(Relâmpagos
da minha mente)
Chico
Buarque de Holanda, tem uma fama danada. Mas coitado, se dependesse de mim para
comprar um de seus discos ou assistir um de seus shows, ele morreria de fome. Eu
o acho o tipo do Chico cantor cujas músicas pode ter de tudo que a cultura, a
arte e a filosofia exprimem, mas eu não gosto. Eu sei que tem gente que fala
que gosta dele apenas para se exaltar. Deve achar chique falar do Chico. Pois
para mim, que me desculpem os seus fãs: ser fã de chico Buarque de Holanda é um
tremendo mal gosto. Eu o acho um cara chato; aborrecível; metido, e quando ouço
alguém falar que o adora, que é seu fã, vem logo na minha imaginação a compatibilidade
de ambos. --- Eu digo assim com toda franqueza, porque naturalmente estou lhes
dando o direito de falar que sou um adepto da brega. E sou mesmo. Sou um “bregão”.
Eu gosto de música cantada por cantor de boa voz e musica que fala de amor, mas
um amor que eu aprendi a entender. Gosto de música que mostre cultura, mas a
cultura que eu conheço; gosto de musica que tem filosofia, mas filosofia que
entende as batidas do coração. Portanto, que Chico Buarque de Holanda continue
não entrando nos meus ouvidos.
Mas
temos que entender que a diversidade humana deve mesmo existir. Eu conheci Em
Candeias duas pessoas, o Alvino Ferreira o carcereiro, e Dona Ester a esposa do
Sr. João de Paiva. --- Alvino adorava lavar defuntos. E como ele era barbeiro,
não deixava ninguém lá da Vila vicentina ser enterrado barbudo ou cabeludo. Eu
era rapazinho, também irmão de São Vicente, o ajudei por várias vezes nesse
trabalho.
Dona
Ester, quando não era chamada para lavar uma defunta ela ficava aborrecida. Dizia que teriam feito pouco caso dela. E quando ela chegava se achava a dona da
morta. Já chegava com um punhado de flores, e preparava o banho com folhas de
alecrim e umas outras folhas que ela colocava no banho quando dizia que era
para a morta ir embora bem limpinha.
O
enfermeiro Francisco Quintino, que prestou serviço na saúde por muito anos em
Candeias, como também
jogador e técnico do meu querido Rio Branco de Candeias, adorava comer sardinha
com marmelada ou goiabada. E eu experimentei e gostei. Quando falo isso para
alguém dizem que tenho mau gosto. Ora se tenho mau gosto... eu já comi cobra,
tatú, rã e vou ser verdadeiro, uma das carnes mais exóticas que já
experimentei, foi a de gambá. O Gambá é o bicho mais asseado que existe. O
cheiro não agradável que ele exala, é simplesmente a sua defesa. Afinal, todo
animal tem a sua forma de se defender, inclusive nós humanos.
Certa vez eu fui com o meu avô
que era muito amigo do Sr. André Pulhez, no Beco do Botafogo, hoje Rua com o
nome desse morador daquela rua, e quando lá chegamos ele estava vindo da manteigueira
do Bonaccorsi, que ficava um pouco mais abaixo de sua casa. --- Sr. André teria
ido até lá buscar gelo para colocar no seu café. Ele gostava de café gelado. E
nos ofereceu. Meu avô quis experimentar, e claro eu também experimentei e
gostei. Aqui na minha casa de vez enquanto eu coloco uma garrafinha de café na
geladeira e depois ao tomar fico a lembrar do Sr. André Pulhes.
Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.
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