Nós brasileiros estamos vivendo dias difíceis. Não podemos negar isso.
Estamos naturalmente vivendo a lei de causa e efeito, a lei que diz não existir
causa sem efeito e nem efeito sem causa. --- Mas nesse caso perguntemos: Onde
estão as causas desses efeitos? --- Esta é uma pergunta que os brasileiros
estão formulando e que nem sempre encontram resposta.
Eu que conto um monte de anos nas costas, chego a uma conclusão: Durante
a minha vida eu vi tudo melhorar. A minha Candeias tão pobre, tão sem recursos,
com uma meia dúzia de veículos que eram mais vistos nas garagens, hoje fazem
filas estacionados na nossa tão querida Avenida 17 de Dezembro, antigamente
chamada de largo.
Candeias apesar de não poder ser chamada de uma cidade próspera à vista
de outras que foram emancipadas na mesma data, assim como Lagoa da Prata e
Arcos, que contam com uma população três vezes mais que Candeias e uma economia
incomparável. Mas mesmo assim, podemos reconhecer que a ordem natural do
progresso brasileiro lhe permitiu uma certa evolução.
Vi a saúde do povo brasileiro melhorar muito, apesar das reclamações,
antigamente a mortandade, principalmente a infantil era de doer por falta de
recursos. Não havia as facilidades de hoje em dia, não havia vacinas e nem
remédios de graça, e sobreviver era uma questão de sorte ou de muita
experiência dos pais.
A odontologia era muito atrasada. Gente fazia com os dentes para comer
com a gengiva, assim se dizia. Rádio era coisa de Rico; televisão não existia e
pedintes de esmolas pelas ruas tropeçavam uns aos outros.
O transporte ferroviário não atendia satisfatoriamente o progresso do
Brasil. Uma encomenda de São Paulo para Candeias demorava até um mês. As
comunicações era um horror.
As pessoas tratavam as doenças mais com remédios de raiz e as garrafadas
eram muito encontradas e produzidas. Nas roças quando quebravam um braço ou uma
perna, por lá mesmo eles os encanava com lascas de bambu. Muitos arrancavam os
seus próprios dentes, quando esses ficavam balançando na boca. O café de
rapadura era comum, como também a carne de lata ou de panela. Roupas remendadas
era comum, e hoje estamos vendo as moças rasgando as suas calças como se isso
fosse uma moda.
Muitas famílias compravam o tanto de alimento suficiente para uma
refeição. E os ditados vulgares daquele tempo, eram assim como: ----- “Estou
vendendo o nariz para comprar pó”. --- Estou cagando para jantar” Pobre só come
frango quando um dos dois está doente”.” Remenda seu pano que ele dura mais um
ano, remenda outra vez que vai durar mais seis meses.” “ Pobre só vai pra
frente quando leva um tropicão”. “Não tenho um tostão no bolso” (moeda antiga
que representava 100 réis) “Estou mais quebrado do que arroz de terceira”
(Havia o arroz de primeira, de segunda e de terceira)
Está hoje bem claro que tudo mudou para melhor. O povo tem mais saúde,
vive melhor, tem mais proteção da justiça e dos políticos. Mas é triste, muito
triste saber e ver que o ser humano não melhorou nada. Continua matando,
roubando, agredindo, ofendendo, explorando, enfim se alimentando do ódio e se
afastando de Deus.
Às vezes podemos ver alguém dizer que antigamente era melhor, o ser
humano era mais humano. ---- Não --- Nada disso. Desde o tempo de Adão o home
já matava, desde o tempo de Cristo o homem já roubava. Naturalmente a medida em
que a população do mundo aumentou, os crimes aumentaram num proporção maior. O
mal e o bem sempre andaram juntos, mas hoje estamos vendo o mal crescer ainda
mais que o bem. E as causas desse efeito, é a ausência de Deus nos corações do
ser humano.
É triste!
Armando Melo de castro.
ASSIM JÁ FOI A VIDA DOS CANDEENSES.
Nós brasileiros estamos vivendo dias difíceis. Não podemos negar isso.
Estamos naturalmente vivendo a lei de causa e efeito, a lei que diz não existir
causa sem efeito e nem efeito sem causa. --- Mas nesse caso perguntemos: Onde
estão as causas desses efeitos? --- Esta é uma pergunta que os brasileiros
estão formulando e que nem sempre encontram resposta.
Eu que conto um monte de anos nas costas, chego a uma conclusão: Durante
a minha vida eu vi tudo melhorar. A minha Candeias tão pobre, tão sem recursos,
com uma meia dúzia de veículos que eram mais vistos nas garagens, hoje fazem
filas estacionados na nossa tão querida Avenida 17 de Dezembro, antigamente
chamada de largo.
Candeias apesar de não poder ser chamada de uma cidade próspera à vista
de outras que foram emancipadas na mesma data, assim como Lagoa da Prata e
Arcos, que contam com uma população três vezes mais que Candeias e uma economia
incomparável. Mas mesmo assim, podemos reconhecer que a ordem natural do
progresso brasileiro lhe permitiu uma certa evolução.
Vi a saúde do povo brasileiro melhorar muito, apesar das reclamações,
antigamente a mortandade, principalmente a infantil era de doer por falta de
recursos. Não havia as facilidades de hoje em dia, não havia vacinas e nem
remédios de graça, e sobreviver era uma questão de sorte ou de muita
experiência dos pais.
A odontologia era muito atrasada. Gente fazia com os dentes para comer
com a gengiva, assim se dizia. Rádio era coisa de Rico; televisão não existia e
pedintes de esmolas pelas ruas tropeçavam uns aos outros.
O transporte ferroviário não atendia satisfatoriamente o progresso do
Brasil. Uma encomenda de São Paulo para Candeias demorava até um mês. As
comunicações era um horror.
As pessoas tratavam as doenças mais com remédios de raiz e as garrafadas
eram muito encontradas e produzidas. Nas roças quando quebravam um braço ou uma
perna, por lá mesmo eles os encanava com lascas de bambu. Muitos arrancavam os
seus próprios dentes, quando esses ficavam balançando na boca. O café de
rapadura era comum, como também a carne de lata ou de panela. Roupas remendadas
era comum, e hoje estamos vendo as moças rasgando as suas calças como se isso
fosse uma moda.
Muitas famílias compravam o tanto de alimento suficiente para uma
refeição. E os ditados vulgares daquele tempo, eram assim como: ----- “Estou
vendendo o nariz para comprar pó”. --- Estou cagando para jantar” Pobre só come
frango quando um dos dois está doente”.” Remenda seu pano que ele dura mais um
ano, remenda outra vez que vai durar mais seis meses.” “ Pobre só vai pra
frente quando leva um tropicão”. “Não tenho um tostão no bolso” (moeda antiga
que representava 100 réis) “Estou mais quebrado do que arroz de terceira”
(Havia o arroz de primeira, de segunda e de terceira)
Está hoje bem claro que tudo mudou para melhor. O povo tem mais saúde,
vive melhor, tem mais proteção da justiça e dos políticos. Mas é triste, muito
triste saber e ver que o ser humano não melhorou nada. Continua matando,
roubando, agredindo, ofendendo, explorando, enfim se alimentando do ódio e se
afastando de Deus.
Às vezes podemos ver alguém dizer que antigamente era melhor, o ser
humano era mais humano. ---- Não --- Nada disso. Desde o tempo de Adão o home
já matava, desde o tempo de Cristo o homem já roubava. Naturalmente a medida em
que a população do mundo aumentou, os crimes aumentaram num proporção maior. O
mal e o bem sempre andaram juntos, mas hoje estamos vendo o mal crescer ainda
mais que o bem. E as causas desse efeito, é a ausência de Deus nos corações do
ser humano.
É triste!
Armando Melo de castro.