Hoje o
nosso Blog vai falar de algo que enriquece a tradição candeense. Um local que
merece registro, pois, trata-se de um ponto de veneração, que vem repassando
gerações e gerações candeenses, numa demonstração de fé e espiritualidade. Eu
me refiro ao “Cruzeiro do Josino”
“Josino
Mestre” - como era conhecido, foi professor na zona rural. Tecnicamente era
detentor apenas do conhecimento básico, mas possuía conhecimentos adquiridos
através de uma cultura natural. Era visto pela sociedade candeense como pessoa
bastante inteligente. Morava e lecionava na comunidade dos Cassianos. ---
Tinha o
dom da eloquência e a palavra fácil. --- Gostava de discursar nas festas e
cerimônias quando se propunha a falar da história de Candeias. --- Seus relatos
eram isentos de registros históricos; sem consistências e baseados apenas na
tradição oral. Empolgava-se nas exposições dos fatos e quando se perdia transportava
o tema para uma observação lendária.
Sua
origem é incerta, mas supõe-se que tenha vindo da cidade de Itapecerica em
companhia de um padre. Era visto na cidade por ocasião de festas e quando se
dispunha a trazer produtos da roça para vender.
Tinha
fama de comilão, pois era um verdadeiro glutão. Quando na hipótese de passar
alguns dias na cidade, trazia já pronta, uma lata de comida. E como naquela
época não havia geladeiras, Josino Mestre não se apertava, pois o acerbo da
comida não lhe preocupava. Tinha ele um estômago de ferro...
Num cruzamento de caminhos, numa vereda da serra que leva aos Cassianos, em terras de propriedade da família do senhor Anísio Viana, está com os seus braços abertos, “O Cruzeiro do Josino”.
A história daquele Cruzeiro se perde no tempo. Vem vindo de geração para geração. Trata-se de informação anônima de que a existência da primeira cruz fincada naquele ponto data-se de antes da histórica picada de Goiás. As estirpes Cassiano e Viana, proprietárias das terras ali ao redor, e famílias das mais tradicionais, são unânimes em informar que não se tem notícia da primeira vez em que foi colocada uma cruz ali. De tempo para tempo vem sendo transportada essa incógnita.
Num cruzamento de caminhos, numa vereda da serra que leva aos Cassianos, em terras de propriedade da família do senhor Anísio Viana, está com os seus braços abertos, “O Cruzeiro do Josino”.
A história daquele Cruzeiro se perde no tempo. Vem vindo de geração para geração. Trata-se de informação anônima de que a existência da primeira cruz fincada naquele ponto data-se de antes da histórica picada de Goiás. As estirpes Cassiano e Viana, proprietárias das terras ali ao redor, e famílias das mais tradicionais, são unânimes em informar que não se tem notícia da primeira vez em que foi colocada uma cruz ali. De tempo para tempo vem sendo transportada essa incógnita.
Dizia o
Sr. Tavico Cassiano, que naquele local teria morrido, há centenas de anos,
perseguido pelo pai da moça, um casal de namorados. Essa informação não tem
consistência perante outros membros da família Cassiano. Por conseguinte
supõe-se ser esta, uma informação lendária; como, também, pode ser verdadeira.
Lembro-me
de ouvir o meu avô, João José de Castro, o João Delminda, nascido em 1884,
dizer que quando criança, ele e outros meninos levavam água para banhar o pé da
cruz num gesto de reverência, quando pedia aos céus um alívio através de uma
chuva que pudesse amenizar o incômodo pelo estio...
Minha mãe
hoje com noventa anos, também teria feito o mesmo quando criança. E eu muitas
vezes acompanhei ao meu pai neste mesmo ritual.
Sufocada
pelo tempo, encontra-se sombreando aquele símbolo maior da redenção cristã, uma
árvore centenária, conhecida como Maria Preta, já toda tomada pelas ervas
parasitárias.
Josino
Mestre residia nas imediações e ali era o seu ponto de cultuar a Deus.
Anteriormente, eram cruzes menores, mas posteriormente, por iniciativa de Josino
foi colocado o primeiro cruzeiro. Motivo pelo qual, tornou-se o símbolo,
denominado, “Cruz do Josino”.
Além de
construir um pedestal, fez um cercado ao redor deste e construiu um grande
cofre de latão que ficava adaptado numa grande tora de madeira. Esse cofre com
o tempo desapareceu, naturalmente por vândalos no sentido de roubar os trocados
que o povo ali deixava depositados. A partir daí tomou-se o nome de Cruzeiro do
Josino.
Com a
morte do professor a família do Sr. João Cassiano Máximo foi quem passou a
zelar daquele capítulo da nossa história. Hoje, quem assumiu como um gesto
benevolente, os cuidados daquele ponto depositário de fé popular, é o senhor
João Cassiano Máximo Filho, e sua esposa Lucília que empenham em conservá-lo
aos nossos olhos. Já pela segunda vez renovam a cruz às suas expensas, para que
se não extinga aquele patrimônio espiritual tão importante do povo de Candeias.
Há pouco
tempo o cruzeiro existente, já corroído pelo tempo, caiu tendo sido destruído e
foi igualmente substituído, pela família Cassiano; oportunidade em que foi
abençoada pelo Revmo. Padre Moncef, diante de um grupo de fieis e
frequentadores daquele ponto cultual.
Como
exemplo de outras pessoas, há muitos anos eu visito o Cruzeiro do Josino
buscando amparo espiritual. Você que lê esta mensagem, faça a sua reverência ao
Cruzeiro do Josino e com certeza estará recebendo o amparo espiritual do maior
símbolo de religiosidade cristã e do mais antigo ponto cultual de Candeias.
Armando
Melo de Castro
Candeias
MG Casos e Acasos.··.
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