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quarta-feira, 9 de março de 2016

O MEU AMIGO GUILHERME RIBEIRO DO NASCIMENTO.

                                                                                  Foto Deoclécio Ribeiro.


Tudo nos é tomado diante da morte. E os amigos, sobretudo, os bons amigos, estão na relação de grandes perdas. Um amigo contemporâneo; amigo de colégio; um amigo de trabalho; um amigo que sorriu que chorou que sofreu junto de nós se vai levado pela morte é como se deixasse para nós um mundo maior e menos populoso.

Estou falando do meu amigo Guilherme Ribeiro do Nascimento, sepultado no último dia 07 de março em Candeias. Uma amizade que começou quando ele ainda adolescente, trabalhava na Farmácia São Geraldo, do Sr. Darciro Corrêa. Depois, moramos numa “república” e trabalhamos juntos durante anos em São Paulo. Depois nós fomos transferidos para Minas, eu fui para um lado ele foi para o outro. Aposentamos como gerentes do Bemge-Banco do Estado de Minas Gerais. Antes de sua morte ele residia em Campo Belo onde por várias vezes eu o visitei junto de meu amigo Antônio Macêdo. Por ocasião e sua morte, eu me encontrava em Candeias onde ele foi enterrado.

Nascemos na mesma cidade e no mesmo dia sob o mesmo signo de capricórnio. Depois mudamos para a mesma cidade onde bebemos da mesma cerveja e da mesma água. Comemos da mesma comida e assistimos juntos aos filmes do ator, do qual Guilherme era grande fã e se comportava como uma criança nas cenas violentas do “mocinho” vencendo os bandidos. ---- Trabalhamos para o mesmo patrão e ganhamos do mesmo dinheiro. Falamos o mesmo assunto... Moramos sob o mesmo teto, pois vivíamos numa república em São Paulo. Tivemos as mesmas saudades e amamos com o mesmo amor a nossa cidade de Candeias. ----

Ah como eu gosto de recordar o seu romance com a candeense Benta... A sua gelada preferida nenhuma cerveja lhe servia se não fosse Brahma; o seu gosto pelo futebol, quando íamos aos domingos assistir umas “peladas” numa várzea do bairro das Perdizes em São Paulo. Quando a nossa turma da república o nomeou o presidente da república. Ele dava aquela risada gostosa e dizia: “Eu sou o presidente da República, vocês tratam-se de me obedecer...” São muitas as boas lembranças sobre o meu caro amigo Guilherme.

Vivenciar aquele momento do sepultamento desse amigo; vê-lo sendo trancado inerte naquela urna, sendo depositado num túmulo para nunca mais ser visto ou ouvido, foi para mim um grande sentimento de ausência, mas jamais um sentimento de perda.

Amizade como essa, só pode ser demolida com a morte de ambos. Portanto, meu bom e querido amigo Guilherme, onde quer que esteja sido colocado por Deus, a nossa amizade continuará viva, muito viva nas minhas lembranças, porque temos uma grande história de vida; uma história de dias, meses e anos, quando dividimos alegrias e tristezas; história que só terá o seu fim quando nós estivermos no mesmo plano novamente.

Os bons amigos não morrem. Eles ficam guardados nos nossos corações. Onde quer que esteja meu caro e eterno amigo, receba o meu abraço.

Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.








Um comentário:

Unknown disse...

Quando entrei no Banco em São Paulo, Guilherme já era procurador, fui pra B.Hte e viemos encontrar novamente na Regional de Varginha onde tivemos a oportunidade de ter uma convivência muito próxima, esteve internando aqui em Varginha, e quando agente chegava para visitar ele fazia uma verdadeira festa.