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quarta-feira, 4 de abril de 2012

QUE DEUS ME PERDOE SE ESTIVER ERRADO.



              Foto apenas para ilustração.
     Estamos às vésperas da Semana Santa. Acho válida essa intenção dos católicos em obedecer ao seu itinerário teológico diante dos dogmas do catolicismo sobre a Penitência e o Sacramento.

Eu entendo que a liberdade de pensamento é uma prerrogativa humana. Tenho em mente que todos nós temos o direito de escolher os seus deuses, os seus santos, os seus mitos e os seus pregadores. Para dar uma ênfase maior à liberdade a que me refiro, eu diria: Por que não o direito, também, de escolher os seus demônios, desde que não se faça incomodar os filhos de Deus?

Há poucos dias, eu tive a oportunidade de ouvir alto e em bom som, pela boca de um Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, que o dinheiro não traz felicidade. Então, por que a sua Igreja vive explorando os seus fiéis com um dízimo indevido segundo a própria Bíblia Sagrada?

É necessário ser dito para que todos saibam que o dízimo não é devido a nenhum cristão.

O que se deve dar, pelo texto sagrado, é uma contribuição conforme manda o coração. O dízimo passou a ser a única tradição judaica que se mantém, até hoje, no seio da igreja gentílica, principalmente, no sistema religioso cristão. 

O dízimo  é um verdadeiro absurdo. Dar 10% dos seus rendimentos para a igreja é coisa de judeu. Os cristãos, não têm nada com isso. Devemos, sim, dar a nossa contribuição conforme a nossa vontade. Que seja mais de 10%, mas que não seja por coação. Devemos contribuir pela graça do amor de Cristo conforme está escrito em, II Coríntios 9.7.

Esse negócio de falar que dinheiro não é tudo pode até ser verdade em certos pontos. Mas não podemos esquecer que tudo é o dinheiro.

Muitas pessoas dizem que o dinheiro não é tudo porque não o tem. É como se fosse uma forma de se desculpar. O mundo em que nós vivemos é materialista. E grande parte das igrejas é mercenária do Cristo e exploram os seus fieis sem o menor preconceito. 

Existem certos representantes religiosos que são verdadeiros estelionatários e vivem explorando os seus fieis pedindo não só o dízimo, mas até aluguel de casa como teto da exploração para crescer  as contas de “sua igreja” e de seus bolsos. Usam de artifícios ideológicos para enganar os humildes com curas e aquisição de bens. 

Falam que o dinheiro não traz felicidade; contudo, isso é negar o que é óbvio para eles.  A internet está ai para mostrar as mansões do Bispo Edir Macêdo comprado com dinheiro do dízimo e venda de milagres que a bem da verdade não passa de conversa fiada. 

É triste saber que existem pessoas que acreditam nesses elementos tipo Silas Malafaia, Edir Macêdo, Waldomiro Santiago, RR Soares, e outros vigaristas mais que enfestam a sociedade em nome de Jesus Cristo. Mentira e conversa fiada. Essas, portanto, são as mercadorias que se comercializam nos palanques e nos púlpitos dessas casas de comércio intituladas, “Igrejas Evangélicas”. É verdade que existem igrejas evangélicas justas e honestas, como também padres e pastores que cumprem corretamente as instruções de Jesus Cristo. Devemos estar atentos para entender que nem todos são honestos.

Eu digo, rebatendo essa frase ridícula dita por esse pastor mentiroso, outro rifão: “O dinheiro não é tudo, mas, para eles tudo é o dinheiro”.

Eu sou cristão e me orgulho de ser cristão. Sou católico, todavia, não sou católico praticante. Sou radicalmente contra o celibato. A meu ver o celibato esconde o pecado e a vergonha cometida pelos padres pecadores ou castram o direito de um homem deixar a sua descendência para a Obra da Criação de Deus.

Tenho observado durante a minha vida, que os verdadeiros cristãos não frequentam igrejas e, nem tampouco, estão preocupados com a fé com que as igrejas lhes cobram. “A verdadeira religião está nas obras, porque a fé sem obras é morta. (Tiago 2)”. E é assim que procuro me comportar.

Entretanto, como dizia, estamos na Semana Santa e, como se vê, é hora de muita gente procurar as igrejas para acertar as contas com Deus, através de um gesto simples, contudo, incrédulo sobre a minha percepção: a confissão.

Eu falo por mim, obviamente. Entretanto, não pode existir uma coisa mais sem sentido do que seja alguém se ajoelhar junto a um padre e lhe contar os seus pecados. Por que não pedir perdão diretamente a Deus? E quem confessa, por acaso, nunca mais vai cometer o mesmo pecado? A verdadeira religião está na caridade, no amor ao próximo e no respeito. Ter um coração que seja isento de orgulho e de rancor. As pessoas vão à igreja para pedir e será que alguém vai lá para oferecer a Deus uma ajuda na Obra da Sua Criação? Sem oferecer dinheiro, mas sim, amor e caridade ao próximo.

 Muitos vão à igreja para mostrar o vestido novo, para ver o namorado ou a namorada, ou, até mesmo, pela força do hábito. Muitas vezes, nem sabem o que se passou durante uma celebração. E, é por isso, que, dificilmente, alguém me vê em uma igreja em horários de cerimônia ritual. Pouco vejo consistência espiritual nisso na minha igreja. Vejo sim um ritual quase sempre monótono e que não muda pessoas cheias de problemas de comportamento ou espirituais que ali estão.

 As pessoas se esquecem de que Deus apesar de onisciente precisa de nossa ajuda. Isso porque ele não dá o peixe, ele ensina a pescar, conforme aconselhava Jesus Cristo.

Ficar dizendo por aí o nome de Deus em vão, ficar ajoelhando aos pés de pecadores e contando os seus pecados não vai levar ninguém a nada. A consciência sobre o pecado não é sólida e o pecado pode ser subjetivo, ou seja, ser ou não ser.

Quando jovem, fui um assíduo frequentador da igreja. Tive uma formação católica rígida. O dia que não ia à missa, não podia sair de casa. Eu rezava, pedia, confessava, tornava a pecar e, assim, foi indo. Convenci-me de que eu deveria construir uma igreja dentro do meu coração.

Conclui que o fanatismo religioso é criado pelas igrejas e este não é bom para Deus.


Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos

Um comentário:

Franz disse...

Pra mim foi difícil, em alguns momentos chegou a ser traumático, mas consegui me livrar dessa âncora normalmente chamada religião. Todas são feitas por homens, com todos os seus defeitos. Achei melhor garimpar nos ensinamentos de Jesus aquilo que poderia me ajudar na relação com Deus, não me arrependo.
Armando, será que você nunca fez bobagem quando estava sozinho? rsrsrsrs