Poucas são as cidades que
têm o privilégio de possuir uma corporação musical que venceu todas as
dificuldades durante anos e mais anos, mas não deixou de existir graças ao amor
dedicado por todos aqueles que dela participaram no decorrer dos tempos.
A Corporação Musical Nossa
Senhora das Candeias, é um capítulo vivo da nossa história. É motivo de muita
alegria, saber que esse capítulo continua sendo escrito e com muito carinho
pelos atuais integrantes.
Esta foto me transporta ao
passado. Leva-me à minha juventude e faz com que eu sinta presente bem ali ao
lado do fotógrafo que guardou este momento tão significativo para mim, e, com
certeza, significativo para muitos candeenses.
Posso me imaginar estar
acompanhando a procissão da sexta feira santa, ou estar à porta da Igreja
Matriz em épocas das barraquinhas; dos ensaios, na alfaiataria do Sr. Abelino
Salviano... Parece até que foi ontem e eu posso ouvir o som da retreta nas
datas comemorativas, dessa nossa querida “FURIOSA” carinhosamente denominada pelos
candeenses brincalhões.
A saudade é um trem danado!
Parece até coceira de bicho de pé; ou então um vazio daquilo que esteve e não
está. É uma coisa que parece que foi e não foi; é um sentimento doído que ocupa
um espaço imenso dentro da gente e que vai enchendo até transbordar pelos buracos
dos olhos.
Esta foto realmente me
sacudiu... E como diria um primo meu, ela me “balangou” por dentro vendo esses
amigos e recordando deles... Américo Bonaccorsi, Chico do Sudário, Nicodemos
Ribeiro, Chico de Assis, João Virgílio Ribeiro, Zinho Borges, Ninico Ribeiro, Antônio
Salviano, Zé Pretinho, Emílio Langsdoff e Bibiu. As crianças me confundem, mas
suponho que entre elas estão a Clarinha e o Wagner do Zinho e a Jussara do
Chico do Sudário.
Tem gente que gosta de matar a saudade, mas eu não. Portanto, numa emulação ao poeta Adalberto Dutra, eu digo: “Eu não mato a saudade! Eu deixo a saudade viver! Afinal, um coração sem saudade, perde a razão de bater”.
Lembro-me perfeitamente
desse grupo e desse tempo. Sinto muita saudade. E esta saudade não morrerá
dentro de mim, ela morrerá junto de mim.
A esses amigos que já partiram, onde quer que estejam recebam o meu abraço, como também, àqueles que felizmente ainda estão entre nós.
Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.
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