Total de visualizações de página

sábado, 26 de janeiro de 2013

BARROSO UM CAMPEÃO DA VIDA.

Joao Caetano de Faria Filho, o Barroso.

Eu me encontrava em uma festa, na cidade de Uberlândia, quando me chegou a notícia de que acabara de partir, para os domínios celestes, o meu amigo Barroso. Após essa triste notícia, o meu coração fluiu-se do mais puro sentimento de respeito e consideração. Assim, a minha memória, imediatamente, me transportou para Candeias através de uma prece para que eu pudesse, desta forma precária, sentir-me presente na despedida deste candeense cujo comportamento de cidadão, de pai de família e de amigo estará registrado como exemplo nos anais da história de nossa sociedade, da história de Candeias.

João Caetano de Faria Filho, o Barroso, era um homem humilde que, graças a sua capacidade moral, construiu um legado para a sua família e, ao mesmo tempo, beneficiando a população candeense de forma direta e indireta através de seu comércio, a rede de supermercados Faria que, apesar de ser iniciada em tamanho diminuto, expandiu-se à custa de muito trabalho e compromisso social, envolvendo toda a sua família.

Ainda jovem, tornou-se órfão de mãe após um acidente doméstico. Ele era o mais velho de uma turma de sete irmãos: Joãozinho, Zezé, Binho, Jofre, Guido, Vavá e Carlota, a caçula.

Com a morte da mãe, Joãozinho assumiu o comando da casa na lida doméstica e na criação dos irmãos. Arrumava a casa, lavava e cozinhava para a família.

Passado esse período crítico do dever familiar, Joãozinho do Joanico, como era chamado, começou a fazer a sua vida. Casou-se com Maria Aparecida Faria com quem teve sete filhos: Débora, Mariângela, Jucão, Ricardo, João Elcio, Paulo Roberto e Paulo Henrique, os gêmeos.

A morte do meu amigo Barroso cisma em mim, no entanto, a contemplação de Deus. Isso porque para ele a morte, jamais, seria um castigo. Viajo pelas asas da minha memória para rever um Barroso jovem, na força do trabalho, na prática do esporte e na dedicação aos amigos e familiares. E nessa sua entrega do bastão a Deus pelo dever cumprido com dignidade, aqui, entre nós, eu quero e preciso, nesta sua partida, lhe dizer:

Você, Barroso, deixará entre os seus familiares, os seus amigos e os seus conterrâneos, com certeza, uma grande saudade. Nesse sentimento que zomba da própria morte, com certeza, meu amigo, você não será lembrado como um homem doente apenso a uma cama de hospital. Você não será lembrado como um homem inerte diante dos deveres determinados pela boa conduta.

Você, Barroso, será lembrado como um homem que trabalhou durante toda uma vida e que apenas o tempo lhe fez pesar às costas e lhe interromper a caminhada; será lembrado como um pai de família que soube orientar os seus filhos através de exemplos e atitudes; será lembrado como o atleta dedicado que você foi do nosso esporte.

Lembrado será, ainda, com respeito, pelos eleitores que obtiveram em você um vereador sem mácula;

Será lembrado, principalmente, pela sua velha caminhonete Ford. Dia, após dia e anos, após anos, transportando creme e leite, aves, coisas e gente, sempre com a sua maneira gentil de ser e com o sorriso sempre a mostra, a bela forma com a qual iniciou a construção do legado que ora premia os seus filhos aos quais, além dos meus pêsames, eu quero dar os parabéns por terem tido, como patriarca, um pai, extraordinariamente, exemplar.

Você, Barroso, com toda a certeza, é o cara, é um campeão da vida  que todos gostariam de ser. Receba, portanto, onde quer que esteja, neste momento, o meu forte e saudoso abraço. 

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos




2 comentários:

Márcio Reis disse...

Infelizmente foi uma grande perda pela amizade, pela pessoa, pelo cidadão. É um exemplo que muitos devem seguir.

Michelyne disse...

Oi Armando,
Muito obrigada por retratar meu Tio Querido Barroso com tanta sensibilidade! Fiquei muito, muito emocionada com suas palavras muito bem escritas e carregadas de sentimento! Meu Tio Barroso foi sim uma pessoa MARAVILHOSA! Um EXEMPLO para todos nós. No Natal de 2012 estávamos juntos, a familia toda e ele estava FELIZ! No outro dia, ele contou toda a sua história para o Wellington, meu marido, com riquesa de detalhes. Está mesma história de lutas e vitórias que voce fielmente descreveu aqui.
LINDO!!!!
MUITA SAUDADE DELE.
OBRIGADA ARMANDO!!!!
Grande abraço,
Michelyne (filha do Váva e da Magaly)!