada de clientes aguardando para serem atendidos, inclusive alguém esperava a liberação do cubículo, quando na maior altura ouvirmos o som estridente de um peido. Daqueles tipo metralhadora quando solta uma saraivada de balas.

De repente a porta daquela pequena cabine se abre, e aquela senhora sai, com a cara de quem estava voltando do inferno, colocou o vidrinho vazio sobre o balcão, e saiu resmungando e a gente ouviu quando ela saiu pela escada dizendo: “ Prifiiro morrê imlubrigada do vorta aqui nessa merda”.

As pessoas gostam do mal feito! Quem não riu teve vontade!

Armando Melo de Castro.

 

 

 

 


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