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terça-feira, 26 de março de 2019

O DINHEIRO.


Eu trabalhei por mais de trinta anos tendo em minhas mãos o dinheiro alheio e conclui que o dinheiro não é apenas um poder de compra, ele é também um conceito. Além disso, é uma grande preocupação para quem o possui com abundância. ---- Podemos concluir, todavia que não temos como viver sem dinheiro numa sociedade tão complicada.

O dinheiro abre espaço para tudo em nossas vidas. ---- Espaço para hipóteses e sonhos. A chance de trocar de mundo e mudar de vida é em grande parte o que se passa na cabeça de quem troca o couro pelo ouro, ou seja, os mais pobres.

Isso porque a nossa sociedade impõe diversos tipos de mundos; o mundo dos ricos é o menor e é nele que todos gostariam de ter nascido. Haja vista as portas das lotéricas lotadas quando o sorteio da Tele Sena está acumulado. ----

Hoje em dia, o dinheiro nem precisa mais do metal e nem do papel moeda para circular. Ele passeia através dos cartões e das transferências bancárias. O dinheiro é aquilo que dá, nega e tira. O meu saudoso amigo Mozart Sidney sempre dizia que o dinheiro não aceita desaforos.

Aqui no Brasil o vil metal precioso tem aprontado em alta escala. Vejamos os políticos presos, os chamados ladrões do colarinho branco. ---- E para uma nação, ver dois de seus ex- presidentes tão humilhados pelo dinheiro, como no caso Lula e Temer... Políticos do alto escalão do governo vendo o sol nascer quadrado... Deputados, prefeitos e vereadores... -----

Pessoas liquidadas violentamente, sendo assassinadas e deixando para trás todas as suas ambições!... ---- E eu fico pensando: será que paga a pena ficar durante a vida toda correndo atrás do dinheiro? Será que paga a pena ser rico? 

Esta pergunta eu a faço quando me lembro de certa vez, na cidade de Governador Valadares, quando fui gerente da agência bancária do Bemge, um cidadão rico, muito rico e de porte grosseiro, talvez fosse um dos clientes mais ricos da agência, seu dinheiro era todo aplicado conforme orientação de seu filho. De quando em vez aparecia na agência, ajudado por uma bengala e aproximava de minha mesa e dizia quase nos meus ouvidos: 
------------------- “Sô Armano, dá pu sinhô abri o cofre pra mim dá uma oiadinha nos meus cobres”?  ---- Eu o levava até à tesouraria, abria o cofre e mostrava-lhe o dinheiro ele dava aquele sorriso e dizia: “Tá bem guardadinho”! ----

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos.



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