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quarta-feira, 12 de maio de 2021

QUE DEUS A ABENÇOE GLENIA.

   
Glenia Alves Pimenta

---É realmente triste receber a notícia da morte de alguém, seja de um amigo, de um parente ou de um nome destacado. Mas quando recebemos a notícia da morte de alguém que perde um filho, e que tenha sido levado nas mesmas circunstâncias em que terá  sido levado um filho seu, o sentimento é profundo e nos vem a fermentar o cérebro pela vontade de estar junto daquela família que sofre e acaba de perder o seu filho querido.

 ---A vida é simplesmente uma oportunidade em que nos encontramos. Somente a morte virá  nos unir e fazermos iguais. Mas entender que o objetivo enviado por Deus é lutarmos e buscar a nossa defesa contra a morte. Pensar a respeito da morte é um sofrimento em que levamos vida afora. Portanto, é preferível viver sem pensar nela; só que isso é difícil. Afinal não é fácil entender que nascemos para morrer, contudo sem saber como, quando e em que lugar.

 ---Não conheci pessoalmente a minha conterrânea Glenia Alves Pimenta, mas ela era minha amiga aqui no Facebook e o seu sorriso descontraído não prometia o acontecido. Mas a vida é mesmo assim. O destino certo de todos nós é a morte a qual não sabemos o dia da partida.

 ---O suicida com certeza tem medo da morte e se comete esse desatino o faz num momento de desespero para se livrar não da vida, mas sim da dor cruel que o atormenta. E  se vem a esse crime contra si próprio, normalmente de forma violenta, pode ser para não ter tempo de se arrepender.

 ---Eu perdi a minha filha quando esta contaria em poucos dias trinta anos de idade, vítima de suas próprias mãos. Isso aconteceu há 14 anos, mas nesse caso o tempo ajuda muito pouco, isso porque trata-se de uma ferida que não cicatriza jamais.

 ---Não existirá uma dor maior do que a perda de um filho. É uma dor sem nome. Os pais são envolvidos num sentimento jamais experimentado; é uma mistura de tristeza, mágoa com a vida, desespero e saudade. Ainda mais, entendo que somente os pais que perdem um filho nessas circunstâncias, assim como eu perdi, em que parte para Deus a nossa amiga Glenia, poderão avaliar o tamanho de tal sofrimento.  Afinal, os filhos são preparados para enterrar os pais, mas os pais jamais serão preparados para enterrar um filho.

---Eu quero aqui, enviar o meu abraço aos familiares da Glenia Alves Pimenta, especialmente aos seus pais. Eu sei o que vocês estão sofrendo e posso avaliar esse triste pedaço que a vida lhes reservou. Ele é tão doído que chega até a mim e posso senti-lo em cadeia com vocês porque passei por essa mesma estrada. ---- Mas o tempo, apenas o tempo designado por Deus pode ajudar. Não deixem que a fé em Deus lhes fuja. O conforto vindo de Deus é o principal... Eu que o diga!

 --Que Deus a abençoe você Glenia e sua família.

 Armando Melo de Castro. 

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