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segunda-feira, 24 de julho de 2023

O MEU AMIGO MIGUELZINHO DA MARIQUITA.


   Como um choque de tristeza recebi a notícia da morte de meu amigo Miguelzinho da Mariquita. E daí fiquei a imaginar: --- Quando envelhecemos, quase todos os dias temos a notícia de que um amigo partiu nos deixando para trás., o que não nos acontece quando estamos na flor da idade. --- Mas na velhice isso nos deixa sentindo que estamos ficando sozinhoMiguelzinho foi meu amigo, contemporâneo e colega de escola numa grande parte do nosso curso primário no Grupo Escolar Padre Américo. Lembro-me especialmente do ano de 1955 quando nossa professora foi Dona Ninita Alvarenga. Miguelzinho era o xodó dela pois eles eram vizinhos. ---

    Nesse ano, Miguelzinho tinha como colega de carteira o Flávio Ribeiro, sentados a minha frente, e eu com o Titôco atrás. Eles balançavam o corpo para nos irritar e fazer tremer a nossa escrita quando eu e Titoco reclamávamos para Dona Ninita com voz chorosa: “Dona Ninita, o Miguelzinho e o Flávio está balançando a minha carteira” E como Dona Ninita tinha Miguelzinho como seu xodó, não acontecia nada; ela se limitava a dizer: Armando, não é está e sim ESTÃO daí se estendia ao assunto corrigindo o verbo mal aplicado. E aí Miguelzinho e o Flávio tiravam em mim e no Titôco aquela casquinha com aquela olhadinha com o rabo do olho.

    Depois desse tempo, Miguelzinho foi continuar os seus estudos no Colégio dos Irmãos Maristas em Varginha, Flávio foi para o Ginásio de Campo Belo, Candeias não tinha como estudar após o curso primário. --- Eu e Titôco, menos aquinhoados, ficamos em Candeias, ele trabalhava numa serraria e eu no Clube Recreativo Candeense e mais uma série de outros trabalhos. --- Quando atingimos a fase adulta fomos para São Paulo. Era a moda da época. Completar 18 anos e virar paulista.

  Depois já na fase adulta, esse quarteto continuou sendo muito amigo. Miguelzinho e Flávio se tornaram professores, Eu e Titoco fomos bancários. ----

   Hoje fico sozinho para lembrar desse capítulo da minha vida do tempo dessas três boas amiazades. --- Quantas vezes, eu Flávio, Titôco e Miguelzinho recordamos isso... Tínhamos uma coisa em comum: amávamos a nossa querida Candeias. --- Lembro-me de quando eu morei em Governador Valadares, encontrei-me com o Miguelzinho lá prestando serviço para firma da qual ele trabalhava. Esse encontro foi uma festa. --- Miguelzinho era alegre, feliz, bom filho, bom pai, bom avô e bom amigo. Gostava de esprte, tocar violão e cantar. Inteligente e amável bonito e querido pelas moças. Ele era muito parecido com o nosso querido Monsenhor Castro. Se não me engano, eles eram primos por parte de pai e mãe.

   E é assim que quero me lembrar de Você meu caro Miguelzinho. Feliz, alegre, satisfeito, cantando, tocando violão...Sei que você estava sofrendo, mas agora, naturalmente, vai descansar em paz e na GRAÇA DO PAI CELESTIAL. Você jamais morrerá, pois deixou um legado moral bem guardado no coração daqueles que conviveram com você.

   Onde quer que esteja, receba o meu abraço de despedida.

                     Armando Melo de Castro.

 

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