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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CANDEIAS, MINHA CANDEIAS!

Bandeira de Candeias - Minas Gerais

Na segunda-feira passada, dia 24 de setembro, eu visitei a sessão plenária da Câmara Municipal de Candeias e fiz um apelo aos senhores vereadores no sentido de cobrarem da Prefeitura local uma providência sobre uma questão, aparentemente simples, todavia, de suma importância.

Ao me ser dada a palavra em um espaço da tribuna livre, eu tive a oportunidade de reclamar para os senhores vereadores como também para o senhor Vice Prefeito, então presente, sobre um desleixo imperdoável por parte da Prefeitura de Candeias a respeito das placas de ruas da nossa cidade. Atualmente, existem ruas sem placas, ruas com os nomes trocados sem alterar as placas.

É irritante procurar uma rua e não encontrá-la. Os visitantes de nossa cidade ao chegarem aqui estão tendo muita dificuldade em se situarem como os viajantes, os entregadores de mercadorias, até mesmo os carteiros dos correios etc. Toda essa gente reclama e parece que falta interesse ou, quem sabe, competência por parte dessa área da administração municipal.

Quando se tira o nome de uma pessoa para colocar o nome de outra, configura-se um ato relevante e que muitas Câmaras Municipais ousam fazer sem imaginar a extensão da ofensa moral, quase sempre sobre toda uma família descendente daquele que havia recebido o nome de uma rua.


Outro aspecto a ser levado em conta, refere-se aos transtornos que geram aos moradores, principalmente, aos comerciantes. O morador deverá atualizar seus cadastros de endereços em todos os segmentos que emitem correspondências: as instituições financeiras, companhias de telefone, de água, de energia elétrica e outros. No caso de empresas, será necessária ainda a alteração de endereço no Ministério da Fazenda e na Junta Comercial do Estado e isso, é claro, gera despesas. Na Prefeitura, deve-se alterar os dados para a emissão do carnê do IPTU, no Cartório de Registro de Imóveis, deverá ser procedida as averbações de mudança de endereço nas matrículas dos respectivos imóveis obtendo, ao final, uma nova certidão com a atualização dos dados da nova rua. Efetivamente, é como se as pessoas mudassem de endereço.



O foco maior da minha observação registrou-se sobre a Praça da Fraternidade cuja nomenclatura foi trocada pelo nome do Sr. Nestor Lamounier, ex-prefeito de Candeias, já falecido. A troca de nome, neste caso específico, não retrata a gravidade da questão porque fraternidade trata-se apenas de um conceito filosófico. E justiça seja feita pelo que representou, para Candeias, a pessoa do senhor Nestor Lamounier, não só como prefeito, mas, também, como  cidadão candeense dos mais dedicados ao bem do nosso município. Faz tempo que a praça recebeu o seu nome e até hoje não providenciaram as novas placas. A meu ver isso é o mesmo que dar um presente para a família do ilustre, embrulhado num jornal.



Assim, dado o meu recado, resolvi ficar por ali, assistindo aquela sessão quando o Sr. Enio Bonaccorsi lavanta-se e ocupa a tribuna livre fazendo sérias denúncias sobre a má administração do Fundo Previdenciário dos Funcionários da Prefeitura. Na sua narrativa, ele dissera que, com o comprometimento do fundo, poderão ficar prejudicados os funcionários e os futuros prefeitos.

Interpelado por um vereador que lhe disse que a Câmara Municipal não iria trabalhar com a faca no pescoço, o Presidente da Casa encerrou a sessão em um clima um tanto conturbado e bastante tenso, quando o Sr. Enio Bonaccorsi lhes disse que entraria com uma representação no Ministério Público.

Como é lamentável presenciar esses desencontros na administração pública de um município. O pior é presenciá-los na sua cidade natal. Candeias é uma cidade pacata, com parcos recursos financeiros. Já sofreu demasiadamente com a corrupção praticada por diversos prefeitos anteriores que foram, até mesmo, punidos pela justiça tanto na esfera cível quanto na criminal. Agora, vem à tona uma notícia dessas. É lamentável, profundamente, lamentável!

Como um bairrista de primeira linha, sendo portador do título de eleitor número 0790.7029.0299 confesso que saí de lá triste, muito triste.

Armando Melo de Castro
Candeias Casos e Acasos


terça-feira, 24 de setembro de 2013

PROIBIDO PARA MENORES.


Foto para ilustração do texto.

o ser humano é coisa difícil. Somos seres únicos. A singularidade humana faz a diferença nas histórias de cada um, portanto não será difíci acreditarmos que Deus o Pai Celestial tem o cadastro de cada um de nós. E é por isso que eu nunca acreditei que somos iguais para Deus. Somos diferentes e isso é a maravilha da vida humana. Somos parecidos, mas feitos em formas diferentes. Hoje vamos conversar de forma metafórica. Afinal a nossa descendência latina, nos permite falar uma coisa e entender outra.

Existe, neste mundo, gosto para tudo. Comumente, ouvimos, por aí, as pessoas dizerem que "gosto não se discute". Outros dizem "que há alguns que gostam dos olhos enquanto outros preferem as remelas".  Lembro-me de minha tia Eliza, esposa do meu tio João, que dizia sempre: "É preferível um gosto do que um carro de abóbora". E por aí vai...

Estamos vendo, atualmente, nos relacionamentos íntimos, muitos homens preferindo homens e muitas mulheres preferindo mulheres para seus pares. Na realidade, trata-se de um gosto. Todavia, com algumas exceções, é bastante comum encontrarmos pessoas que possuem tal predileção sexual acreditarem piamente que o mundo todo deveria concordar com eles. 

Às vezes, eu chego a pensar que o homem, na acepção da palavra, está em extinção e, em um futuro próximo, será denominado por "zangão" e que existirão poucos espécimes, apenas para a preservação do bicho humano por imposição da natureza. O homem macho vai, a cada dia, se tornando uma fruta rara e como diziam, antigamente, as beatas: "Homi tá cherano aio" em um tempo em que o alho era um tempero raro e caro.

Algumas vezes, ouvimos dizer que o mundo está mudado, que a pouca vergonha anda solta, entretanto, se dermos uma parada para pensarmos, veremos que todas essas coisas já se encontravam guardadas dentro do ser humano desde que o mundo é mundo e que vai, no seu dia a dia, deixando de lado as regras que disciplinam a sociedade preconceituosa. 

A bem da verdade, o homossexualismo sempre existiu, contudo, em tempos mais remotos o indivíduo homossexual não tinha a coragem de dizer: "Eu sou um pederasta", substantivo que, nos dias de hoje, foi substituído pelo vocábulo inglês "gay". Hoje, está todo mundo saindo do armário, saindo da toca, saindo de debaixo da cama, enfim, estão sentindo um enorme prazer quando dizem: "Eu sou um gay". A meu ver, pior do que a homofobia são os insultos recebidos pelos héteros que não comungam com os ideais dos homossexuais impertinentes, com seus gostos ou seus vícios.

Certa vez, ouvi numa conversa de botequim, um cidadão cuja mente já estava atordoada pelo álcool e que dizia alto e, em bom som, que preferia um "feofó" de homem ou de mulher do que um balaio de "tabaqueira". Esse cidadão era casado e muito bem casado. Portanto, coitada de sua mulher! Não se sabe, obviamente, se ela concordava com a sua preferência sexual, todavia, em virtude disso, o nome dela entrou em órbita no céu da boca do povo.

Afinal, uma mulher de aspecto sério, de família conceituada na sociedade, de práticas religiosas, caridosa, boa, amiga, apresentar-se como esposa de um "feofozeiro" rendeu um bom assunto para os patrulheiros do alheio.

(Para quem não compreendeu o termo "tabaqueira" é a caixinha de rapé. Contudo as pessoas, tratam-na, também, daquilo que difere a mulher do homem.)

Neste contexto, podemos entender e concluir que a bizarrice está vinculada ao ser humano em seus pensamentos, palavras e ações e, diante dessa temática, olho no retrovisor da minha vida e vejo, lá atrás, o Arlindo Barrilinho.

Arlindo Silva era baixo e modulado em muita banha. Portanto, era todo redondinho, ou seja, gordinho e, devido a isso, o chamavam de "Barrilinho". Foi um grande amigo de  de meu pai. Eram colegas de serviço, ou seja, os dois eram oficiais de justiça na Comarca de Candeias, pelas décadas de 50 e 60. Consequentemente, ele nos visitava.

No seu estilo caboclo macho, possuía uma filharada danada, ou seja, 7 filhos tomos homens. Era todo manso e bem ajeitado. Tinha um olhar safado daqueles que catavam tudo em uma mulher. Gostava sempre de dizer:  ---  "Se Deus tivesse feito coisa melhor do que uma mulher, com certeza, teria guardado só pra Ele." --- O seu assunto predileto era mulher. Certa vez, eu o ouvi dizer que como havia nascido de uma tabaqueira, gostaria muito de morrer enfiado em uma. Falava assim e, logo depois, dava aquela gaitada safada.

Porém, Barrilinho tinha um gosto excêntrico, um tanto esdrúxulo, meio bizarro. Gostava de mulher peluda. Veja só. Adorava uma mulher de sobrancelha grossa, do tipo tala larga. Davam-lhe arrepios de prazer ver pernas femininas mal depiladas e as axilas somente aparadas. Sentia-se excitado quando via uma mulher com um buço oxigenado, parecendo cerdas de taturana amarela. Para as pessoas de gosto comum não é fácil compreender como uma pessoa pode gostar dessas coisas. Mas, Barrilinho gostava e gostava muito. Imagina-se, então, como ficaria o Barrilinho ao presenciar uma mulher expondo, a seu gosto, as partes pudendas.

Certo dia, quando ele estava assentado no meio-fio da porta de nossa casa, ao prosear com o meu pai, passou uma moça sacudida, bastante robusta. Tinha as pernas grossas do jeito que Barrilinho gostava e possuía ainda os pelos suaves que aumentavam na região da coxa. Usava uma saia bem curta. Naquela hora, Barrilinho se encontrava em numa posição estratégica. 

Como era baixo e assentava quase que rente ao chão, ao ver vindo, em seu rumo, pelo passeio, aquilo tudo que ele chamava de "avião", os seus olhos indiscretos não perderam tempo e foram fincados nas pernas da moça, chegando a erguer o corpo para apreciar o motor do avião. Contudo, isso não foi o bastante. Logo que ela passou, Barrilinho, em um gesto "quase" involuntário, se abaixou para ver o que alimentava os seus olhos curiosos. Quando a moça olhou para trás, indignou-se e disse:

---- Você perdeu alguma coisa debaixo de mim, veio safado?

E Barrilinho numa resposta descarada fala:

---- Não bem, perdi não. Eu achei. Só que vai ficar guardadinha na minha cabeça...

E Barrilinho deu aquela risada atrevida, safada, alta, muito parecida com um rinchado de cavalo quando vê uma égua no cio.

Armando Melo de Castro

sábado, 14 de setembro de 2013

O RÁDIO DE DONA LIRA.

Foto para ilustração do texto 

O sonho de dona Lira era ter um rádio. Queria ter um rádio para escutar as músicas de Cascatinha e Inhana, Duo Guarujá, Tonico e Tinoco bem como de outros cantores de quem era fã incondicional. Quando ela ouvia a música Luar do Sertão, baixava sobre ela uma grande tristeza por se lembrar dos seus tempos de menina na comunidade rural onde foi criada, quando a vida era, então, muito feliz ao contrário de agora que está cheia de problemas de todas as ordens e sem esperança de ver alguma melhora. Com quatro filhas solteiras, um marido irresponsável pela bebida e sem uma profissão definida. Entretanto, mesmo assim, diante de tanto descrédito, dona Lira ainda alimentava um fio de esperança de um dia possuir um rádio, afinal, a esperança, como dizem, é a última que morre.

Em toda a rua, existia, no máximo, três rádios. Quem tinha um aparelho desses o ligava até ao último furo, ou seja, no ponto mais alto. E fazia-se isso por dois motivos: Primeiro, para que os vizinhos aproveitassem o som das músicas e das notícias. Naquele tempo, existia o chamado "Reporter Esso" da Rádio Nacional do Rio de Janeiro que ao tocar a sua chamada musical todo mundo ficava de orelha em pé. Era sempre uma notícia ruim. Era como, nos dias de hoje, em Candeias, quando é anunciada a morte de alguém pelo alto falante da Igreja Matriz. Se houvesse um rádio ligado, logo se aproximavam algumas pessoas. O outro motivo era por se tratar de um certo status possuir um rádio. Um rádio era um aparelho caro e não era acessível a um proletário comum. Aquele que o tinha gostava de demostrar o seu objeto. Seria como os smartphones e tablets da atualidade. Os toca-discos eram raríssimos. Os discos eram de grafite e facilmente quebráveis. Possuíam 78 rotações e apenas uma música de cada lado. Entre o rol de cantores famosos daquele tempo estavam: Anísio Silva, Silvinho, Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Angela Maria, Cascatinha e Inhana, Tonico e Tinoco e muitos outros que ainda são ouvidos até hoje, apesar de muitos já terem ido para o andar de cima há tempos.

Meu pai ainda demorou uns três anos, desde esta época, até conseguir comprar um rádio, tipo "rabo-quente" que era um aparelho antigo o qual conservo até hoje como uma bela relíquia, além de alguns discos e uma vitrola movido à corda.

Dona Lira era uma mulata miúda de cabelo liso. Tinha quatro filhas as quais ela, desde bem cedo, já colocava na lida doméstica. Aparentemente, ela era uma forte mistura de negro, índio e branco. Carregava, na cabeça, um feixe de lenha maior que ela e buscava-os nos matos para vender aos seus fregueses em um tempo em que ainda não havia os fogões a gás. Ela e suas filhas eram muito trabalhadeiras. Lavavam roupa para fora, faziam faxina pesada e, ainda, buscavam lenha e capim-membeca para a fabriqueta de colchão do Candola Vilela.

O marido não tinha um serviço certo. Era, como diziam, um ambulante, pois, a cada dia, trabalhava para um patrão diferente. Ele sempre fazia ponto na venda do sr. Zé Lara que existia no local em que se encontra, atualmente, o bar do Vicentinho Vilela na Rua Professor Portugal. Dali saía, às vezes, até carregado pela embriaguez.

Dona Lira tinha uma vida muito difícil, coitada! Nos dias de chuva, o seu trabalho não rendia e ela passava a falta de muitas coisas e, por várias vezes, precisava de contar com a bondade e ajuda dos vizinhos que lhe emprestavam sempre ou uma colher de sal, ou um pouco de gordura ou ainda um pouco de arroz que, a bem da verdade, nunca voltavam. Todavia, por se tratar de pessoa agradável e muito prestativa, ninguém ligava para isso. Naquela época, muitas pessoas comiam o que ganhavam no dia e seu marido, que era alcoólatra, se estivesse sob o efeito do álcool, costumava dizer assim: "Eu sou como uma lombriga: se eu sair da merda, eu tô morto". E quando alguém lhe perguntava o que ele fazia, dizia sem titubear: "Eu cago para jantar".

Todavia, mesmo diante desse cenário precário, dona Lira dizia: "Se Deus quiser e Nossa Mãe do Céu ajudar, eu vou ter um rádio algum dia". E ela, que não era muito rezadeira, acabou fazendo uma promessa para São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, que se acaso conseguisse um rádio, iria de joelho da porta da igreja até ao altar mor da antiga Igreja Matriz de Candeias.

Do outro lado da rua, residia um cidadão chamado Domingos que era casado com dona Jovina. Domingos era enfermeiro especializado em leprologia. Era funcionário público federal e veio do Rio de Janeiro em companhia de alguns médicos especialistas para uma frente de trabalho que foi feita, em época remota, em Candeias, visando combater um surto desta terrível doença.

Domingos era um homem bom. Lidava com os doentes sem qualquer preconceito, pois não tinha medo da doença. Era um homem prestativo e estava sempre pronto a ajudar uma pessoa. Durante o tempo em que residiu em Candeias, ganhou diversos afilhados, haja vista que todo mundo gostava dele e ele gostava muito das crianças. Como era nosso vizinho, meus pais o chamou para apadrinhar a minha irmã, Maria Amélia. O povo gostava de ouvi-lo falar naquele sotaque carioca cujo "x" estava sempre na ponta da língua.

Um dia, veio a triste notícia de que Domingos voltaria para o Rio de Janeiro e, dessa maneira, resolveu fazer um inventário de parte dos seus utensílios domésticos deixando, como lembrança, um objeto para cada vizinho mais chegado. E para dona Lira, ele deixara um pequeno rádio do tipo rabo-quente, da marca RCA Victor, arredondado e preto.

Dona Lira, ao receber o presente, ficou transpassada e começou a chorar. Ela que teria chorado pela partida de Domingos já não estaria, agora, lamentando tanto a ida do vizinho amigo, marcada para o dia seguinte. Então, seu rádio falava e cantava o dia todo. Rezava, dava hora certa  e ela dizia: tão certa quanto o relógio que batia na sala de dona Marica, uma outra vizinha próxima. De longe, a gente ouvia no último furo do volume, a fala do Totó, um músico locutor da Rádio Clube de Campo Belo que já existia naquele tempo que não havia, ainda, rádios FM (Frequencia Modulada). Assim, boa parte da vizinhança ficou morrendo de inveja de dona Lira. Afinal, ganhar um rádio de mão beijada!?

Desta maneira, era chegada a hora de pagar a promessa. Dona Joana do Galdino parecia ser a cobradora do santo e não perdia tempo em cobrar de dona Lira a promessa feita. Logo, todo mundo que soube da promessa queria vê-la pagar o mais depressa possível. Contudo, dona Lira não parecia estar com muita disposição para pagar a promessa e se esquivava dizendo que precisava fazer um vestido novo para a ocasião, pois não tinha uma roupa bonita para cumprir a promessa. E o rádio, todos os dias, amanhecia e anoitecia no último furo, cantava, chorava, rezava, dava notícia boa, notícia ruim, e assim foi até que, após uns quinze dias, ele pifou e ficou totalmente mudo para a tristeza de dona Lira e para o silêncio dos vizinhos. Parece que teve vizinho que até achou bom o rádio de dona Lira pifar porque, infelizmente, os invejosos não querem que os outros tenham aquilo que eles mesmos não possuem. 

Levado ao Sebastião Salviano, o radio-técnico da cidade, lhe foi dada a triste notícia que o rádio havia recebido uma sobrecarga elétrica e, com isso, teria queimado algumas válvulas, peças caras e que todo dono de rádio temia acontecer.

Enquanto dona Lira e alguns vizinhos diziam que o verdadeiro motivo do problema havia sido o não cumprimento da promessa por ele, o seu marido, bêbado feito um gambá, dizia para todo mundo escutar:

--- Eu falei que esse santo não prestava. Eu nunca vi falar nele. Dá e toma. É um Tadeu que deu e num deu. Santo prá mim é São José o resto é resto. E dispois tem mais: já qui ia pidi pra quê num pidiu prá Jesus Cristo, num é ele o chefe dos santos??!!! Ora só! Cumigo é no pé do pau!

Armando Melo de Castro
Candeias casos e acasos mg

sábado, 7 de setembro de 2013

Eu, Um Menino Empata-Foda

Foto para ilustração do texto

ESTE TEXTO FOI TRANSFERIDO PARA O lIVRO CANDEIAS MG CASOS E ACASOS.