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segunda-feira, 19 de julho de 2021

AOS MEUS AMIGOS ANA ZÉLIA E CACÁ.

A dor da morte de um cônjuge dá ao que permanece vivo, o nome de viúvo. A morte de um pai ou da mãe, dá ao filho o nome de órfão, mas a dor de um pai ou mãe que perde um filho? Para essa dor não existe nome. É uma dor sem nome. O sofrimento dos pais que perde um filho é imensurável em comparação a qualquer outra pessoa da família, que vem a ser levada pela morte. É dolorosa demais a morte de um filho seja criança, adolescente ou adulto.

--- E o pior é quando existem atenuantes que levam os pais ao sentimento de culpa, se em vida pais e filho não tinham boa convivência; eles podem vir a se sentirem um tanto culpados. Se o relacionamento era bom a dor será jamais aliviada por isso, pode até ser acrescida. A perda de um filho, às vezes, pode até causar o desequilíbrio de um casal dada, talvez, circunstâncias que podem ser ajuntadas. E assim ocorre essa dor intensa; essa dor cruel e sem nome. É preciso muita fé em Deus. No entanto, num momento desses, há quem possa, até fragilizar a sua fé por falta de entendimento com o fato de estar passando por um sofrimento tão intenso.

Ontem, ao navegar pela internet deparei-me com uma notícia que me deixou deveras abalado. A morte do Italo Freire, o filho do casal, meus grandes amigos conterrâneos. Ana Zélia e Antônio ítalo Freire, o Cacá do gás, e para mim, ainda o caveirinha do nosso tempo do Grupo Escolar Padre Américo.

Eu quero aqui enviar o meu abraço e a minha mensagem a esse casal tão querido por mim e por seus amigos:

Eu imagino Ana Zélia o quando você está sofrendo... Eu sei Cacá o que é perder um filho. E posso garantir que somente quem já perdeu um filho sabe avaliar a intensidade dessa dor. --- Minha filha Regina de 30 anos voltou para Deus levada por uma morte cruel e sofrida. Eu sofri muito e posso dizer que ainda sofro. Contudo, hoje, felizmente entendo que ela foi apenas devolvida para Deus, mas continua presente comigo. É como dizia Guimarães Rosa, ela se encantou para viver no meu coração. Mas essa mãozinha só o tempo poderá lhes dar.

Essa dor que vocês experimentam meus bons amigos, não se compara com nenhuma dor. Para cada pai, para cada mãe a sua será sempre a maior. Chegamos a pensar tão fundo que podemos até pensar tratar-se de um castigo de Deus. Mas não. Deus não castiga ninguém.

Enquanto julgarmos que perdemos o filho o sofrimento é maior. E só poderá amenizar quando entendemos que o filho apenas voltou para Deus. A grande verdade é que um filho não morre enquanto ele possa permanecer em nossa lembrança. --- Há 14 anos eu convivo com a ausência de minha filha levada por Deus. Mas aprendi a conviver com a sua ausência física, sempre presente com ela espiritualmente. Porque ela nunca se foi do meu coração.

Portanto, meus caros amigos. Busque em Deus o conforto que poderá lhes advir. Nenhum outro lenitivo vai lhes amenizar essa dor incomparável.

Armando Melo Castro.

Candeias MG Casos e Acasos.

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