Glenia Alves Pimenta
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--É realmente triste receber a notícia da morte de alguém,
seja de um amigo, de um parente ou de um nome destacado. Mas quando recebemos a
notícia da morte de alguém que perde um filho, e que tenha sido levado nas
mesmas circunstâncias em que terá sido levado
um filho seu, o sentimento é profundo e nos vem a fermentar o cérebro pela
vontade de estar junto daquela família que sofre e acaba de perder o seu filho querido.
---A vida é simplesmente uma oportunidade em que nos
encontramos. Somente a morte virá nos
unir e fazermos iguais. Mas entender que o objetivo enviado por Deus é lutarmos
e buscar a nossa defesa contra a morte. Pensar a respeito da morte é um
sofrimento em que levamos vida afora. Portanto, é preferível viver sem pensar
nela; só que isso é difícil. Afinal não é fácil entender que nascemos para
morrer, contudo sem saber como, quando e em que lugar.
---Não conheci pessoalmente a minha conterrânea Glenia Alves
Pimenta, mas ela era minha amiga aqui no Facebook e o seu sorriso descontraído não
prometia o acontecido. Mas a vida é mesmo assim. O destino certo de todos nós é
a morte a qual não sabemos o dia da partida.
---O suicida com certeza tem medo da morte e se comete esse
desatino o faz num momento de desespero para se livrar não da vida, mas sim da
dor cruel que o atormenta. E se vem a esse
crime contra si próprio, normalmente de forma violenta, pode ser para não ter
tempo de se arrepender.
---Eu perdi a minha filha quando esta contaria em poucos
dias trinta anos de idade, vítima de suas próprias mãos. Isso aconteceu há 14 anos,
mas nesse caso o tempo ajuda muito pouco, isso porque trata-se de uma ferida
que não cicatriza jamais.
---Não existirá uma dor maior do que a perda de um filho. É
uma dor sem nome. Os pais são envolvidos num sentimento jamais experimentado; é
uma mistura de tristeza, mágoa com a vida, desespero e saudade. Ainda mais, entendo
que somente os pais que perdem um filho nessas circunstâncias, assim como eu
perdi, em que parte para Deus a nossa amiga Glenia, poderão avaliar o tamanho
de tal sofrimento. Afinal, os filhos são
preparados para enterrar os pais, mas os pais jamais serão preparados para
enterrar um filho.
---Eu quero aqui, enviar o meu abraço aos familiares da
Glenia Alves Pimenta, especialmente aos seus pais. Eu sei o que vocês estão
sofrendo e posso avaliar esse triste pedaço que a vida lhes reservou. Ele é tão
doído que chega até a mim e posso senti-lo em cadeia com vocês porque passei
por essa mesma estrada. ---- Mas o tempo, apenas o tempo designado por Deus
pode ajudar. Não deixem que a fé em Deus lhes fuja. O conforto vindo de Deus é
o principal... Eu que o diga!
--Que Deus a abençoe você Glenia e sua família.
Armando Melo de Castro.
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