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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

UM BARULHO IRRITANTE.

Começa, com a chega das próximas eleições municipais, a falta de respeito dos candidatos com a população em virtude do uso e do abuso da poluição sonora e visual que é peculiar aos políticos que não sabem respeitar o direito alheio e através dessa nojenta autopromoção invadem, sem licença, a vida do cidadão brasileiro alterando, completamente, o significado de "campanha política".
Ninguém ouve um programa de governo pelos exagerados auto falantes espalhados junto aos carros por toda a cidade. A poluição sonora está tão violenta, o desrespeito está tão alto que mal podemos ouvir o nome do candidato. Observamos, por aí, a cultura dos candidatos que espalham pelas ruas carros poluindo sonoramente a cidade, não respeitando as pessoas dentro das mais diversas incompatibilidades com essa barulheira que pode ser vista como uma sinonímia de falta de educação política.

O filósofo suíço, Jean-Jacques Rousseau, disse que o homem nasce bom mas, a sociedade que o corrompe. É! Pode ser, até um certo ponto. Todavia, o que estamos presenciando, nestes tempos, é o cidadão nascer já com o estigma da maldade. Na época de eleição, está todo mundo rinchando mais do que cavalo "inteiro", como se o eleitor fosse uma égua no cio. A politica brasileira vai se tornando, a cada dia, numa ferida no rosto da sociedade.

Viver é um negócio complicado e perigoso, já dizia Guimarães Rosa. Porém, se olharmos para trás isso vem de longe. Parece que o ser humano é mau, como dizia a minha amiga, Dona Ester, quando brigava com o seu marido Joãozinho: "O trem é ruim de nascença."

E o que a gente está vendo é muito trem ruim de nascença. Quando Rousseau viveu poderia ter feito sentido o seu dito de que a sociedade é que corrompia o homem, entretanto, imaginemos hoje... Se, naquele tempo, ainda não havia muito o que corromper, e agora?

A corrupção dos políticos no Brasil está uma coisa terrível. Eu já vinha desbotado com relação a política. Vinha em uma grande preguiça civil, também, terrível, porém, depois que eu vi o Lula pegar na mão do Maluf aí constatei que estava, totalmente, impotente diante da miséria cultural da política do poder. Conclui-se que politica é sinônimo de pouca vergonha, de desonestidade, de acordos excusos, visando apenas o lucro e o poder.

As eleições municipais em Candeias eram, verdadeiramente, democráticas em um passado bem distante quando se disputavam um cargo para servir a população da cidade. Os candidatos da UDN - União Democrática Nacional - e os candidatos do PSD - Partido Social Democrático - eram homens que gastavam do seu próprio bolso dinheiro para atender certas necessidades da população, exemplos, como Sr. João Pinto de Miranda e seu filho Dr. José Pinto de Resende, Sr. Raimundo Bernardino de Sena, Sr. Nestor Lamounier e o primeiro prefeito de Candeias, Dr. Zoroastro Marques da Silva, homem que dedicou, inteiramente, a sua vida ao município de Candeias além de ser o cabeça principal da sua fundação.

O tempo cuidou de colocar Candeias na plataforma da modernidade política.

Os políticos e os religiosos que deveriam ser para todos um exemplo que pudesse ser exaltado no sentido de constituir uma lição de coragem aos tímidos, de afoiteza aos pobres, de esperança aos fracassados, de audácia aos jovens, roubam-lhes até a dignidade.

E se falamos das nossas dificuldades é para que os mais jovens possam evitá-las. Cabe ao idoso o privilégio da velhice e ao jovem o direito de se envelhecer.

É duro ter que conviver com a política e os políticos. A televisão mostra todos os dias a falta de moral dessa classe. Eles insistem em dizer que são inocentes. Todavia, nenhum deles faz uma prestação de contas pessoais, após o término de seus mandatos.

Eu uso o meu direito democrático para desligar a televisão no horário obrigatório... Horário obrigatório, voto obrigatório...

É lamentáavel! Devéras lamentávael!

Armando Melo de Castro
Candeias MG Casos e Acasos







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