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quarta-feira, 2 de março de 2016

CARTA ABERTA AO PREFEITO DE CANDEIAS MG


                         CARTA ABERTA AO PREFEITO DE CANDEIAS MG.
Candeias, 03 de março de 2016
Ilmo. Sr.
Hairton de Almeida
Prefeito de Candeias Minas Gerais.

Senhor Prefeito:

É de conhecimento popular que o senhor foi servidor público na gestão do ex-prefeito e também seu antecessor.
Era sua competência, naquela época, ouvir as reivindicações do povo candeense em seus diversos setores e as repassar ao prefeito, sendo assim, era tarefa sua ser o porta voz da sociedade candeense.
Isso significa que o senhor foi do prefeito anterior a pessoa da mais inteira confiança e o que, naturalmente, deu motivo para que o lançasse como candidato para ser seu sucessor dando-lhe, por questões óbvias, total apoio.

Lançado o seu plano de governo, com o apoio do prefeito anterior, o senhor deu a entender ao povo de Candeias que o Município estaria com todas as contas municipais, rigorosamente, em dia. O senhor prometeu a continuidade e uma centena de melhorias para todos os segmentos do Município. Promessas essas que foram divulgadas e assinadas, inclusive, com fotos e nomes de diversos deputados, como também, do então governador do Estado, Antônio Anastasia e do senador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Hoje, após três anos de mandato, os eleitores responsáveis pela sua escolha no cargo majoritário da administração municipal estão, naturalmente, frustrados diante da completa ausência de políticas públicas para todos os segmentos. Observa-se, a olho nu, que o Município não foi colocado em boas mãos; promessas foram um sonho que não se realizou; nada mais foi do que uma tremenda demagogia; uma completa falta de respeito e um acúmulo de enganações. Candeias encontra-se em um verdadeiro caos. Em tudo existem problemas; o povo está, em sua grande maioria, insatisfeito, com os recursos básicos em visível falta. Nada do que foi prometido foi cumprido e o silêncio do prefeito incomoda.

Diante de tal situação, vejamos o que se há de se concluir:

O senhor foi eleito, apresentando ser um gestor comprometido com o prefeito anterior, formando uma oligarquia que não pretende ceder o poder.

O senhor nomeou o ex prefeito para um dos seus servidores como assessor jurídico da PREVICAM. Este, então, acostumado a ser o prefeito, não se deu bem no referido cargo diante de cobranças quanto às irregularidades. Em virtude deste desencontro, o ex-prefeito, então um simples servidor, pediu exoneração do cargo que lhe rendia um salário em torno de R$3000,00.

Vejam como funciona a oligarquia: o prefeito anterior passou a ter o seu indicado como o seu chefe, o seu superior. Ele não deu certo no cargo que lhe fora cedido na atual administração, entretanto, continua opinando nos destinos do Município. Popularmente, isso é conhecido como sendo "da mesma panela ou farinha do mesmo saco."

PERGUNTA-SE, ENTÃO, AO ATUAL PREFEITO DE CANDEIAS -- MINAS GERAIS:
O senhor tem plena convicção de que a crise candeense é, exclusivamente, em virtude da crise nacional? Acha justo comparar Candeias com municípios, sabiamente, mal administrados?
Sabemos que as suas justificavas são, em grande parte, infundadas, porque em suas comparações existem muitos municípios que recebem não só os recursos básicos como, também, outros benefícios. Qualquer cidadão lúcido pode conferir esses dados disponíveis entre os 853 municípios do Estado de Minas Gerais.
O senhor culpa a crise, mas e o seu salário foi diminuído? O salário dos vereadores, da mesma forma, foi diminuído? E a verba de gabinete, ela foi diminuída? E o salário de seus secretários que pouco estão fazendo, foram diminuídos a exemplo de outros municípios?
Falam-se, pelas ruas de Candeias, que a despeito de toda essa crise administrativa, ocorreram até contratos recentes para cargos comissionados. A voz do povo é a voz de Deus! Se isso for verdade, o senhor não está caindo em contradição?
O senhor sabe Prefeito, que o nosso Município está muito humilhado no índice do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, ou seja, O IDHM?
O Município de Candeias está sendo comparado com municípios muito menores em todos os sentidos, em uma desproporção assustadora e isso significa municípios mal administrados.
Onde estão os recursos básicos, senhor Prefeito? Os recursos básicos não deixam de vir, não! As crises tiram apenas o pé do acelerador, param-se as obras menos prioritárias, ou o senhor esqueceu-se de que existem os orçamentos da União e dos Estados. Portanto, os recursos básicos não deixam de vir por motivo de crise, simplesmente, é uma questão de saber administrar em um período de crise.
O senhor tem que explicar isso! Não basta dizer palavras ao vento ou bater, simplesmente, sobre a crise nos microfones da Rádio. O senhor tem que oficializar essas informações porque é um direito do povo saber e um dever do senhor informar. O povo precisa saber por que nesta crise envolve lâmpadas apagadas nos postes? Por que envolve as ruas cheias de mato? E o que ainda é mais grave, por que envolve o atraso de pagamento de servidor? E ainda muitas outras coisas que não podem ser atribuídas a uma crise nacional. O mundo de hoje tem ampla informação e tentar esconder do povo a incompetência é dar um tiro no próprio pé.
UMA PERGUNTA MUITO IMPORTANTE, SENHOR PREFEITO:
O senhor recebeu a administração do município com todas as contas em dia? Recebeu com todas as obrigações previdenciárias corretas? Enfim, estava tudo certinho para que não houvesse nenhum embargo, nenhum impedimento ou dificuldades para o recebimento de recursos básicos para a sobrevivência do Município?
Todavia, está faltando recursos básicos para a sobrevivência do nosso Município e os motivos disso são normalmente muito graves.
CONFIRMAMOS A PERGUNTA AO PREFEITO DE CANDEIAS:
O senhor nunca comentou sobre as contas deixadas pelo prefeito anterior. O senhor tem certeza de que estava tudo certo? Tem certeza de que recebeu o município sem irregularidades?
O senhor não disse que iria fazer uma porção de coisas?
O senhor, como assessor do prefeito anterior, sabia da situação de Candeias, e na sua campanha dissera que estava tudo certo não foi?
O senhor se lembra de como foi o seu discurso? As instituições municipais estavam todas sem problemas?
O Matadouro Municipal estava regular?
As escolas municipais, enfim, não tinha nada de errado?
Ou o senhor vai continuar colocando a culpa na crise. Isso aí, prefeito, o senhor me desculpe, entretanto, já está se tornando piegas. Crise, senhor prefeito, nós sabemos que existe, sempre existiram e sempre existirão! Elas atrapalham, porém, não são as causas prioritárias. O senhor precisa saber disso!
Portanto, se o prefeito anterior passou ao senhor a prefeitura com as contas em dia, tudo certinho, por pior que a crise que estamos vivendo, estivesse aí, como está, como explicar que em apenas três anos, ela conseguiu fazer um estrago tão grande no nosso Município? Olha Sr. Prefeito, Candeias está irreconhecível!
Portanto, se o senhor recebeu há três anos, o município de Candeias certinho, das mãos do seu antecessor, com as contas em dia, recebendo normalmente os recursos básicos; folha de pagamento sem perspectivas de atrasos e outras responsabilidades que não viesse a impedir a sua boa administração, deveria o senhor dá a entender que não entende nada de administração pública porque conseguiu colocar o município que o povo candeense lhe confiou numa situação constrangedora, humilhante e revoltante.
Agora, se o senhor tem as suas razões para isso, porque não divulgá-las e sair desse silêncio? O seu silêncio, senhor prefeito, lhe leva a um jugo perante o povo que lhe colocou no poder.
A voz do povo sabe que o senhor como funcionário do Estado de Minas Gerais tem uma renda inferior a R$2000.00, entretanto, chefiar a administração pública, como prefeito, lhe proporciona dez vezes mais esta quantia...
Assim, senhor prefeito, como o senhor recebeu o município com as contas em dia, corretas, sem dívidas, tudo certinho há três anos e conseguiu fazer do município todo esse desmando, fica o povo com a indagação: O que aconteceu????
Desculpe-me ter sido repetitivo nas perguntas, é que eu queria que ficassem bem claras.

Armando Melo de Castro

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