Armando e sua mãe, Dona Luca
No ano
de 1905, uma professora americana - Anne Jarvis - com a morte de sua mãe,
entrou em profunda depressão. Preocupadas com o seu estado de saúde, algumas
amigas resolveram fazer uma festa, a fim de perpetuar a memória da mãe de Anne.
Mas,
Anne queria que a data fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas.
Escreveu, então, longas cartas para políticos, comerciantes, empresários e
religiosos, sugerindo a criação de um dia consagrado às mães. Assim, em 1914 ,
nos Estados Unidos da América, depois de muito sacrifício de Anne, foi
oficializado o Dia das Mães, como o segundo domingo de maio.
Durante
esse movimento, Anne criou, também, um símbolo para homenagear as mães: O
cravo: vermelho, para presentear a mãe viva. E o branco para a mãe morta.
Certo
dia, Anne invadiu uma Associação das mães de veteranos de guerra, a fim de
vender cravos com fins lucrativos. Foi presa, por perturbar a ordem e ao sair
da prisão, disse que estava arrependida de ter criado o Dia das Mães. Entrou
com um processo para cancelá-lo, mas sem sucesso. (Pesquisa, portal da família)
Podemos
observar que a convenção que criou o Dia das Mães, apesar de merecer o maior
respeito, teve em primeira mão, um aspecto comercial. E isso, com certeza, há
de durar para sempre.
Nesta
data, o comércio se agita com o intuito de vender presentes e as casas de
flores se preocupam em vender os cravos vermelhos, mesmo porque, não se fala
mais nos cravos brancos, tendo em vista, que uma mãe morta não recebe
presentes. Entendo, portanto, que o comércio faz apenas a sua parte.
Houvesse
uma mãe, criado o Dia dos Filhos, jamais isso teria acontecido, como aconteceu
com Anne Jarvis. Isso porque, uma mãe não tira proveito sobre os filhos. Uma
mãe, por mais pobre que seja, tem muito para dar aos filhos e já começa
transformando o seu sangue em leite... O seu descanso em cansaço... A sua
tristeza em alegria... A sua miséria em riqueza... E a ingratidão dos filhos em
perdão.
A
felicidade de uma mãe depende do estado de alma que se encontra o filho. E
quantas mães choram e sofrem nesse seu dia criado por uma generosa convenção
americana!
O dia
das mães seria muito mais formoso no seu simbolismo se os filhos completassem a
sua feição como que, o dia da bondade - o dia do amor - o dia da alegria - o
dia das lágrimas santas - O dia da virtude. Fosse assim, talvez (quem sabe?)
levasse aos filhos a uma meditação melhor. É muito bom poder presentear a sua
mãe no seu dia. Mas será esse o presente que uma mãe realmente deseja?
O
presente de loja não diz aquilo que uma mãe quer ouvir ou ver. Esse tipo de
presente serve apenas para ressaltar um dia do ano.
O mês
de maio, consagrado a Nossa Senhora - nossa mãe celestial - e quando que
homenageamos as nossas mães vivas ou mortas, no seu segundo domingo - nos
permitirá numa homenagem dupla, elevar os nossos pensamentos ao nosso Pai
Celestial e à nossa Mãe Maria Santíssima, para que derramem, sobre todas as
mães da terra, as suas bênçãos, em nome de todos os filhos.
Aflorado
o meu sentimento de filho, coloco aqui a minha simples homenagem à minha querida
mãe, a Dona Luca.
A memória é um álbum de
fotografias, em cujas paginas guardamos um espaço para os nossos entes
queridos. Nesse segundo domingo de maio, de 2018, quero rever as fotografias de
minha mãe que povoam o meu coração. A sua origem pobre e humilde... Fruto de
uma árvore genealógica pouco adubada, mas que foi entregue pelas mãos de Deus
aos seus pais adotivos, donde a única riqueza era o amor que Deus lhe colocou
no coração... Amor dividido entre os seus filhos e o pai de seus filhos... E
que dia após dia vai sendo entremeado entre netos, bisnetos, e tetranetos; e
com certeza irá perdurar até ao fim dos seus dias...
Minha
querida mãe!... Amélia, Luca, Luquinha, seja do jeito que preferir... Mãe de
seis filhos dos quais sou primogênito... Receba o meu muito obrigado pelas suas
lágrimas... Pelas suas noites mal dormidas... Pelas preocupações que lhe causei
e ainda lhe causo... Obrigado minha mãe por estar sempre me perdoando... Sempre
me entendendo... Obrigado por tratar-me, aos setenta anos de vida, como se
fosse ainda um menino frágil...
Neste
momento minha mãe, trago em meus olhos duas lágrimas bem claras porque conheço
esse seu coração bondoso e cheio de amor e que me faz sentir tão pequeno perto
de você .
Receba minha mãe querida, os meus beijos de
carinho, amor e gratidão - e também ao meu pai, porque, com toda a certeza,
onde quer que ele esteja, estará, também, lhe homenageando, neste seu dia.
Um
beijo do seu filho
E,
nesta oportunidade, eu não poderia deixar de homenagear, também, a todas as
mães do mundo, especialmente as mães candeenses, mães amigas e desconhecidas,
vivas ou que já tenham partido... Daqui vai o meu cravo vermelho para você que ainda está entre nós e o meu cravo branco para você que já está junto de Deus.
Armando Melo de Castro
Candeias
MG Casos e Aca
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