Total de visualizações de página

terça-feira, 11 de agosto de 2009

MONSENHOR JOAQUIM DE CASTRO

                                  
Monsenhor Castro

Hoje o nosso Blog Candeias Casos e Acasos estará homenageando um nome que é uma referência na história da nossa cidade. Trata-se do Monsenhor Joaquim de Castro.

 Monsenhor Joaquim de Castro nasceu em Candeias no dia 26 de julho de 1915. Filho de Francisco Alves Vilela (Xixico Vilela) e Dona Etelvina Rosa de Castro. Foram seus padrinhos, o avô paterno, José Primeiro Vilela e a avó materna, Dona Rita Carolina de Jesus. Duas ilustres e tradicionais familias que muito fizeram e ainda fazem para o nosso município: família Castro (Dos Carrilhos) e família Vilela.

Vinte e dois dias após o seu nascimento falecia a senhora sua mãe, vítima de complicações do parto de seu único filho. Seu pai, Francisco Alves Vilela, em segundas núpcias teve outros filhos, entre eles o Sr. Candinho Vilela. A criação e a formação do insigne reverendo ficaram a cargo dos avós maternos, o Capitão Joaquim Carlos de Castro e Dona Rita Carolina de Castro, a Dona Ritinha, que o criou como filho junto aos seus filhos; fato que o levou a considerar os seus tios como irmãos. São eles: Daniel, Miguel, Getulio, Rafael, Joaquim, Manoel, Tonico, João, Geraldo, Sinhá, Sinhana, Maria José, Maria Madalena e Etelvina, sua mãe.

Por ter ficado órfão de mãe, com apenas vinte e dois dias de vida e sobre os cuidados da família materna, muita gente ignora que o Monsenhor Castro foi neto do Alferes, José Primeiro Vilela, e sobrinho dos mais conhecidos membros da família Vilela, Candido Alves Vilela (Candola), José Vilela, Vicente Vilela, Aurélio Vilela, Paulo Vilela e muitos outros, pois se sabe que o Sr. José Primeiro Vilela era patriarca de duas familias numerosas, somando-se vinte filhos.

Tão logo tenha lhe aflorado o desejo de ser um sacerdote de Cristo, sua família lhe encaminhou para um seminário de Belo Horizonte. Sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 24 de setembro de 1938, quando contava com 23 anos de idade.

Monsenhor Castro era um líder nato. Dono de uma eloqüência fantástica. Rico, sendo herdeiro único da fortuna de sua mãe, ordenou-se, sem parcimônia, numa época em que os pais mandavam os filhos para o seminário a fim de conter estudos gratuitamente, o que não foi o seu caso.

Logo que foi ordenado padre, teve uma pequena passagem pela paróquia da cidade de Cana Verde, vindo posteriormente para a Paróquia de Candeias permanecendo aqui pelo resto de sua vida. Sem dúvida alguma, a maior autoridade eclesiástica, até hoje, exercida em Candeias, foi de Monsenhor Joaquim de Castro. Grande conselheiro apesar de ser extremamente moralista. Era bem aceito.

O partido político da UDN (União Democrática Nacional) deteve o poder na Prefeitura de Candeias durante muitos anos. E Monsenhor Castro foi sempre ouvido pelos prefeitos. E quando em missões mais importantes em Belo Horizonte, a sua presença era imprescindível. A Cemig, por exemplo, foi instalada em Candeias numa época de muitas dificuldades e o Prefeito da época teve que contar com a valiosa ajuda do Monsenhor com seus argumentos perante o poder do Estado.

Mesmo sem a sua interferência direta, era sabido da sua influência no cenário da política candeense. As barraquinhas de São Sebastião e Nossa Senhora das Candeias, hoje relembradas com saudosismo, eram muito organizadas à vista de sua orientação. Trata-se de um marco importante na história de candeias. Infelizmente, essas quermesses nunca mais tiveram a mesma conotação após a morte do Monsenhor Castro.

Fundou o Circulo Operário São José. Era uma associação mantenedora de um pequeno cinema onde os seus sócios eram operários. Posteriormente, dada à dispersão desses sócios, tornou-se seu único mantenedor. Investiu seu capital nesse projeto e o Cine Circulo Operário São José tornou-se numa atração dinâmica, vez que foi considerado o melhor cinema da Região. Mantinha sessões para as crianças aos domingos às 14 horas e o ingresso tinha um desconto de 50% para aqueles que levavam o “bom ponto” do catecismo, exercido na igreja, uma hora antes do filme.

Essa era uma maneira lógica de evangelizar e levar as crianças ao catecismo da igreja. E assim era o Monsenhor Castro. Teve participação ativa na fundação do Ginásio de Candeias através da CENEG, cujo ensino era gratuito. No ano de 1960, o Papa o agraciou com o titulo de Mosenhor em reconhecimento aos inúmeros serviços prestados à Igreja.
Trabalhou durante anos e anos para realizar o seu grande sonho de ver a Nova Matriz com a sua construção terminada, o que não lhe foi possível, pois veio a ser vítima de uma doença incurável.

Partiu desta vida no dia 8 de janeiro de 1968, aos cinqüenta e três anos de idade. Seu corpo encontra-se sepultado numa das naves da Matriz pela qual tanto trabalhou para vê-la edificada.

Inesquecível Monsenhor Castro: Sabemos que você renunciou a muitas coisas em sua vida para dedicar-se, inteiramente, ao seu magistério. Sabemos que não é fácil dedicar-se como você se dedicou às causas de Cristo com tanto entusiasmo, com tanta alegria e com tanto amor.

Muito obrigado Monselhor Castro e onde quer que esteja receba o nosso abraço.

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.

























4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns por estas dedicasões aos q engradeceram nossa cidade,fico felis sempre q vejo alguem contando história dos nossos antepassados,porque foram eles q nos deram esta linda cidade q hoje moro aos 33 anos.ASS.WDR....

Anônimo disse...

Meu amigo,
me emocionei ao ler este artigo sobre o monsenhor, pois nasci em Candeias e tive o prazer de fazer a primeira conunhão com ele.
Parabéns.
Antonio Carlos

Claudia Saldanha disse...

Armando creio eu que minha vó tem uma foto do Monsehor Joaquim de Castro. Quando você for a Candeias se informe com sua mãe onde mora a Dª Maria do Antero. Se for do seu interesse colocar o retrato do Monsenhor neste artigo tenho certeza que ela lhe emprestará a foto.

Anônimo disse...

Uma correção.
Me tataravô, Joaquim Carlos de Castro, avô do Monsenhor Castro era capitão e não alferes.

Flávio de Castro.