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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

CONSCIÊNCIA, NEGRA OU BRANCA?


Comemora-se hoje, 20 de novembro, esse famigerado dia da Consciência Negra, que a meu ver não tem consciência nenhuma, nem dos brancos e nem dos negros. Fala-se de um Zumbi e mostram uma foto arrumada. Afinal quantos Zumbis existiram? ----Concordo que se faz necessário um debate sobre o tema, mas não da forma com que vem sendo feito.

O Brasil foi o ultimo país da América a abolir a escravatura; mas não podemos nos esquecer de que nem todo negro foi escravo na essência da palavra. Havia muitos negros que eram considerados verdadeiramente da família dos seus senhores; as mães de leite; as benzedeiras e os curandeiros. Existiam aqueles dos quais os senhores não abriam mão, pois eram como verdadeiros filhos; como apenas um exemplo, foi o caso de Cruz e Souza, um orgulho para o Estado de Santa Catarina, um Estado cuja maioria é branca.

E assim vai, até chegar aos rebeldes existentes em quaisquer segmentos da sociedade. Eu não quero com isso dar a entender que sou a favor do regime escravo, jamais, mas a abolição da escravatura foi um movimento desorganizado que já de pronto deixou o negro desprotegido e até hoje se encontra desorganizado. É patente que tudo que começa mal, torna-se mais difícil.

Naquele tempo não havia tantos negros mortos; não havia tantos negros presos e processados; não havia tantos negros doentes morrendo a míngua e passando fome como existem hoje. Faltava-lhes a liberdade que suponho que não lhes foi dada com a abolição.

A situação do negro hoje em determinados casos está pior do que naquele tempo. Essa abolição nunca existiu como deveria ter existido. Aboliram os escravos e os deixaram desamparados. Festejaram a liberdade e como não tinham para onde ir, muitos voltaram aos seus senhores, agora sim, sem nenhum amparo e tidos como estranhos. E muitos escravos que amavam os seus senhores nunca levaram em consideração essa abolição que nunca, verdadeiramente, existiu.

O negro continua escravo e sem amparo governamental. Um país sem segurança, sem escolas, sem educação pagando um salário de R$930,00, evidentemente ainda não aboliu a escravidão. Os políticos fazem demagogia usando a inferioridade social para explorar os seus votos. E os mulatos filhos de negros e brancos, estão sempre em cima do muro e caindo para o lado que lhes convém quando não são igualmente prejudicados junto aos brancos e negros. Os mais esclarecidos se dizem negros como se negros legítimos fossem na hora de buscar benefícios como o caso das cotas da universidade. 

A escravidão no Brasil continua, e hoje entre brancos e negros. E os políticos brancos e pardos, continuam explorando os negros até hoje sem liderança.  ----- Para mim o Brasil não tem racismo, tem sim, preconceito entre ricos e pobres. – Aqui alunos negros e brancos estudam juntos na mesma escola; frequentam a mesma sociedade – basta ver outros países onde existe um separatismo diferenciado.

 Aqui em Juiz de Fora, por exemplo, a gente não anda 100 metros sem ver um casal de negros e brancos. Essa mistura étnica brasileira que encanta os padres holandeses está presente em todos os cantos. -----

Os negros e brancos precisam de uma consciência, mas não negra e sim humanitária, religiosa e de uma política honesta. O dia que os políticos bandidos deixarem de usar os negros para se elegerem a vida do negro vai melhorar. Falta aos negros se organizarem, como sabem organizar o carnaval e o futebol. Falta ao negro impor respeito não como favorecido de um governo branco, mas sim através uma liderança negra como a de Nelson Mandela.

O negro precisa ser visto como brasileiro; precisa parar de acreditar nas mentiras dos políticos populistas; precisam lembrar que são brasileiros que nasceram aqui, que vivem aqui e aqui é a sua pátria. Esquecer essa história de “AFRO” isso só vai separar ainda mais o negro do branco, aliás, uma coisa que o Partido dos Trabalhadores sabe fazer muito bem apoiando esses movimentos, esses debates mal organizados, politiqueiros e demagogos.

Portanto, eu acho uma falta de propósito essa história de Zumbi, e esse feriado mal organizado. 
Afinal, entre tantos desencontros, eu pergunto: Por que o dia 13 de maio, feriado instituído pela Velha República deixou de ser feriado? Naturalmente os falsos ídolos negros não o quiseram devido a Princesa Isabel ser branca. E desde então criaram essa história de Zumbi que serve apenas para fermentar o desencontro ideológico entre as partes, sem que seja reconhecido o valor do negro. ----- O feriado de 13 de maio não poderia nunca ter sido abolido e se o foi o motivo esta na cara que se tratou apenas de uma exploração política. 

O 13 de maio seria a data própria para discutir essa questão do racismo; para conscientizar as crianças e jovens e não a criação de um feriado totalmente desorganizado, para fermentar um racismo alimentado pela politica porca e bandida. 

Eu tenho muitos amigos negros; amigos da minha mais querida intimidade e das diversas camadas sociais. Nunca observei um gesto de racismo entre mim e eles. Muito pelo contrário, vários deles estão entre os meus melhores amigos conquistados durante a minha trajetória como gerente de Banco quando morei em mais de dez cidades. Pude ver nesse ínterim que o racismo divulgado, principalmente pelas lideranças negras não é tão real; não se trata de um reconhecimento e sim de um oportunismo político entre brancos e mulatos. Falta aos negros apenas respeito politico que poderá ser conseguido apenas quando os negros se organizarem politicamente.

O racismo já observado por mim, inclusive quando fui chamado de branco dentro de um clube de maioria negra, foi de um segmento vitimado por essas informações erradas que faltam aos negros de hoje. LEIA: https://candeiasmg.blogspot.com.br/2012/05/lira-dos-meus-dezoito-anos.html 

Portanto, a consciência negra, a meu ver, não vai chegar a lugar nenhum colocando negros e brancos em conflito.

O meu desejo e a minha consciência é de que “Nego” e “Nega” possam continuar a ser um adjetivo carinhoso e qualificativo de marido e mulher, assim como somos eu e a minha cara-metade.

Candeias MG Casos e Acasos
Armando Melo de Castro.

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