Ao passar em frente à casa lotérica, consultei a carteira e vi que ainda tinha uma quantia em dinheiro para participar do sorteio da Mega Sena da virada, sobrando-me poucos reais disponíveis. Com o advento do cartão de crédito/débito tornou-se desnecessário portar grandes importâncias em dinheiro na carteira. Por ali, me encontrei com alguns amigos, sentei-me num banco da praça, entrei e sai do carro e ao chegar à referida agência bancária, dei pela falta de minha carteira contendo documentos, cartão de crédito e alguns reais.
E como a situação requer uma ocorrência policial, fui questionado onde eu teria perdido o objeto, o que seria muito fácil se eu soubesse. Tomei as providências junto ao Banco, no sentido de sustar quaisquer pagamentos indevidos e providenciei uma nova via de documentos.
Quem já perdeu algum dia, uma bolsa de documentos, naturalmente, saberá o que senti diante do ocorrido.
Um ano após o ocorrido, já em 2013, esta carteira chega as minhas mãos, através do Banco, enviada por um anônimo sem os poucos reais e com um bilhete:
“Toma a sua carteira seu filho da puta. Vê se da próxima vez que perdê-la perca com algum dinheiro seu pobretão duma figa.”
A vida é uma escola que, por muitas vezes, nos ensina lições dolorosas.
Armando Melo de Castro
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