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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

HOJE, A MÃE MARIA VAI DAR A LUZ AO MENINO JESUS.


Estamos em plena véspera de natal. 24 de dezembro de 2021. As pessoas se comunicam desejando uns aos outros uma noite feliz. --- É tão bonito isso, essa confraternização. Contudo, merece uma reflexão, para saber se a humanidade está verdadeiramente se confraternizando nessa data tão querida que registra o nascimento de nosso Senhor Salvador.

Longe de mim ser um “grinch” ou alguém que não gosta do natal. Contudo, entendo que o natal de Jesus Cristo, deveria ter um comportamento humano diferenciado, principalmente por aqueles que vivem com o nome de Cristo na boca, mas não imitam a humildade do seu nascimento. A frase “Feliz Natal” expressa felicidade, e será que esta felicidade existe realmente? ---- Eu não a vejo nos dias atuais o natal como já pude ver na minha infância, quando o mundo ainda era estranho para mim. Infelizmente o natal que comemoramos trata-se acima de tudo de uma convenção criada para um aspecto inteiramente comercial. A bem da verdade não se trata de uma felicidade religiosa e universal quando deveria ser.

A felicidade para muitos é uma mentira. ---- O Papai Noel, que não visita os pobres. A fome em certos lares enquanto se esbanjam em outros que sequer se lembram do menino Jesus. Não seria isso que o Pai Celestial ia querer para os seus filhos. Temos então o livre arbítrio do Pai, para que possamos escolher o certo ou o errado. Assim, temos os natais felizes e os infelizes.

---- Eu fui um menino muito feliz nos natais da minha infância, mas hoje, após conhecer a verdade sobre o natal, trata-se de uma festa, sem brilho e sem importância. Já não sinto aquela noite silenciosa quando o meu coração batia de emoção como sendo a noite do nascimento do meu querido Jesus Cristo. Era um tempo do mundo desconhecido para mim. Mas aprendi que Jesus Cristo está presente em meu coração todos os dias e todos os anos. Hoje, eu me contento em relembrar as noites de natal de minha infância com uma saudade que me serve de oração. Éramos uma família pobre; meu pai era sapateiro em tempos difíceis. Quando naquela noite o meu pai puxava o terço e nós o acompanhava ajoelhados de frente a um pequeno quadro do menino Jesus, Mãe Maria e São José.

Depois desse ritual da oração era ora de colocar os sapatos atras da porta da sala. ---- Lembro-me que tínhamos o cuidado de engraxar os nossos sapatinhos para esperar os presentes de Papai Noel. Eu o irmão mais velho, fazia esse serviço. Depois disso, trocávamos os beijos e após recebermos as bênçãos de nossos pais, deitávamos para adormecer e aguardar o amanhecer mais feliz de nossas vidas. Era realmente uma noite muito feliz, sem ostentação, sem jantares, sem bebidas e sem discursos. Era uma noite silenciosa, e o meu coração sentia com força, a chegada do nascimento de um menino santo e que veria para nos abençoar e melhorar o mundo. Era assim que eu pensava sobre o natal.

Na manhã seguinte corríamos rumo a porta quando, sobre os nossos pequenos calçados, estavam um saquinho de balas para cada um, --- bonecos de papelão com cara de adultos fabricados numa fabriqueta, então existente na cidade de Formiga, para as minhas irmãs. Para mim era sempre um brinquedo fabricado pelo meu pai às escondidas antes do natal. Meu pai foi sempre um homem muito habilidoso e eu ainda me lembro nitidamente dos caminhõezinhos e instrumentos musicais infantis que ele fabricava para mim, quando eu ia para a rua brincar à porta de chegada de nossa casa para todo mundo ver a minha felicidade trazida pelo Papai Noel. Posso ainda me lembrar da felicidade dos meus pais, vendo a felicidade minha e de minhas irmãs.

Cresci e conheci a verdade sobre o natal. Hoje, quando me vem à memória de que Jesus nasceu em uma manjedoura, entre os ruminantes, posso entender que o natal é uma festa paradoxal, principalmente se houver carne de boi ou de porco. Isso porque o primeiro recebeu Cristo e O acolheu em sua manjedoura, assistiu ao Seu nascimento e Lhe deu aconchego com o seu bafo. ------ E o outro, por ser impuro e indigno, em uma festa oferecida a Jesus Cristo.

Portanto, eu imagino que o natal deveria ser uma festa de pobre para pobre e que os mais aquinhoados acabaram, insensivelmente, alterando o seu real sentido. A prova maior disso é recebermos de um judeu ou de um ateu os votos de “Feliz Natal”.

Eu desejo a todo o mundo e em especial aos meus amigos, não apenas um natal feliz, mas uma felicidade completa, todos os dias de suas vidas.

Armando Melo de Castro


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