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terça-feira, 25 de junho de 2024

TEM FREGUEZ QUE SABE SER CHATO.

 


-----------------Está crônica vai para você que gosta de ficar reclamando de tudo. -------------------------------------

Aqui em Juiz de Fora tem uma padaria que eu a considero a melhor padaria da cidade.  “Padaria da Linda”. A dona é uma senhora já de idade, que fica próximo da moça do caixa, onde cumprimenta os seus fregueses. Ali ela recebe os elogios dos seus produtos, isso porque realmente me parece ser a padaria que mais se preocupa com a qualidade dos seus produtos.

 Eu nunca tinha visto em outra padaria dos lugares por onde passei, um pãozinho que eu gostava muito do tempo em que morei em Candeias e era fabricado pela padaria do meu saudoso amigo Mozart. Era o chamado pão-tatu. E tinha um outro pão, também, que tinha o nome de pão São José. Este vinha na sua composição a semente de erva-doce. Hoje esse tipo de pão é encontrado, mas sem o sabor da erva e é chamado comumente de pão sovado. Eu não sei se o Niltinho ainda mantém esses dois produtos na sua padaria que herdou de seu pai, esse grande legado deixado pelo nosso tão querido Mozart Andrade.

Portanto, a padaria da Linda não tem apenas a simpatia e a beleza daquela senhora que está ali naquele local há mais de 40 anos. --- Ela inova os seus produtos, mas também conserva o que já foi bom. Da sua padaria eu pude matar a saudade das minhas Candeias, comendo pão-tatu e pão São José, iguais aos pães da nossa padaria Andrade.

Ontem quando lá estive observei uma modificação no layout na área de distribuição dos pães. Os pães passaram a ser embrulhados e pesados por uma funcionária. E por quê? Acontece que havia certos fregueses que ao se servirem e escolher o pão, passava a mão em outros pães. Isso naturalmente ocasionou reclamações de clientes antigos e amigos da proprietária que fez então a mudança, o que sem dúvida foi uma grande melhora.

Na minha frente estava uma mulher de meio termo. Eu não sei se você leitor vai entender o que é nesse caso meio termo. Mas ela reclamou da mocinha que lhe atendeu dizendo que ela havia pegado os pães com as mãos. E que a mudança teria piorado muito o atendimento. A funcionária, então lhe mostrou que estava usando luvas transparentes. Mas a velha não se conformou e ficou falando até a hora de sair. E a mocinha muito sem graça fez um comentário suscinto: Engraçado, antes ela para pegar quatro pães passava a mão em mais de 20. Ela foi uma causa das reclamações que provou as mudanças.

É isso aí. Tem gente tão acostumada a reclamar de tudo que às vezes modificam os erros para reclamar. Estão sempre bordando os seus próprios erros.

Armando Melo de Castro.

 

 

 

 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

CUIDADO COM AS DORES DE CABEÇA.


                                                        Foto apenas para ilustrar o texto.

Esta crônica vai para você cuja esposa tem problemas de dor de cabeça ao se deitar.

Durante a minha carreira bancária eu tive um colega que se chamava Orlando. Éramos dois caixas numa agência do Bemge em São Paulo.

 Orlando era daqueles que falam chorando; está sempre reclamando de alguma coisa. Reclamava da sogra, do cunhado, dizendo que eles não saiam de sua casa e eram como ratos de dispensa.

Certo dia ele chegou reclamando da esposa. E já abriu o leque da reclamação:

“Armando, eu tô muito chatiado com a minha muié. Eu chego cansado do sirviço na minha casa, tomo um banho, janto, vejo um pouco de televisão e já quero cama. E só aos sábados eu tenho ânimo para cumprir o dever de casa, o dever de marido. E a minha muié já tem três sábados que eu faço o convite para brincar e ela diz que está com dor de cabeça. --- Ontem eu brinquei e falei que vou arrumar uma muié sem dor de cabeça, prá brincá cumigo e ela então me disse que vai arrumar um home que não precisa enforcar a cobra para ela ficar brava e falô rindo. Eu fechei a cara e num falei mais nada.

----- Será que ela quer me trair? Será que eu intindi errado? O que ocê acha disso Armando?

----- O que eu acho? Não acho nada Orlando...

Mas pensei:

Coitado do Orlando, agora que os chifres dele estão esbarrando na cabeceira da cama ele está acordando.

Armando Melo de Castro.

 

 



quarta-feira, 29 de novembro de 2023

UMA CATINGUINHA RUIM.

                                                            Foto apenas para ilustrar o texto.

 Esta crônica vai para você  que não é chegado em tomar banho e nem usar desodorante.

Na minha carreira bancária, na cidade de Divinópolis, na Agência havia um guarda de segurança realmente asseado, andava impecavelmente limpo. Sua farda mostra o quanto ele era caprichoso. O perfume do seu desodorante  contava de longe qual era a sua marca. Eu brincava muito com ele, quando passava por mim: Ê Rexona! E ele sorria contente.

 Passado algum tempo ele se amigou com a filha de uma vizinha e estava muito feliz. Contudo, ao passo de uns 30 dias, ele chegou se queixando dizendo que achava que não iria dar certo com a mulher e que graças a Deus que não teria se casado na igreja. --- E a pergunta foi imediata e a resposta veio junta:

 

---- O que houve de errado Antônio?

---- É que ela tem uma catinguinha ruim no subaco...

---- E você já viu catinguinha boa?

---- Não nunca vi. Eu tô veno é uma rodela moiada debaixo do braço dela e uma catinguinha danada de ruim. Ai eu perco até a vontade...

---- Vontade de quê?

---- Kakakakakaka Sei não!


Armando Melo de Castro.

                                


     

sábado, 25 de novembro de 2023

O MEU AMIGO JOSÉ ORLANDO VILELA


                                                                       José Orlando Vilela

 Apesar de morarmos em pontos diferentes da cidade,  eu e Zé Orlando fomos grandes amigos desde a nossa adolescência em Candeias. Fomos funcionários do Clube Recreativo Candeense no princípio da década de 60, quando o clube nesse tempo era animado, abria todos as noites para receber os sócios. Ali funcionava o barzinho, num tempo que cerveja gelada e refrigerante não eram muito fáceis, pois não existia, ainda, a CEMIG em Candeias. O Club teria adquirido um balcão frigorífico, uma coisa rara, então, em nossa cidade. --- Uma boa mesa de ping-pong; jogo de damas e baralho; para o jogo de buraco. No mês de junho ensaio da “Quadrilha de São João” cujos marcadores eram os senhores Geraldo Vilela e Alvino Ferreira. Um som muito especial para a época, pois o Clube teria adquiro uma caixa de “Alta fidelidade” coisa recente, então, no mercado. E além disso uma discoteca bastante atualizada. A minha tarefa era o bar no dia-a-dia e preparar o salão para os dias de bailes, assim como suprir de bebidas, encomendar as empadas para a Tereza do Candinho, a melhor empada do mundo... e encerar o salão.

-----  A tarefa do Zé Orlando era receber as mensalidades dos sócios, para isso ele vivia correndo atrás dos sócios com a sua pastinha na mão. E, também, o responsável pela discoteca  ---

 Naquele tempo uma música ficava meses nas paradas de sucesso. E dentre a nossa discoteca esses cantores eram os grandes sucessos. Roberto Carlos ainda não havia se destacado e ainda não tinha nenhuma gravação dele na nossa discoteca. Mas podemos lembrar alguns artistas já famosos: Claudio de Barros;  Nelson Gonçalves; Cauby Peixoto;  Edith Veiga; Teixeirinha; Agnaldo Timóteo surgindo; Miguel Aceves e o grande sucesso americano The Platters  com a música Only You. – Orlando Dias com a música “Tenho ciúme de Tudo” Esse era o cantor e a música preferida do Zé Orlando. Ele encomendou esse disco ao Raimundo do Antero, que viajava para o Rio de Janeiro levando galinhas. O dia que esse disco chegou, Zé Orlando parecia um menino que ganhou um sorvete. ---Lembro-me de quando a Nancy ia chegando, ele falava: La vem a Nancy com o seu  Only You, dela? Zé Orlando não era muito chegado em músicas estrangeiras não...

 Os sócios mais frequentes cujos nomes eu me lembro eram Luizinho Bonaccorsi; Nestor Lamounier; Wandinho do Américo; Antônio Macêdo; Gabriel Carlos;  Cristovão Teixeira e seu irmão Zé Antônio; Marley do Peruca; Titoco; Caveirinha; Waldir da loja; Antônio Alves; Guilherme e Flavio Ribeiro; Galba Moraneli e seu Irmão Tomé e tantos outros que seria muito difícil lembrar aqui agora. ---- As moças mais lembradas eram Nancy do Zé Belarmino; Letícia; Engrácia; Aparecida Fernandes; Bahia da farmácia; Magda Sena; Teré; e tantas outras. --- As mulheres não precisavam ser sócias.

 O Clube Recreativo Canadense era um ponto de encontro muito agradável. Só não abria nas segundas feiras. Quando faltava a luz da usina, o clube possuía um lampião a gás de 500 velas.

 Tanto eu quanto o Zé Orlando gostávamos do nosso trabalho. Tínhamos um salário igual de CR$ 600,00 cruzeiros por mês. Mas, como o tempo sempre nos reserva surpresa, certo dia o Zé Orlando chegou dizendo que seria o seu último dia de trabalho ali, pois teria conseguido um emprego no banco Mineiro da Produção S.A. na Agência de Candeias. Ele estava todo feliz e radiante. Restou-me desejar-lhe muita felicidade no novo trabalho, e eu assumi agora o seu lugar também. O meu salário dobrou, mas o serviço também dobrou. Eu feliz por ter sido promovido no Clube e ele feliz porque iria ser bancário. Posteriormente, eu também vim a ser funcionário do Banco Mineiro da Produção S.A em Divinópolis e ele na cidade de Lagoa da Prata, voltamos a ser empregados do mesmo patrão, na mesma região 10 anos mais tarde. Posteriormente Zé Orlando fez um acordo com o Banco e voltou para Candeias, onde se estabeleceu com um bar e veio a ser Juiz de Paz.

 Quando encontrávamos, o que perguntasse primeiro como o outro estava, a resposta era a mesma para os dois: Estou pobre de dinheiro, rico de amor e bonito. Zé Orlando era muito inteligente. Tínhamos algo em comum: éramos conservadores. E  aprendemos muito um com o outro durante a nossa convivência. Tomamos muitas cervejas juntos; bebemos muitas pingas; contamos muitas piadas; falamos de futebol e de mulheres; de trabalho e da vida alheia; Nunca nos faltou assunto quando nos encontrávamos. Na internet trocávamos muitas informações. Poucos dias antes dele ser chamado por Deus, ainda tivemos contato.

 Eu sei o quando ele sofreu com a sua viuvez, com a perda de seu pai e sua mãe. Era uma pessoa bastante sensível e bom. Foi um grande amigo meu. Numa emulação ao poeta Vinícius de Morais, eu diria que eu tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos... E você meu caro Zé Orlando, onde quer que esteja, pode crer você foi um amigo que não imaginava o quando você era meu amigo.

 Tomei conhecimento da sua partida para a espiritualidade e levei um susto, isso porque aconteceu num momento em  que eu procurava você para fazer-lhe uma pergunta na internet e encontrei essa notícia.

 Onde quer que esteja receba o meu abraço. Amigos como você não morrem eles apenas devolvem o corpo à terra e voltam para junto de Deus.

 Armando Melo de Castro.


HUM HERDEIRO LÉGITIMO DO AMOR A CANDEIAS.


                                                                    ÊNIO BONACCORSI

Grande parte dos filhos de Candeias, saíram da terrinha, mas Candeias não saiu deles assim como o nosso conterrâneo Franz  Borges, eu e muitos outros. --- Também, os filhos dos candeenses ausentes que vivem e ou já faleceram fora, e que não conhecem Candeias, mas acompanham a vida de nossa cidade e prometem vir conhece-la de perto. Sinto isso através dos textos que edito sobre Candeias.

  Candeias tem viajado através de nosso Blog Candeias MG Casos e Acasos; o nosso Grupo sou das Candeias com muito orgulho, e do nosso livrinho, também sobre casos de Candeias, (a disposição na Papelaria Risque e Rabisque distribuído pelo preço de custo) Eu tenho recebido manifestações dos quatro cantos do Brasil, como também do exterior, de pessoas  filhos, netos e até bisnetos de Candeenses e eu fico muito feliz com isso.

 Podemos observar também, o carinho de nossos candeenses adotivos que vieram juntar-se a nós na construção da nossa história quando estiveram de passagem temporária ou fixaram residência, seus filhos tendo chegado ao mundo como candeenses.  ----- Eu entendo que a nossa terra é uma terra querida por quem nasce ou reside aqui. Filhos adotivos das cidades vizinhas como Cristais, Campo Belo, Formiga, Camacho, Itapecerica e muitos outros lugares, que vieram juntar-se a nós quando somos todos candeenses.

 Infelizmente, assim como eu, muita gente não teve a gloria de permanecer próximo do seu berço. --- Uma cidade pequena sem oferecer  um futuro melhor, levava os seus jovens ou pais de família a procurarem outras plagas para a  sobrevivência.

 Entendemos que a história de um município não se resume  simplesmente em contar fatos do passado e sim fazer prevalecer o sentimento que pulsa os corações pela vida do lugar. Mas também, não podemos esquecer os nomes dos líderes que deram sentido a luta e as dificuldades enfrentadas. Portanto, relembrar o nome do Dr. Zoroastro Marques da Silva em qualquer relato histórico de nosso município vem a ser um dever. Dr. Zoroastro que era filho do Coronel Marques, este então que tinha como ascendente o desbravador Domingos Rodrigues Lima Tendais, deixaram um grande legado aos seus descendentes e para nós candeenses, sejam nativos ou adotivos.

 Dr. Zoroastro Marques da Silva, dedicou a sua vida de corpo e alma para Candeias. Foi vereador e Presidente da Câmara de Campo Belo, quando Candeias era uma vila de Campo Belo. Vejam por aí o poder político desse homem. Ele foi quem liderou a emancipação de Candeias, quando foi o seu primeiro prefeito e líder da primeira comarca em Candeias, auxiliado pelo seu sobrinho, que também muito trabalhou por Candeias, José Marques Viglioni.

 E quem são hoje em dia, os herdeiros desse  amor, essa dedicação e vontade de ver a sua terra melhorar e o desejo de vê-la sobressair no cenário político? Esta é uma pergunta que muitos candeenses formulam e aqui vai a resposta:

 São muitos os herdeiros da dignidade política do Dr. Zoroastro Marques da Silva. Mas atuante com os mesmos princípios políticos só nos resta um. Felizmente a história sempre reserva algo favorável. Ainda nos dias atuais podemos sentir o tempo em que a política do amor à terra existia em nossa cidade, sem contar simplesmente com o poder nas mãos. Temos ainda em nosso meio um grande candeense, que dispensou um emprego de diretor dos Correios, para não sair de perto de Candeias e nem do Estado de Minas Gerais. Um candeense que poderia estar numa posição invejável fora de Candeias, tendo em vista a sua competência como engenheiro. --- Estou falando do nosso conterrâneo:

 ENIO  BONACCORSI.

 Ênio  Bonaccorsi ama Candeias. E sua filiação e participação partidária não é visando interesse próprio, mas sim para o município. Haja vista, o que tem feito por Candeias sem estar exercendo nenhum cargo político, como podemos observar o seu interesse  e participação, pois juntou-se ao prefeito e vereadores de Candeias, para apoiar a construção de uma fábrica de doces, salgados e quitandas na comunidade de Pimentas, como podemos observar a sua participação:

 1-) Vem, labutando em favor da fundação de uma fábrica de doces, salgados e quitandas, na comunidade de Pimentas, quando conseguiu todo o equipamento para a fábrica e além disso uma caminhonete. Na construção do prédio houve uma participação ativa do prefeito e os vereadores.

2) Para a Comunidade  dos Vieiras, há três anos, Ênio conseguiu, através de seus amigos deputados, uma máquina de limpar café e um secador.

 3) Recentemente  através de uma emenda parlamentar do deputado  Ulysses Gomes, em atenção aos pedidos de Ênio Bonaccorsi a Prefeitura de Candeias concluiu uma licitação de um trator  Fergusson de 80 cavalos que será locado na Associação Comunitária dos Vieiras.

 Candeias precisa de políticos pidões, que sabem pedir, exigem com moralidade e credibilidade e Ênio Bonaccorsi sabe fazer isso porque o seu amor pelo município está acima dos interesses particulares, assim como era o nosso saudoso Dr. Zoroastro Marques da Silva o seu tio-avô.

 A política do município depende muito dos políticos que a lidera, não são os partidos, que hoje em dia não cobram mais a sua fidelidade. O ser humano continua sendo a melhor escolha, porque se assim não for, ele será transformado pelo esquema, que todos nós brasileiros conhecemos.

 Esta fábrica de doces na comunidade dos pimentas; a máquina de limpar café na comunidade dos Vieiras, as ideias que fermentam o cérebro de Ênio Bonaccorsi a favor de Candeias precisam ser reconhecidas pelo nosso povo. É preciso  que a nação canadense esteja conscientizada de que um município é a célula, é a razão, é o sangue da pátria. Candeias precisa ser preparada para o futuro.

 Ênio Bonaccorsi é um nome que precisa ser lembrado pelos candeenses quando chegar a hora de ser escolhidos os dirigentes de nosso munícipio, seja prefeito, vereador, secretário, seja o que for. Ênio precisa  fazer parte da administração de nosso município para que sua voz possa falar mais alto.

 Armando Melo de Castro.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

CUIDADO COM A INTERNET


 (Quem avisa amigo é)

A internet está cheia de ladrões. Ladrões para matar com pau. Ladrões em todos os seguimentos da sociedade. ---- É muita gente na internet querendo enfiar a mão no bolso do internauta. Hoje em dia até os médicos entraram ja jogada.

Antigamente médico era proibido de fazer propaganda do seu ramo. Hoje estão formando verdadeiras quadrilhas na internet. Inventam um coquetel de vitaminas e com essa facilidade de montar um CANAL, eles estão se inteirando da facilidade de tomar o dinheiro das pessoas que têm algum problema de saúde. Medicos fora de sua ética que estão desmerecendo até a ciência que os formou. Medico condenando comportamento de outros medicos para atingir o seu intento... Vê se pode uma coisa dessas?

Portanto meus amigos, se você tem algum problema de saúde como diabetes, coração, vista, coluna, artrite, rins, fígado, câncer de próstata, não caia na rede dessa gente, são todos larápios querendo passar a mão no seu dinheiro. Inventam uma história que mexe com a sensibilidade da pessoa que passa por um problema de saúde, não pode pagar uma consulta e acaba entrando nessa aberração como se fossem verdadeiros milagreiros que desafiam até a ciência.

E o pior, a grande parte deles são médicos, enfermeiros e aventureiros. Eles inventam uma história, quando ele foi curado, ou sua mãe ou sua esposa ou filhos. Dizem que querem ajudar as pessoas. Mas quem aguarda o final da conversa deles pode sentir as suas verdadeiras intenções de vigaristas, para pegar o seu dinheiro. Esses safados, exploradores do deslize humano usam da sensibilidade que atinge a pessoa com problema de saúde, para lhe arrancar dinheiro.

A internet está virando uma verdadeira sede da máfia da saúde. --- Médicos fazendo propaganda como se fossem verdadeiros donos da verdade. --- Os médicos que outrora pertenciam a uma classe respeitada, tem hoje a sua facção deteriorada pela moral. Oportunistas que se formaram apenas para se enriquecerem, mas que não cumprem o juramento de Hipórates quando se formaram, que diz: “Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestdade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, os quais terei como preceito de honra.”

Cuidado quando ouvir alguém falar de uma doença grave e falando em cura milagrosa. Veja um exemplo simples, que a internet vem mostrando:

O diabetes: Aqui apenas um exemplo:

O cara começa falando que o diabetes é uma doença incurável, mas que ele tinha diabetes a sua mãe, o seu pai, a sua esposa e todos foram curados com a sua formula. Uma formula simples que ele descobriu depois de muitos estudos. Com um produto fácil e barato. O abacaxi. --- O truque do abacaxi – Você não vai mais ser preciso ficar furando os dedos para testar a sua glicemia; não vai mais deixar de tomar café adoçado; não vai deixar de tomar a sua cerveja e nem comer o seu doce preferido. Enfim, a malandragem coloca o doente completamente curado com o abacaxi. Mas isso tem um truque que ele irá revelar daqui a pouco, mas fica ali o tempo todo enchendo a cabeça do internauta com conversa fiada. E sempre ameaçando, fique até o final do vídeo para você saber como é a cura. ---- Mas no final vem a conversa nojenta, o medicamento poderia custar até 2 mil reais, porque sairia mais barato do que o tratamento com um médico, remédios, e o risco de ficar cego, sem pernas e sem pé etc. e tal. ---- Como se estivesse fazendo a maior caridade do mundo, mostra um preço alto que pode ser pago em até 10 meses, manda para a pessoa um coquetel de vitaminas e dos próprios remédios que os médicos receitamos para baixa a glicemia, o que pode nos primeiros dias apresentar uma baixa na glicemia. ----- inventam uma rodela de abacaxi ---- E o pior da história: Isso dá chance para os falsificadores fazerem o mesmo colocando nesse coquetel açúcar, maisena ou farinha de trigo.

Já não bastasse a exploração dos laboratórios e das drogarias, com as suas explorações, temos agora, médicos mentindo e receitando pela internet. Abra o olho meu amigo, se você estiver com algum problema de saúde não caia nesse buraco da internet. E consulte os preços em mais de uma farmácia. Pois cada uma tem um preço.

Armando Melo de Castro.

 

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

EU VI O HOMEM PIORAR.

                                                 Dia da cidade Candeias MG 17 de dezembro de 1960.

 Aos 77 anos, tenho observado o quanto a vida está ficando a cada dia mais difícil de ser vivida em termos da moralidade. Esse calendário que acomoda em minha mente me faz reviver um tempo que o cotidiano das pessoas não era fácil, mas o respeito, a disciplina, o bom princípio fazia parte da vida das pessoas. Posso garantir que a vida melhorou, mas nem tudo. Algo ficou para trás, algo muito importante.

 Deus, o nosso Pai Celestial, nos colocou aqui para que buscássemos a perfeição. Para isso nos deu o livre arbítrio como seres únicos e assim podermos julgar os nossos próprios erros, na busca do arrependimento. Mas na minha humilde ótica, algo tão necessário de ser melhorado, não melhorou, pelo contrário piorou. Eu pude ver muitas coisas melhorarem nesses meus 77 anos de vida; ver, por exemplo, o quanto o homem é inteligente... É inegável a inteligência do homem, mas o seu comportamento social deixa-nos uma pergunta: Por que o homem tão inteligente não consegue melhorar a si mesmo?

Eu vi a lua ser conquistada; vi o computador chegar; vi a televisão e a internet aparecer. O avião teco-teco virar jato transportador de toneladas e mais toneladas voando feito um pássaro. ---- O Fordinho do ano 27 do Zé Ponte, vir a se transformar num Ford de luxo; Vi as vestes pretas do luto se transformarem em roupas de festas. Vi o antigo “permanente” do cabelo das mulheres se transformar no moderno “platinado”

Eu chego a ficar assustado quando vejo tanto progresso e o homem se regredindo. --- Vi o remendo sumir das roupas dos pobres e os pés no chão serem calçados. Vi os padres ficar de frente com os cristãos e o fim das missas em Latim. Vi o quanto era bonita a semana Santa em Candeias, quando a cidade se enchia de candeenses ausentes e amigos de outras cidades. O sermão eloquente do Padre Nereu, da cidade de Oliveira, que vinha a convite do Monsenhor Castro. Na Semana Santa sempre vinham sacerdotes de fora para colaborar com o nosso pároco. ----- A fé do povo era diferente; o amor era diferente e as amizades eram diferentes. --- Vi a construção da nossa nova Matriz, uma obra faraônica idealizada pelo nosso querido Monsenhor Castro.

Vi aparecer os supermercados e a grande variedade de produtos. --- Vi surgir o hospital de Candeias, um sonho do candeense. Vi a minha querida Candeias sair do barro, com todas as ruas calçadas e o grande número de praças lindas e bem planejadas. Vi o desaparecimento do cabaré do Bairro da Gruta. Vi e participei do carnaval de Candeias, a educação dos jovens e a participação dos idosos. O carnaval de Candeias era uma festa familiar onde o respeito estava acima de tudo.

– O Natal... Como era gostoso o natal em Candeias, jamais vou esquecer o presépio movimentado, dos irmãos Langsdorff, uma grande atração que se fazia receber até visitantes de outras cidades. Era uma atração gratuita, instalada na residência deles.

A festa do Congado, deixava a cidade toda movimentada e alegre, pois era um grande momento de encontro com  candeenses que residiam fora e as suas presenças eram sagradas nessa semana de festa. O Jaz Tiro-e-queda, do maestro Américo Bonaccorsi, e o cantor Zé Vilela, com os seus boleros apaixonados.

 Como determina a ordem natural são tantas coisas que tiveram um fim e outras remanescentes que sem dúvida melhoraram. Para relembrar todas o espaço aqui seria pequeno. Lembranças  que hoje são sinonímias que nem sempre   correspondem apesar da evolução que apresentam. Isso porque falta algo que não progrediu junto, ou seja, muita coisa melhorou, não podemos negar. Mas apenas o homem, o ser humano ele que promoveu as melhoras e a evolução, esqueceu-se de si e não participou de suas próprias metas. Pelo contrário ele PIOROU e se mantém como desde antes da civilização, continua matando, roubando, mentindo, insultando, cometendo barbaridades como animais irracionais e desrespeitando as leis de Deus... E o pior:  à cada vez pior.

 

Armando Melo de Castro.

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

PENSAR NÃO É PECADO.


       Este carro é um Ford 1946, foi um carrão da sua época. Foi também, o único taxi em Candeias durante muitos anos, os então chamados “CARROS DE PRAÇA”. Pertencia ao Sr. Edson Cordeiro. O carro ficava estacionado defronte o Bar Piloto, e o Sr. Edson permanecia quase o tempo todo dentro dele, ouvindo rádio. É preciso lembrar que naquele tempo não existiam as FMs e nem rádios à pilha. – Um rádio dentro de um carro era coisa muito rara e cara.

Naturalmente as pessoas que passavam e via o Sr. Edson naquela mamata, pensava com o último furo dos seus neurônios: “ Vai sê rico sô edso, isso é qui é vida boa... Que chique!...”

Edson Cordeiro foi o conferente da Ferrovia em Candeias. Teria sido ele o mais competente da equipe. Ele tinha a capacidade de traduzir todos os sinais do telegrafo de ouvido, coisa que nem todos tinham essa capacidade. Na época era um dos melhores empregos que poderia existir. Pois ele deixou tudo isso porque foi transferido para Lavras, mas preferiu ficar em Candeias e arrumar outra coisa para fazer. E entrou para o ramo de taxi. --- Era filho único, o pai folgado (Juca Cordeiro) Foi vereador e Presidente da Câmara por várias anos.

Onde quer que esteja meu caro Edson, receba o meu abraço.

Armando Melo de Castro.

 

 

 


OS ANTIGOS CARROCEIROS CANDEENSES

                                                                             Foto para ilustrr o texto.

 Remexendo aqui nas gavetas da minha memória, encontrei-me com os carroceiros antigos de Candeias. Naquele tempo não se falava charrete; era carroça de burro e o proprietário que tinha aquele veículo como seu ganha-pão era chamado carroceiro. – As carroças não eram  equipadas com pneus, como atualmente, e nem chamadas de charrete; eram simplesmente carroça de burro com rodas de madeira.

 Esse meio de transporte era o mais usado em Candeias. Serviam como taxi, quando era para transportar uma pessoa doente ou idosa; fazer mudanças de residência; transportar material de construção, que eram vendidos pelo grupo empresarial do Sr. Nicodemos Salviano. Sempre havia um carroceiro nas imediações esperando um freguês. Na estação ferroviária, os carroceiros aguardavam o trem, para apanhar as compras dos comerciantes, que chegavam.

 Nesse tempo em que me refiro, os principais carroceiros candeenses mais solicitados eram o Arlindo barrilinho, que tinha um burro da pata torta. --- Juca Cordeiro; Serafim e Nego da Zenóbia. ---- Existiam outros, mas desses eu não me lembro

 Para se ter uma ideia, o Arlindo barrilinho que era meu vizinho, tinha seis filhos, a esposa e a sogra para tratar e tirava tudo dessa carroça. E tem mais: não passava mal de boca não...

 A Rua Coronel João Afonso tinha muito mato, e  era ali o restaurante do burro dele, coitado, com aquela pata torta, entrava no chicote quando a carga era pesada, e quando eu via aquilo eu quase morria de dó, daquele pobre animal, a quem era servido água e algo para comer na porta da casa e depois amarrado a uma corda comprida para que pudesse pastar durante a noite.

 O interessante, é que essas carroças eram emplacadas pela prefeitura... Pagavam imposto! Todas elas tinham a sua placa afixada na parte traseira. Aliás, nesse tempo, o fiscal da Prefeitura, era como um guarda de trânsito, para pegar carroças e bicicletas sem pagar imposto.

 Armando Melo de Castro.    

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

OS ADOLESCENTES.

                                                                 fOTO PARA ILUSTRAR O TEXTO.

 O amor de adolescente é uma verdadeira loucura.  Ele entra e sai sem pedir permissão. Ele vem e vai sem dizer adeus. Ele chega ilude, mente e some. O amor de adolescente nasce cedo e morre à tarde. A cabeça de um adolescente não pensa, ela é pensamento. O adolescente sofre porque guarda o que não quer guardar, e solta o que não deveria soltar.

 Eu digo tudo isso porque fui adolescente. E ser adolescente no meu tempo sofria dobrado, era muito mais difícil do que nos dias atuais. As mulheres então, coitadas, sofriam mais que os homens. É lamentável que ainda hoje isso acontece, apesar do desenvolvimento em que vivemos nos dias atuais. Eu felizmente tive um pai que foi do bom diálogo aberto comigo, me orientava em todos os sentidos, e mesmo assim eu tinha cá comigo os desencontros com a realidade, pois eu tinha pensamentos que só a mim pertencia.

 Infelizmente existem pais que sequer dão o mínimo de orientação para um filho adolescente, isso porque retratam a cultura em que viveram e com isso cria-se um silêncio prejudicial entre pais e filhos. Os pais não entram no processo do despertar da sexualidade do adolescente, quando essa fase da idade é a travessia mais difícil na vida dos jovens. E é nesse momento que o adolescente, na sua busca constante, pode se encontrar com o mundo das drogas e caminhos perniciosos.

 O adolescente é naturalmente carente. E nem sempre os pais entendem isso. Eu fui adolescente há 60 anos. O mundo era muito diferente. Não existia a liberdade que crianças e adolescentes têm hoje. Uma filha, se engravidasse com o namorado, era expulsa de casa; o filho rebelde era expulso também.  A vara de marmelo era uma forma de correção no caso de um filho que contrariasse o pai, ou cometesse uma falta infante na escola.

 Eu fazia parte da confraria dos adolescentes   tímidos;  silenciosos e pensativos. Isso poderia resumir em uma palavra tudo: “Eu era um menino bobo, um bobão” apesar dos adjetivos que pudessem me desqualificar, suponho eu que o lobo frontal do meu cérebro era bom. Afinal eu sabia me imaginar no lugar de Tony Curtis com a Janet Leigh e ou o Richard Burton com a Elizabete Taylor. --- Eles eram ricos, bonitos, famosos e eu era pobre e bobo, mas eu saberia acariciar uma mulher tal qual eles faziam nos seus filmes. Os meus olhos viam tudo, eu não perdia nada quando uma moça bonita passava perto de mim. Eu não estava nem aí para a natureza. Queria eu lá saber da beleza das flores? Do Azul do Céu: do brilho do sol? Ora, ora, eu queria mesmo é ver o gingado daquelas nádegas obedecendo a cadencia das pernas grossas e torneadas. Dois seios pedindo um beijo ou uma mão... E aquele olhar que não foi para mim, porque eu fui apenas visto, mas na cabeça de adolescente o pensamento voa.

 Eu, e outros adolescentes do meu tempo, amávamos todas as mocinhas. A gente se apaixonava, por uma menina e ela nunca ficava sabendo.

 Eu me lembro de uma passagem  de minha adolescência que na época me deixou muito triste e que hoje eu não consigo lembrar sem soltar um sorriso. ---

Eu fui trabalhar na cidade de São Sebastião do Paraíso, no bar do Wanderley de Carvalho, o Lelei, irmão do Carmelio. Isso foi no ano de 1962 quando eu contava 16 anos. E foi lá que eu consegui encarar pela primeira vez uma menina. Até então tinha me faltado coragem em Candeias. E lá como eu estava longe eu arrisquei com uma desconhecida que tinha o Nome de Maria de Lourdes. Três encontros. Eu não falava quase nada; contava da sua vida e eu ouvindo. Parecia que aqueles assuntos não me interessavam. Eu queria era uma oportunidade de experimentar um beijo, apalpar os seus seios... Coisa de adolescente. Quando ela me disse: Sabe o que a minha colega Ana Zélia me falou sobre você?

--- De mim? O que ela disse? (Fiquei atento)

--- Ela disse que viu você lá no bar e que você tem até uma cara bonitinha, mas esses bracinhos seus são muito finos e ela nunca gostou de homens de braços finos.

 O namoro que contava três encontros encerrou ali naquele momento. E esta foi a última frase que eu  ouvi dela: ““Homens de braços finos”.  

 Armando Melo de Castro.