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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

DONA NADIR PORTUGAL.


 A história do circo vem de longe. Segundo a Wikipédia, chineses, gregos, egípcios, indianos, ou seja, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos mil anos. No princípio a atração principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, apresentação de animais selvagens, pessoas engolindo fogo etc. ---- Com o passar do tempo o circo foi se transformando, com trapezistas, palhaços, mágicos, animais domesticados, teatro e outras atrações.

A Praça Antônio Furtado em Candeias, já foi chamada de “A Praça do Circo”. Durante anos ali estacionavam esses itinerantes, os chamados circos de cavalinhos, os parques de diversões, e os circos de touradas. Vários foram os circos que estiveram em Candeias e depois voltaram. Às vezes saia um circo, entrava um parque, ou vice e versa. Nesse tempo não havia televisão e essas atrações se lotavam, principalmente os circos que tinham um bom grupo teatral.

E foi num tempo assim, que apareceu em Candeias um Circo fazendo sucesso com a sua trupe de artistas muito bem ensaiada e muito apresentável. Era uma companhia familiar, e entre os irmãos havia uma moça muito bonita e excelente atriz dramática. Seu nome era Nadir filha do proprietário do Circo que se chamava CIRCO PORTUGAL. Em Candeias havia um jovem bonitão, inteligente, violonista clássico, já havia rodado por São Paulo e Rio de Janeiro, solando violão em emissoras de rádio. Esse jovem se chamava Vicente de Melo, conhecido por Vicente do Augusto..

Ao ver a atuação da atriz Nadir, apaixonou-se por ela. --- Como era de boa conversa, não demorou estava ele lá no palco do circo solando o seu violão, o que naquele tempo um solo de violão clássico estava na moda. ---- Saiu acompanhando o circo e voltou casado com a Sra. Nadir Portugal.

Muitos anos depois o Circo Portugal voltou a Candeias. Desta vez eu me lembro bem. Ele foi armado ao lado do Cemitério São Francisco, nos fundos da casa do Sr. José Orlando Vilela. Ali havia uma grande área, onde se plantava uma roça de milho. Foi ali que o Circo Portugal foi armado e apresentou poucos espetáculos. ---- Era preciso ver o entusiasmo de Nadir lá no Circo. Foi como se tivesse encontrado algo que havia perdido. Vicente, como sempre, prestativo é quem estava na bilheteria.

Esta é uma bela história de amor. ---- Nadir abandonou a sua arte, a sua vida de artista, a sua família por amor. Candeias nesse tempo era uma cidadezinha, sem recursos, praticamente dependia de Campo Belo para tudo. Nadir Portugal fez isso por amor. Seu marido, com certeza, foi muito amado e seus filhos verdadeiros frutos do amor. Uma história linda de um verdadeiro amor pouco vista nos dias de hoje.

Era de minha intenção colocar no nosso Blog Candeias Casos e Acasos um texto que retratasse essa história em detalhes. Eu procurei a Sra. Nadir para falar desse assunto, mas ela não me reconheceu e não quis me atender. Pedi, posteriormente informações a alguns dos filhos, mas esses não voltaram ao assunto. Portanto, esse texto fica a disposição para alterações, modificações ou retiradas.

ARMANDO MELO DE CASTRO.

NB) Existe uma dúvida se o antigo professor Portugal, cujo nome leva uma rua de Candeias, tem algum parentesco com a senhora Nadir Portugal. ---- A existência do professor Portugal em Candeias foi muito antes da passagem do Circo Portugal em Candeias, ou seja, da chegada da Sra. Nadir Portugal. ----- Ele era muito amigo do meu bisavô Domiciano de Castro, que era o procurador do patrimônio da Igreja. Os dois partiram de Candeias para buscar em Ribeirão Preto, técnicas de plantio de café. O Professor Portugal não voltou para Candeias. Portanto, estamos em busca de informações de quem foi realmente o professor Portugal.

NB 2) ---- O Circo Portugal encontra-se em plena atividade e muito se progrediu.

A.M..Castro.


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