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sábado, 3 de dezembro de 2022

GOSTO NÃO SE DISCUTE.


 (Relâmpagos da minha mente)

 Chico Buarque de Holanda, tem uma fama danada. Mas coitado, se dependesse de mim para comprar um de seus discos ou assistir um de seus shows, ele morreria de fome. Eu o acho o tipo do Chico cantor cujas músicas pode ter de tudo que a cultura, a arte e a filosofia exprimem, mas eu não gosto. Eu sei que tem gente que fala que gosta dele apenas para se exaltar. Deve achar chique falar do Chico. Pois para mim, que me desculpem os seus fãs: ser fã de chico Buarque de Holanda é um tremendo mal gosto. Eu o acho um cara chato; aborrecível; metido, e quando ouço alguém falar que o adora, que é seu fã, vem logo na minha imaginação a compatibilidade de ambos. --- Eu digo assim com toda franqueza, porque naturalmente estou lhes dando o direito de falar que sou um adepto da brega. E sou mesmo. Sou um “bregão”. Eu gosto de música cantada por cantor de boa voz e musica que fala de amor, mas um amor que eu aprendi a entender. Gosto de música que mostre cultura, mas a cultura que eu conheço; gosto de musica que tem filosofia, mas filosofia que entende as batidas do coração. Portanto, que Chico Buarque de Holanda continue não entrando nos meus ouvidos.

 Mas temos que entender que a diversidade humana deve mesmo existir. Eu conheci Em Candeias duas pessoas, o Alvino Ferreira o carcereiro, e Dona Ester a esposa do Sr. João de Paiva. --- Alvino adorava lavar defuntos. E como ele era barbeiro, não deixava ninguém lá da Vila vicentina ser enterrado barbudo ou cabeludo. Eu era rapazinho, também irmão de São Vicente, o ajudei por várias vezes nesse trabalho.

 Dona Ester, quando não era chamada para lavar uma defunta ela ficava aborrecida. Dizia que teriam feito pouco caso dela. E quando ela chegava se achava a dona da morta. Já chegava com um punhado de flores, e preparava o banho com folhas de alecrim e umas outras folhas que ela colocava no banho quando dizia que era para a morta ir embora bem limpinha.

 O enfermeiro Francisco Quintino, que prestou serviço na saúde por muito anos em Candeias, como também jogador e técnico do meu querido Rio Branco de Candeias, adorava comer sardinha com marmelada ou goiabada. E eu experimentei e gostei. Quando falo isso para alguém dizem que tenho mau gosto. Ora se tenho mau gosto... eu já comi cobra, tatú, rã e vou ser verdadeiro, uma das carnes mais exóticas que já experimentei, foi a de gambá. O Gambá é o bicho mais asseado que existe. O cheiro não agradável que ele exala, é simplesmente a sua defesa. Afinal, todo animal tem a sua forma de se defender, inclusive nós humanos.

 Certa vez eu fui com o meu avô que era muito amigo do Sr. André Pulhez, no Beco do Botafogo, hoje Rua com o nome desse morador daquela rua, e quando lá chegamos ele estava vindo da manteigueira do Bonaccorsi, que ficava um pouco mais abaixo de sua casa. --- Sr. André teria ido até lá buscar gelo para colocar no seu café. Ele gostava de café gelado. E nos ofereceu. Meu avô quis experimentar, e claro eu também experimentei e gostei. Aqui na minha casa de vez enquanto eu coloco uma garrafinha de café na geladeira e depois ao tomar fico a lembrar do Sr. André Pulhes.

 Armando Melo de Castro

Candeias MG Casos e Acasos.


 


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