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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

AO AMIGO DIVINO MACHADO.

                                                                   Sidneia Alvarenga
 

 A morte de um filho só pode ser avaliada pelos pais que perderam um filho. É uma dor sem nome; é um sofrimento tão grande que jamais alguém o desejaria para o seu maior inimigo. Eu não acredito que possa existir um sofrimento maior. É natural o sentimento pela morte dos pais. Afinal, os filhos são, desde criança, preparados para enterrar os seus pais. Mas os pais nunca estarão preparados para enterrar um filho.

O falecimento de sua filha, nossa tão querida amiga Sidneya, meu caro Divino, deixou-me sem palavras no momento em que essa notícia chegou a mim. Conheço bem esse momento de vida que você passa porque já passei por ele meu amigo. Momento em que nos leva a pensar que nada na vida paga a pena. Parece que o céu escurece e que o sol não voltará. Sentimo-nos subtraídos, infelizes, e a cabeça parece que não pensa mais nada de bom, porque naquele momento tudo se transforma.

Eu perdi uma filha aos 30 anos de idade nessas mesmas circunstâncias meu caro Divino. E sei o quanto é difícil. Mas Deus não nos abandona, mais cedo ou mais tarde Ele lhe enviará o consolo, mas a saudade fica, esta será eterna para o seu coração. Enterrar um filho é o mesmo que enterrar um pedaço de si. Parece até que nunca mais teremos a mesma alegria, é como se fosse um fim. Mas o conforto de Deus vem nos encontrar. Mais cedo ou mais tarde.

De uma forma ou de outra, você é feliz pela filha que você teve. Mas os desígnios de Deus são insondáveis. Você vai demorar algum tempo a entender isso. O conforto dos amigos; as suas orações; as palavras de ânimo, nada disso entrará aos seus ouvidos neste momento. Só o tempo poderá ajudar você meu amigo. Portanto, tenha essa esperança, dando tempo ao tempo.

Receba o meu abraço e que Deus o abençoe.

 Armando Melo de Castro.

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