Foto apenas para ilustração.
Estamos
às vésperas da Semana Santa. Acho válida essa intenção dos católicos em
obedecer ao seu itinerário teológico diante dos dogmas do catolicismo sobre a
Penitência e o Sacramento.
Eu
entendo que a liberdade de pensamento é uma prerrogativa humana. Tenho em mente
que todos nós temos o direito de escolher os seus deuses, os seus santos, os
seus mitos e os seus pregadores. Para dar uma ênfase maior à liberdade a que me
refiro, eu diria: Por que não o direito, também, de escolher os seus demônios,
desde que não se faça incomodar os filhos de Deus?
Há poucos
dias, eu tive a oportunidade de ouvir alto e em bom som, pela boca de um Pastor
da Igreja Universal do Reino de Deus, que o dinheiro não traz felicidade.
Então, por que a sua Igreja vive explorando os seus fiéis com um dízimo
indevido segundo a própria Bíblia Sagrada?
É
necessário ser dito para que todos saibam que o dízimo não é devido a nenhum
cristão.
O que se
deve dar, pelo texto sagrado, é uma contribuição conforme manda o coração. O
dízimo passou a ser a única tradição judaica que se mantém, até hoje, no seio
da igreja gentílica, principalmente, no sistema religioso cristão.
O
dízimo é um verdadeiro absurdo. Dar 10% dos seus rendimentos para a
igreja é coisa de judeu. Os cristãos, não têm nada com isso. Devemos, sim,
dar a nossa contribuição conforme a nossa vontade. Que seja mais de 10%, mas que não seja por coação. Devemos contribuir pela graça do amor de Cristo
conforme está escrito em, II Coríntios 9.7.
Esse
negócio de falar que dinheiro não é tudo pode até ser verdade em certos pontos.
Mas não podemos esquecer que tudo é o dinheiro.
Muitas
pessoas dizem que o dinheiro não é tudo porque não o tem. É como se fosse uma
forma de se desculpar. O mundo em que nós vivemos é materialista. E grande
parte das igrejas é mercenária do Cristo e exploram os seus fieis sem o menor
preconceito.
Existem
certos representantes religiosos que são verdadeiros estelionatários e vivem
explorando os seus fieis pedindo não só o dízimo, mas até aluguel de casa como
teto da exploração para crescer as contas de “sua igreja” e de seus
bolsos. Usam de artifícios ideológicos para enganar os humildes com curas e
aquisição de bens.
Falam que
o dinheiro não traz felicidade; contudo, isso é negar o que é óbvio para
eles. A internet está ai para mostrar as mansões do Bispo Edir
Macêdo comprado com dinheiro do dízimo e venda de milagres que a bem da
verdade não passa de conversa fiada.
É triste
saber que existem pessoas que acreditam nesses elementos tipo Silas Malafaia,
Edir Macêdo, Waldomiro Santiago, RR Soares, e outros vigaristas mais que
enfestam a sociedade em nome de Jesus Cristo. Mentira e conversa fiada. Essas,
portanto, são as mercadorias que se comercializam nos palanques e nos púlpitos
dessas casas de comércio intituladas, “Igrejas Evangélicas”. É verdade que
existem igrejas evangélicas justas e honestas, como também padres e pastores
que cumprem corretamente as instruções de Jesus Cristo. Devemos estar atentos
para entender que nem todos são honestos.
Eu digo,
rebatendo essa frase ridícula dita por esse pastor mentiroso, outro rifão: “O dinheiro não é tudo, mas,
para eles tudo é o dinheiro”.
Eu sou
cristão e me orgulho de ser cristão. Sou católico, todavia, não sou católico
praticante. Sou radicalmente contra o celibato. A meu ver o celibato esconde o
pecado e a vergonha cometida pelos padres pecadores ou castram o direito de um
homem deixar a sua descendência para a Obra da Criação de Deus.
Tenho
observado durante a minha vida, que os verdadeiros cristãos não frequentam
igrejas e, nem tampouco, estão preocupados com a fé com que as igrejas lhes
cobram. “A verdadeira
religião está nas obras, porque a fé sem obras é morta. (Tiago 2)”. E
é assim que procuro me comportar.
Entretanto,
como dizia, estamos na Semana Santa e, como se vê, é hora de muita gente
procurar as igrejas para acertar as contas com Deus, através de um gesto
simples, contudo, incrédulo sobre a minha percepção: a confissão.
Eu falo
por mim, obviamente. Entretanto, não pode existir uma coisa mais sem sentido do
que seja alguém se ajoelhar junto a um padre e lhe contar os seus pecados. Por
que não pedir perdão diretamente a Deus? E quem confessa, por acaso, nunca mais
vai cometer o mesmo pecado? A verdadeira religião está na caridade, no amor ao
próximo e no respeito. Ter um coração que seja isento de orgulho e de rancor.
As pessoas vão à igreja para pedir e será que alguém vai lá para oferecer a
Deus uma ajuda na Obra da Sua Criação? Sem oferecer dinheiro, mas sim, amor
e caridade ao próximo.
Muitos
vão à igreja para mostrar o vestido novo, para ver o namorado ou a namorada,
ou, até mesmo, pela força do hábito. Muitas vezes, nem sabem o que se passou
durante uma celebração. E, é por isso, que, dificilmente, alguém me vê em uma
igreja em horários de cerimônia ritual. Pouco vejo consistência espiritual
nisso na minha igreja. Vejo sim um ritual quase sempre monótono e que não muda
pessoas cheias de problemas de comportamento ou espirituais que ali estão.
As
pessoas se esquecem de que Deus apesar de onisciente precisa de nossa ajuda.
Isso porque ele não dá o peixe, ele ensina a pescar, conforme aconselhava Jesus
Cristo.
Ficar
dizendo por aí o nome de Deus em vão, ficar ajoelhando aos pés de pecadores e
contando os seus pecados não vai levar ninguém a nada. A consciência sobre o
pecado não é sólida e o pecado pode ser subjetivo, ou seja, ser ou não ser.
Quando
jovem, fui um assíduo frequentador da igreja. Tive uma formação católica
rígida. O dia que não ia à missa, não podia sair de casa. Eu rezava, pedia,
confessava, tornava a pecar e, assim, foi indo. Convenci-me de que eu deveria
construir uma igreja dentro do meu coração.
Conclui
que o fanatismo religioso é criado pelas igrejas e este não é bom para Deus.
Armando
Melo de Castro
Candeias
MG Casos e Acasos
Um comentário:
Pra mim foi difícil, em alguns momentos chegou a ser traumático, mas consegui me livrar dessa âncora normalmente chamada religião. Todas são feitas por homens, com todos os seus defeitos. Achei melhor garimpar nos ensinamentos de Jesus aquilo que poderia me ajudar na relação com Deus, não me arrependo.
Armando, será que você nunca fez bobagem quando estava sozinho? rsrsrsrs
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