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sábado, 16 de janeiro de 2016

UMA GERAÇÃO VAI E OUTRA VEM!


Aniversariar é trocar de idade. É caminhar pela estrada da vida. É despedir-se aos poucos da juventude e ao mesmo tempo  buscar a velhice através de uma contagem de tempo. Quando jovens nunca imaginamos a morte. Os nossos amigos são encontrados em quaisquer esquinas, em quaisquer lugares. Se se estamos numa festa lá estão os nossos condiscípulos, os nossos contemporâneos. Mas o tempo vai retirando-nos do convívio comum e aquele que permanece torna-se isolado até que, também, caia no sumidouro da vida. Assim, é, portanto, a realidade diante do conflito de gerações.

O idoso não deve isolar-se dos jovens, mesmo sendo conservador do seu tempo. O jovem não pode ser visto como se pertencesse a uma ala progressista em oposição ao conservadorismo da maioria dos idosos.  O conflito de gerações é patente. Contudo, é de dever das gerações mais velhas respeitar o jovem com as suas ideias diferentes; com os seus princípios e comportamentos contraditórios. É um egoísmo o idoso querer que a geração jovem lhe faça copiar. Aquele que pensa assim ficará à margem. Se no âmago de uma família somos diferentes, imaginemos, então, como difere uma geração.

Envelhecer bem é combater o conflito de gerações; é procurar entender as inovações e buscar o jovem a coloca-lo no nosso lugar. Apoia-lo e com ele trocar ideias inovadoras. Envelhecer bem é saber que as gerações de hoje estão mais evoluídas, mais aperfeiçoadas, mais dinâmicas... Porque é assim que Deus nos quer na Obra da Sua Criação.

No transcorrer da minha vida tenho me deparado com pessoas que não gostam de envelhecer, mas não se adaptam aos jovens. Querem que o mundo continue sempre tal qual ele o conheceu.

É, deveras lamentável, que no seio da sociedade humana existam pessoas que apesar de inteligentes são demasiadamente egocêntricas, a ponto de querer alterar a data do seu aniversário.

Eu tive um amigo que não gostava de comemorar aniversário. Aniversário era como roubar-lhe a juventude. Queria o mundo somente para ele. Esse moço era o símbolo da infelicidade. Desejar-lhe um feliz aniversário, portanto, seria uma perda de tempo. Queria ser jovem mas não se adaptava à juventude.

Manias, todos nós as temos. É preciso entendê-las e aceita-las. Afinal, nem toda a pessoa que não gosta de trocar de idade, pode ser também alguém renovador e admirador do progresso do mundo.

Eu gosto de comemorar o meu aniversário. Mesmo estando certo de que estou entrando no trecho mais perigoso da estrada da minha vida, eu gosto de trafegar nela. Aniversariar é receber uma dose maior de carinho da família e dos amigos. Afinal, data de aniversário não é somente para contar mais um ano. É um momento de meditar no que fez, no que faz e no que fará. Não podemos deixar que a luta pela vida nos abate. E jamais esquecermos de que na mocidade aprendemos o que na velhice devemos compreender.

Portanto, desde que passei a me pertencer à terceira idade, e por ocasião dos dias de meu aniversário, eu procuro pensar como pensou Gandhi, " Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida". Portanto, amigos meus, digam para mim:

"Hoje, 16 de janeiro de 2016, é o primeiro dia do resto da sua vida!".

E eu direi, muito obrigado!

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos









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