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segunda-feira, 16 de maio de 2016

A MULHER DO FOLHEIRO!

                                                                   Foto apenas para ilustrar o texto.

Deus tirou todo um dia, só para criar a mulher. Aliás, Ele primeiro criou o homem para depois cria-la. Este foi o primeiro exemplo do Pai Celestial para que saibamos que toda obra prima exige um rascunho.

A mulher é uma musa inspiradora. Na sua essência pode até ser perfeita, contudo, não devemos nos esquecer de que ela é humana. Existem mulheres desleixadas, que não estão nem ai para gerar um filho, e muito menos para assumir a responsabilidade de um casamento. Contudo, Eu não estou aqui querendo dizer como deve ser uma mulher. Estou apenas tentando diferenciar uma da outra.

Não é uma questão de machismo, mas eu tenho comigo as dúvidas de até onde a concorrência da mulher doméstica, com o homem, no mercado de trabalho seja benéfica para a formação de uma família. Eu entendo que a mulher doméstica, como geradora da família, deveria abster-se de funções que impõem horário integral, a não ser que esta tivesse um efetivo amparo pessoal do marido na criação e educação dos filhos, dividindo as tarefas domésticas e não ficando isso durante a maioria do tempo sobre os cuidados de babás e empregadas.

Tem mulher que adora a vida de casa. Gosta de cozinhar, cuidar dos filhos, arrumar a casa e esperar o marido. Contudo, existem àquelas que detestam tudo isso, preferem trabalhar fora e ter uma empregada doméstica que cuida da casa e dos filhos. 

Afinal todo mundo é livre para as suas opções. A vida é assim mesmo. É como se dizem: O que seria do amarelo se todo mundo gostasse do vermelho? Mas esta dupla atribuição, esta ausência da mulher no lar, pode ser uma das causas dos problemas que assolam as famílias.

Existe um clamor de igualdade na sociedade, por parte das mulheres, levando em conta a isonomia legal constituída. Contudo isso bate de frente com os princípios da família onde as atribuições da mulher são diferentes, e muitas vezes essas igualdades tão reclamadas não respeitam as desigualdades impostas pela natureza, tendo em vista que essas são decorrentes simplesmente do amor que incorpora um casal. 

É verdade que muitas mulheres renunciam à vida social para cuidar da família.

Mas mudando de assunto sem deixar a mulher de lado, lembrei-me agora, de uma Dona de casa que morava bem lá no final da Rua Pedro Vieira de Azevedo, ainda na década de 50.

Era o Casal  João e Maria. Ele era já idoso e sua mulher bem mais jovem. Tinham um filho que regulava a idade comigo.

Tomaz tinha uma pequena tenda de folheiro no quintal de sua casa. Naquele tempo não existia com abundância as vasilhas de plástico; e Candeias tinha diversos folheiros que trabalhavam com folhas de aço novas ou aproveitadas de latas recicladas e cobre. Ganhavam a vida produzindo utensílios caseiros, como canecas, canecões, gamelas e outras coisas mais.

Eu era menino e de vez em quando adentrava a casa do Sr. João em companhia de seu filho e podia reparar a bagunça que era aquela casa. As camas todas desarrumadas; os utensílios domésticos espalhados, prato no chão onde o gato comia; panelas com resto de comida azedando; o chão parecendo não conhecer uma vassoura; um pano de prato quase da cor das panelas de ferro. Galinha dentro de casa, subindo no fogão de lenha beliscando as panelas; gato dormindo no canto do fogão e um cachorro sarnento puxando um ronco bem no meio da sala. Era um horror!

E dona Maria ficava praticamente o dia todo na janela, olhando quem subia e quem descia, mostrando o seu narigão inhato, um cabelo gaforina, e uma janela na arcada superior. As más línguas diziam que ela tinha um namorado extraconjugal que lhe fazia a corte nos fundos do quintal em altas horas da noite.

Certo dia sumiu uma galinha. Dona Maria jurava por Deus, por todos os Santos, que a esposa do Sr. Geraldo, o vizinho do lado, teria lhe roubado a galinha. Rogava-lhe praga, dizia que mais cedo ou mais tarde aquela balofa haveria de pagar ao diabo, a penosa que lhe teria sido roubada.

Mas como Deus é justo e não aceita pragas, certo dia quando Dona Maria menos se esperava, a galinha sai debaixo de um monte de latas velhas do seu marido, falando choco, foram ver ela estava chocando naquele local. Cinco dias depois  saiu sendo acompanhada por nove pintinhos.

Moral da história: A vizinha, acusada de ter roubado a galinha, foi absolvida por Deus por ser inocente e não ter comido a galinha que não foi roubada.. ---- Mas posteriormente, o folheiro cornudo descobriu que a patroa estava de amores com o Sr. Geraldo, marido da vizinha absorvida.  O folheiro teria achado o ninho da franga dele chocando os ovos do galo Geraldo, lá nos fundos do quintal. E saiu até faca nesse dia, A  coisa teve feia. É uma pena que eu não posso contar tudo aqui. 

E depois ainda tem gente que diz que antigamente as mulheres eram mais sérias do que hoje! Engana-me que eu gosto...

Armando Melo de Castro



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